No Bico do Corvo
Marcelo Arruda
Apesar de tudo, das ocorrências e suas derradeiras notícias; apesar da ausência, da falta que o cara faz aos amigos, ainda é complicado assimilar a maneira como nos deixou. O Corvo era amigo do Marcelo e custa crer que alguém possa deixar a vida de maneira tão abrupta e violenta. Basta lembra-lo para surgirem as perguntas, “o que acontecerá com o assassino”, “como ficam os familiares, os filhos”, é tudo muito difícil. A Justiça mandou a União pagar pensão aos filhos, mas sabemos que não é o suficiente. A ausência de um pai é algo irreparável, em amplos sentidos.
Inelegível, mas não preso
É avaliação de alguns ministros do TSE e STF quanto ao ex-presidente Bolsonaro. Mas é a opinião momentânea, frente ao que há em tramitação. Isso poderá mudar de figura caso apareçam novas denúncias ou evidências de envolvimento, seja no campo da atividade política ou vida pessoal.
Dor de cabeça
As autoridades norte-americanas começam a esboçar certa preocupação com a falta de informações sobre a saída de Jair Bolsonaro do país. Ele ingressou como presidente, pela porta da frente e, segundo dizem, não há como sair pelos fundos. Precisará carimbar o passaporte. Segundo um especialista, isso não é um problema como ando pintando, mas quanto mais demorar para regressar ao Brasil, mais as coisas se complicarão. Há fontes que especulam a saída dos E.U.A diretamente para a Itália. Será?
João com o Governador
A última sessão da Câmara foi presidida pelo vereador e vice-presidente do Legislativo, vereador Rogério Quadros, pois o presidente João Morales foi a um evento com o Governador Ratinho Jr. Evento esse, diga-se, muito badalado, com a presença de diversas autoridades.
Tropa do Bakri
Antes do evento, no entanto, o governador Ratinho Jr, ao lado do deputado Hussein Bakri, se encontrou reservadamente com o vereador Adnan El Sayed. Há quem diga que o “brimo” segue na pista para tentar se consolidar como pré-candidato a prefeito em 2024.
Guarda Municipal e Câmara
Não pegou bem a Guarda praticamente abandonar a Câmara, que está desguarnecida de segurança por parte da força municipal. Apenas um guarda faz o acompanhamento presencial. Antes, uma viatura com dois servidores oferecia o devido suporte nos dias de sessão, mas ela sumiu de uns tempos para cá. Pintou aquele climão…
Aprovados
Receberam a aprovação dois projetos que tratam do ensino de idiomas na cidade. A meta agora é a criançada toda falando inglês e espanhol na Rede Municipal. Quem ficou preocupada foi a Secretária de Educação, que vai ter que se desdobrar para atender a nova Lei. Mas ela tira de letra. Se realizar uma peneira entre a categoria descobrirá que há muita gente habilitada no assunto, mestres e até doutores. Há uma ala que fala na necessidade de concurso. Aqui entre nós, a conversa entre o governo e os servidores da Educação precede qualquer ideia de concurso.
16 requerimentos
Foram apresentados 16 requerimentos em sessão última, sendo 14 de apenas um vereador. Na verdade, ao que parece, os requerimentos têm sido desvirtuados de função e, em muitos casos, servido como mecanismo de “birra” de alguns parlamentares com a Prefeitura. Onde é que isso leva? O Corvo e a população acredita que não se pode brincar com isso, porque sessão custa dinheiro público e a maré não está para peixe quando o assunto é manter a credibilidade nos atos políticos.
Líder do Líder
Além de ser o Líder do Governo, o vereador Alex Meyer enviou ele mesmo um ofício à Mesa da Câmara se autoproclamando Líder do PP no Legislativo. A dúvida agora é: nos casos de divergência entre a posição partidária e a Prefeitura, qual opinião prevalecerá? Ai, ai, ai…
O andar do pato
Mudando de assunto, o povo da roça conhece bem os bichos e sabe descrevê-los como ninguém: “Corvo, certas pessoas desempenham o papel público iguais aos patos, dão um passinho e soltam uma cagada, como é que pode”? Pior que é assim mesmo que acontece. Que barbaridade!
Arruamento na ocupação
As pessoas perguntam por é que começa a urbanização de uma localidade como o Bubas, um dos maiores agrupamentos em vias de regularização do Paraná. Começa pelo começo, conversando com os moradores, encontrando um modelo que agrade a todos e iniciando as obras. Há um detalhe a ser considerado: quando o governo ou alguém, cria um modelo de loteamento popular é fácil; realizam o arruamento, meio fio, rede de esgoto, luz, água e pavimentação. E aí as pessoas começam a construir ou organizam a edificação de moradias populares. Mas fazer isso ao contrário, com milhares de pessoas ocupando a área, cheia de becos e construções precárias? Taí um desafio e se necessita de senso de humanidade.
