No Bico do Corvo

Cadê as festas?

Eita que o povo está meio desanimado. Onde é que foi parar o calendário de festas julinas da cidade? O ano passado a movimentação era bem maior.

Paulo R. C. Soares

O Corvo responde: prezado, já não bastaram os eventos de junho? As pessoas gostam mesmo é de festa. Mas o Corvo vai dar um giro pelas entidades e publicar um calendário. Aguardem.

 

Gostou de Foz

Quem mais uma vez circulou pela cidade foi o senador Sérgio Moro. O que muita gente estranhou foi a ausência do deputado cassado Deltan Dallagnol. O ex-juiz quase nem tocou no assunto. Preferiu sutilmente dar a volta.

 

Leve incômodo

Sérgio Moro anda pregando sustos por aonde vai. Andaria se oferecendo para palestras em várias cidades e algumas pessoas se preocupam com isso. Como há muitos projetos em curso no balcão do governo federal, qual seria a utilidade do senador? Que tipo de defesa ele pode fazer, que não seja oposição ao governo Lula? Até os passarinhos menos bicudos sabem que as chances de acerto entre Moro e ministros do atual governo são mínimas. Há quem se revolte até com o fato de ele votar projetos a favor, pensa?

 

Moro e Lula?

De uns tempos para cá o senador deixou de pregar a língua no governo federal e até mesmo no presidente. Os mais próximos dizem que isso faz parte da investidura institucional de um senador. Aí temos um pequeno problema, como diz o ditado: “quem apanha nunca esquece”. Lula não deve ter esquecido os 580 dias em que foi hospedado na Polícia Federal, em Curitiba. Difícil uma aproximação entre os ex-preso e o algoz, que sempre fez a pose de carcereiro.

 

Depende dos ventos

Vamos conjecturar, imaginando que os articuladores do governo, consigam apoio de Sérgio Moro em algumas ações que tramitam no Senado da República. Ele não ouvirá nem mesmo um “muito obrigado”. Deve saber que será assim e que está sendo literalmente perseguido, para depois ser caçado, em várias frentes. Não há sossego quanto a isso. Acontece o mesmo com outros políticos, leia-se o clã Bolsonaro, Carla Zambelli, Ricardo Salles, dentre outras figuras bolsonaristas radicais. É possível que gente como Hamilton Mourão saia da linha de tiro, mas isso dificilmente acontecerá com Moro.

 

Aproximação?

Lula não é em nada bobo. Houve casos no passado em que ele remediou a amizade, como aconteceu com Romeu Tuma. Quando era delegado, prendeu o sindicalista. Anos mais tarde voltaram a conversar. Detalhe: Tuma prendeu, mas não condenou, há uma diferença grande nisso. Se nos dias atuais Lula der um sinal de estender nem que seja um dedinho mínimo, primeiro será o da mão esquerda, que ele perdeu em acidente de trabalho; segundo, será para encoleirar o senador e convenhamos, não será em nada bom para Moro; perderá totalmente o prestígio da base eleitoral, totalmente avessa ao governo. No fim das contas é o tipo de assunto que nem dá para conjecturar. Mas como a política é a arte do improvável, tudo pode acontecer.

 

Gleisi de olho

Enquanto o senador Moro falava aos iguaçuenses, um grande veículo noticiou que existe uma possibilidade bem “alta” de Moro também sofrer um processo de cassação, principalmente porque está politicamente e judicialmente isolado. Neste caso, o Paraná teria uma nova eleição para o senado e Gleisi Hoffmann é avalizada na disputa pela cadeira.

 

Cidade dividida

Um leitor procurou a coluna para dizer que “apesar da simpatia com os políticos de direita, votaria na Gleisi, assim Foz sairia ganhando”. O fato é que ela possui uma boa base na cidade, além da influência que Itaipu pode exercer. “A gente precisa ser mais racional e menos ideológico”, pontuou H.G.M, que pediu para não ter o nome revelado. Será que a ala direita está mesmo esfacelando?

 

Caiu para cima

O ex-diretor-geral da Câmara Municipal, Aldino Cardias foi nomeado diretor na Secretaria de Esportes da Prefeitura. Nos últimos dias, o assunto era a “queda” de Aldino e aconteceu diferente do que muitos imaginavam. Citaram para o Corvo que ele mesmo cavou essa saída estratégica. Usou das amizades e articulação.

