No Bico do Corvo

BBB político

Começou a edição deste ano do Big Brother Brasil, e o diretor geral Boninho garantiu que os moradores da casa poderão falar abertamente de política, citando inclusive os nomes dos artífices, como Lula e Bolsonaro. Pode ser, o programa copie a situação do que acontece nos lares brasileiros. Aí sim o barraco vai pegar fogo, junto com o parquinho.

 

Moradores

O programa foi vítima das fake news, que anunciaram vários participantes que sequer foram convidados. Comparando de um ano a outro, os nomes famosos são poucos, ou são influenciadores digitais ou esportistas ou atores secundários de novelas. Vai ver a emissora quer dar asas aos desconhecidos, como era antigamente.

 

Dona Janja

Nunca, em tempo algum, uma primeira dama trabalhou tanto o setor político. Antes só se ouvia dizer que as mulheres de presidentes se dedicavam ao âmbito social. Janja articula, influi e está antenada em todos os movimentos do marido, da necessidade e abastecer o copo d’água ao pito em ministros. Na imagem do novo governo, Lula sem Janja seria igual Piu piu seo o Frajola.

 

Um horror

É o sentimento ao assistir as imagens de invasão e depredação dos palácios em Brasília. Foram ações descoordenadas, individuais movidas pelo inconformismo e ódio. Uma bagunça jamais imaginada e orquestrada por pessoas sem o mínimo discernimento de respeito. O que mais dói é ouvir dizerem que são “patriotas”.

 

O que é um patriota?

O dicionário é sucinto: patriota é aquele que ama a pátria e a ela presta serviços. Já a definição de Patriotismo é mais abrangente, é sentimento de orgulho, de amor, e devoção à pátria, aos seus símbolos, como a bandeira, hino, brasão, riquezas naturais e patrimônios materiais e imateriais, e, ao seu povo. É razão do amor dos que querem servir o seu país, solidário aos seus compatriotas. Logo, depredadores e arruaceiros não podem ser chamados assim.

 

Desrespeito

O ministro Barroso passa por um momento delicado. Perdeu a esposa, dona Tereza, depois de uma luta difícil, em razão de um câncer. Toda pessoa de bem, independentemente de conhecer ou não a família, sente-se solidária, afinal, o destino é cruel e abarca a todos. O que se viu nas redes sociais foi vergonhoso. Como há pessoas capazes de atos tão degradantes; de manifestações infelizes e absurdas? Como descreveu o próprio ministro, no final do ano passado, “o Brasil adoeceu”.

 

Explicações

O que acontece no país é algo tão desproporcional em matéria de civilidade, que obriga sociólogos, antropólogos e cientistas políticos a debruçarem nos livros, tentando decifrar esse desvio de conduta social. A destruição do Estado por uma minoria é pontuada em vários capítulos da história, como aconteceu na Itália e Alemanha no século passado. Começou com Mussolini e os seus “camisas negras”, usando a arruaça como forma de intimidação; Hitler nem teve tanto trabalho, bastou copiar a fórmula e depois aprimorar nas doses de inumanidade. E o que aconteceu com aqueles caras? Um foi chacinado, depois pendurado, juntamente com os seguidores, de cabeça para baixo em posto de gasolina na cidade de Milão. O outro, trancafiado num bunker, praticou suicídio e pediu que o corpo fosse incendiado numa vala. Suas empreitadas causaram muito sofrimento ao povo; milhões foram mortos.

 

Pensamentos similares

Tanto Mussolini como Hitler iniciaram os movimentos políticos após a Primeira Grande Guerra, passado um século, ainda deparamos com essas manifestações torpes de pensamento, onde se aproveitam da ignorância e falta de conhecimento para recrutar a massa de manobra. Destruir o que é bom é o ponto de partida. Nada prestará se for melhor, ou demonstrar inteligência e conhecimento. Isso não combina com o Brasil.

 

“Vou embora”

No sábado, o Corvo encontrou um jovem no supermercado; é recém-formado em jornalismo e acabara de fazer a matrícula no curso de Sociologia. Estava acabrunhado e triste. Disse que apesar da vontade de estudar, e, começar a vida para valer, estava seriamente pensando em se mudar para outro pais, onde não há tantos conflitos aflorados. Revelou que passou a ser hostilizado dentro de casa, por um irmão mais velho. Que barbaridade. E essa inspiração de ir procurar outros lugares para viver parece ser algo muito comum. Já assistimos a esse filme. Que Brasil teremos com mais uma geração ausente?

 

As obras

O Corvo foi conferir a situação em algumas empreiteiras e a resposta é que está tudo normal. Acontece que a população passa pelos locais, não vê o mesmo movimento de antes, principalmente na Perimetral e entra em pânico. Os iguaçuenses estão escolados, convivem com o abandono de várias obras e isso de fato tira o sono de muita gente. Foi o que aconteceu com a BR 469, em sua primeira tentativa de duplicação; o prédio da Unila é outro exemplo. “Essas obras são licitadas e os pagamentos estão sendo realizados, nada está parado. Acontece que o pessoal é removido de um local e vai trabalhar em outro e isso causa a impressão de que as coisas estão mais devagar”, garantiu um engenheiro que trabalha em uma empresa licitada. Bom, se o processo é regular, basta conferir os prazos.