Meio fio e arruamento
Embora essa demanda de “mão pública” discutida com os moradores, há quem garanta que a tarefa não será das mais fáceis, pois será necessário mexer com várias moradias, uma vez que elas estão no meio dos eixos. Também não será fácil ajustar a mobilidade, porque ônibus convencionais não poderão transitar em alguns locais; são muito grandes. Boa parte da população terá que continuar a se locomover a pé até a Avenida Morenitas. Há também dificuldade similar com caminhões de coleta de resíduos, enfim, urbanizar o Bubas será mesmo uma tarefa histórica. Dependendo, isso poderá ser um modelo para outras cidades que enfrentam problemas semelhantes.
E quem não gosta?
Aí é um problema sério. O poder público quer realizar melhorias, mas há pessoas contrárias. Por sorte são minoria. “A gente do jeito que está faz o que quer, não precisa isso e nem aquilo, daqui uns tempos eles passarão cobrando impostos e serviços também”, teria dito uma pessoa em reunião. Mas sociedade é assim mesmo uma colmeia de deveres e obrigações. O estranho é que ninguém sabe dizer o local onde o “depoente” habita na ocupação. Suspeitam que ele apenas explora alguns lotes e vive em apartamento no centro da cidade.
O Comércio
O Corvo conhece bem a “ex-ocupação” do Bubas, até porque está em vias de se tornar mais um bairro da cidade. Ao visitar o comércio do Porto Meira há uma unanimidade: “não existiríamos e nem prosperaríamos sem as pessoas que habitam o Bubas”. Segundo dizem, são raros os casos de calote e o dinheiro circula o tempo todo, sobretudo na área da construção civil. Há dois ramos que parem ser muito prósperos; são visíveis, basca percorrer a Avenida Morenitas, um é o comércio de materiais de construção e acabamentos, o outro é a fé. Há depósitos e igrejas em quase todos os quarteirões.
Oportuno lembrar
O Corvo escuta falarem o tempo todo sobre relacionamento, nos mais diversos níveis. Os políticos prometem e precisam cumprir, o cidadão deve se submeter às regras, se o objetivo é viver em comunidade, os empresários precisam acreditar antes de investir; a mão do Estado faz a diferença, a começar pelos serviços, Saúde, escolas creches, um olhar social permanente, mesmo sabendo que em comunidades pobres, as pessoas se ajudam. Os mais humildes levam muito mais a sério um ensinamento franciscano: “é dando que se recebe”.
Domingo na Rua
A prefeitura volta a exercitar um dos projetos mais discutidos na história, o de criar um espaço dominial, onde as pessoas podem se encontrar, caminhar, enfim, desfrutar ao ar livre como acontece em muitas cidades. No Rio isso acontece na Avenida Atlântica, em São Paulo na Avenida Paulista; em Foz o endereço ideal, segundo dizem, é a Avenida Paraná.
Divisão da opinião
Há quem diga que a feirinha deve se mudar para a Paraná também, assim o público não se dividiria. Isso é besteira, há gente para frequentar os dois locais. A feirinha deve ficar onde está, pois tornou-se o lazer de milhares de pessoas. O povo vai à missa e de lá escapa para comer pastel na feirinha, ou curtir o ambiente cultural.
Enfim a Câmara nas redes
O Corvo ficou imensamente feliz em ser incluído na lista informativa do Legislativo no WhatsApp. É um canal muito bom para acessar as informações e ao que parece elas possuem muita qualidade. Demorou, mas aconteceu. É para ver que os ares mudaram mesmo na Câmara Municipal. Parabéns aos articuladores. Serviço público sem informação não agrega o valor merecido. Sem a comunicação as coisas acontecem, mas ninguém fica sabendo. Não quer dizer que isso é para contar pontos aos políticos, pelo contrário, é para a população desfrutar de seus atos. É para isso que são pagos.
Que mané baixo clero?
Pois então, o deputado Matheus Vermelho “chegou chegando” na Assembleia Legislativa. Mal teve tempo de aquecer a cadeira, já emplacou a presidência de uma das comissões mais ambiciosas para Foz e muitas cidades, o Turismo. Quem conhece o Matheus sabe que ele gosta também do Esporte, onde acumula uma vice-presidência. Empresários, empregados, sindicatos e todos o potencial que move a máquina terá esse canal de aproximação para a elaboração de Leis e também para se chegar ao governo, até porque Matheus se impõe na responsabilidade de “representar”.
Olha a Canja saindo…
Há uma movimentação nunca registrada na área de alimentação da Associação Um Chute Para o Futuro, onde está sendo pré-elaborada a Canja do Galo Inácio, sob a batuta do “canjeiro-mor” Carlão, como acontece todos os anos. Ele e uma legião de voluntários recebem os produtos e iniciam os preparos, haja carne para desfiar cuidadosamente cumprindo todas as regras de higiene. É o tipo de atividade que requer muita responsabilidade e o resultado é impecável, jamais ocorreu uma reclamação ao longo de 22 anos!