 

Situação difícil

O “passamento” de Aldino para o Governo acaba levantando a saia do distanciamento entre os vereadores Adnan El Sayed e João Morales e de quebra, a reaproximação de Adnan com o Chico Brasileiro. Não vamos esquecer aqui que Adnan se considera o grande “mentor” da vitória de Morales para a presidência da Casa de Leis. O que será, anda acontecendo?

 

Unção

O fato é que Chico terá que indicar um candidato e há várias pessoas ajoelhadas diante dele, aguardando a bênção. Disseram ao Corvo que isso já está resolvido. Chico já teria assumido o compromisso, logo, as outras pessoas negociarão ou o posto de “vice”, ou cargos no futuro governo. O jogo está aberto.

 

Cartas ao Corvo

A coluna deu um tempo no baú de correspondências, mais para um ajuste do que outra coisa. Ontem o Corvo ficou assustado quando foi conferir as mensagens. Vamos descarregar algumas hoje.

Ass.  Corvo!

 

Che Guevara

Corvo, que barbaridade isso, acharem que o tal Che foi compositor e que suas músicas são gravadas por duplas sertanejas brasileiros? Puxa vida, quem diz uma coisa dessas precisa voltar urgentemente aos cursos de história.

Leopoldo J. C. Nunes

 

O Corvo responde: prezado professor, citamos apenas um caso dessa ignorância, pois há outros mais para narrar, como a suposta participação de Guevara no Woodstock. Só se o fantasma dele foi visto por lá, porque o festival aconteceu em 1969, dois anos depois da morte do guerrilheiro. No caso, confundiram ele com o Bob Marley, que aliás, não participou do evento original. As camisetas com as estampas de Marley e Guevara foram as mais vendidas durante várias décadas, é daí que surge a confusão.

 

Otimismo?

Corvo, será que podemos ser otimistas com a economia? Em razão de um resultado de nada no IPCA já é o suficiente para o senhor soltar rojões? Por favor né? Só haverá ventos favoráveis depois de baixarem a taxa de juros. Antes disso dificilmente alguma coisa vai acontecer.

J.I.M.V (O leitor pediu para não ter o nome divulgado).

O Corvo responde: prezado, não se trata de soltar rojões, mas é para ser pelo menos relatado, afinal de conta não havia um sinal assim desde 2017. Otimismo e canja de galinha nunca causam males.

 

Segundo turno

Prezado colunista, é indiferente o fato de haver segundo turno para os eleitores. Isso pouco mudará o perfil dos candidatos, uma vez que sempre são os mesmos. A única ausência será o Chico, porque não poderá concorrer. No mais, veremos as “velhas águias” em cena e você sabe bem ao que me refiro. A novidade é o General, se é que não desistirá, porque quando imaginar os debates pensará duas vezes. Não vou contra a democracia, mas infelizmente a cidade não pode simplesmente contratar um CEO. Terá que votar nele, se quiser fazer isso.

Ronaldo V. C. Vieira

O Corvo responde: prezado, mas é assim mesmo que acontecerá. Iremos às urnas e votando, contrataremos um executivo para os próximos quatro anos. É o eleitor quem faz a escolha e neste ponto, um segundo turno ajuda bastante no processo de escolha. Teremos mais de cinco candidatos e se acontecer outra etapa, apenas dois. Será mais fácil de analisar propostas.

 

Baixaria

O Corvo recebeu um e-mail muito pesado, com ameaças, acusações infundadas, um chororô danado. Nem vale à pena gastar o tempo da polícia, para identificar o autor. Ter o trabalho de inventar um anonimato eletrônico, para tentar amedrontar o Corvo é desperdiçar uma boa oportunidade de debater às claras. Que triste isso. O Corvo retruca para que as pessoas entendam que a coluna não dá a mínima chance a quem faz coisas assim.

 

Olha o frio…

O bom é abrir o guarda-roupa e escolher um casaco para os próximos dois dias. É quando o inverno chegará e irá embora. Em Foz do Iguaçu é assim que acontece. Ontem o Corvo estava desfilando de bermuda e havaianas, hoje estará usando cachecol, para não gelar o pescoção. E haverá risco de chuvas também. A todos uma ótima quinta-feira.

 

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