 

Seo Chico

O prefeito foi aos microfones da Rádio Cultura e esboçou a preocupação, porque o povo pisa em seu calcanhar e a autoridade municipal precisa se explicar também.

 

Muita madeira

O trevo na BR 469, em frente ao Hotel Carimã está se transformando em um enorme canteiro de obras. Despejaram lá toda a madeira cortada ao longo das obras de duplicação. Os donos de pizzaria estão felizes.

 

Depredação

O vandalismo em Foz continua chamando a atenção. Chegou-se ao ponto de a prefeitura recomendar a preservação das caçambas, que são espalhadas em vários locais justamente para ajudar as comunidades. “Sei que uma moradora tocou fogo na caçamba porque foi deixada em frente sua casa e o povo jogava até bicho morto lá”, falou um morador que pediu para não ter o nome divulgado. As caçambas são disponíveis para entulhos, materiais diversos evitando as lamentáveis imagens de móveis espalhados pelas calçadas, mas parece que os usuários ainda não entenderam isso.

 

Cultura nociva

Muita gente acredita que a caixa de fósforo é uma ferramenta eficaz, tocando fogo em lixeiras, mato e até mesmo ao juntar as folhas para limpar o quintal. Quem faz isso esquece do vizinho, sobretudo em épocas de calor, quando o ar em Foz já é sufocante naturalmente.

 

O transporte

O Corvo segue analisando as informações dos usuários sobre a qualidade do transporte em Foz. O índice de aprovação é bom. Muitas pessoas enviam cartas perguntando a razão de realizarem um “pregão” de apenas cinco anos. Isso tem explicação: é o tempo que a prefeitura matutará o sistema, inclusive captando recursos para a atividade, possivelmente com possíveis e novas modalidades. O setor de transporte público passa por reciclagem em todo o mundo e não seria diferente em Foz.

 

Muita coisa nova

A crise nos combustíveis e a busca por alternativas ecológicas obriga as cidades a pensar o transporte. Foz se prepara para discutir gratuidade, ônibus movidos à eletricidade, o uso de biocombustíveis, possivelmente a implantação de VLT, há muita coisa na cabeça dos urbanistas. O prazo de cinco anos é o suficiente para encontrar boas soluções. Enquanto isso, se o grau de satisfação em transportar o povo se manter, será de bom tamanho.

 

Campanha

Foz aparece timidamente nas campanhas de Turismo Regional, assinadas pelo Governo do Estado. Há apenas um “take” de passarela nas cataratas, quando os atrativos da cidade são muito amplos. Tudo bem que o Paraná é cheio de lugares bonitos para se visitar, mas os potenciais não deveriam ficar de fora, afinal de conta reforçam o lado institucional.

 

Litoral

De outra maneira, o governo deveria pensar duas vezes em divulgar as praias, quando o acesso até elas é um tormento. Estrada da Graciosa vive fechada, matando o comércio e o movimento em Morretes e Antonina; a BR 277 sofre com os desbarrancamentos; a BR 376 é instável também, com intenso tráfego; as balsas geram filas intermináveis e é triste imaginar que o trânsito precisa fluir pela BR 116, até se alcançar São Bento do Sul. Como o Corvo escreveu na semana passada, a maneira menos desconfortável de chegar ao mar, é encarando as lamentáveis estradadas do Sudoeste e Santa Catarina. Tá difícil viajar.

 

E o medão?

A falta de estradas nem é o maior problema. É preciso ficar de olho nos movimentos reacionários bolsonaristas, porque do nada tentam bloquear refinarias e distribuidoras de combustíveis, despejam terra nas estradas, ameaçam bloqueios. Muita gente não curtiu as férias em razão disso, ou da falta de grana, com tantos compromissos no início do ano.

 

Vila Portes

Um posto de gasolina pegou fogo próximo da zona primária. Francamente, alguns motoristas são corajosos em abastecer seus veículos em alguns estabelecimentos. Não faz muito tempo um comerciante reclamou o cheiro constante de gasolina em um posto. “Fico com medo de acender o fogão em casa e tudo explodir, tamanho o odor de gasolina e óleo diesel”, disse o vizinho. O dono do posto diz que isso acontece quando os tanques são abastecidos. É surreal.

 

Materiais escolares

Segundo relatado ao Corvo, há uma enorme diferença nos preços de materiais escolares, se comparados os estabelecimentos comerciais. Isso está obrigando a pesquisa e a maioria prefere conferir nas lojas. “É um entra e sai de gente sem comprar nada; algumas pessoas retornam mais tarde e dizem que foram conferir os preços em outros locais”. Quem utiliza o convênio proporcionado pela prefeitura vai direto nas lojas cadastradas, mas muita gente busca cadernos, resmas de papel e outros itens até nos supermercados, que aproveitam a ocasião e disponibilizam espaços para esses produtos. Pesquisar ainda é a melhor maneira de economizar.

 

 

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