No Bico do Corvo
Hauly
Além do mais é um sortudo. Luiz Carlos Hauly vai para o 8º mandato de deputado federal. Vão dizer que ele não fez torcida para cassarem o Deltan? Disseram ao Corvo que andava depressivo ao estar longe do plenário. Vai economizar com a terapia.
Saiu a nomeação
O Presidente da República, segundo ato publicado ontem (14/06) no Diário Oficial da União, nomeou a professora Diana Araújo Pereira ao exercício de Reitora da Universidade Federal da Integração Latino-Americana. É a primeira mulher eleita para exercer o cargo. No recente certame eleitoral Diana se deu bem com os votos dos alunos, perdendo por um voto apenas entre os docentes e de lavada nos “TAEs”, ou seja, os Técnicos em Assuntos Educacionais demonstraram certo desconforto nas urnas, mas no fim das contas, todos torcem pelos ventos de mudança. Dizem que ela possui uma pegada muito boa em todas as frentes e deve abrir diálogo com a comunidade iguaçuense, além das fronteiras acadêmicas.
Pesquisa
O Corvo tem lá as suas manias e uma delas é estudar um pouco as pessoas que assumem cargos importantes, como é o caso da professora Diana. Dentre alguns trabalhos, este passarinho leu “Automediação e Construção Cognitiva”, um ensaio assinado pela hoje reitora, e, que, no resumo, segundo ela, “parte de minhas próprias experiências formativas, acadêmicas e pessoais (ambas em sentido multidimensional), e tem por objetivo compartilhar ideias elaboradas e postas em prática na minha trajetória discente e, posteriormente, na minha atuação docente, para então refletir sobre o de desenvolvimento da cognição como processo evolutivo vinculado aos âmbitos pessoal e social. A automediação é um conceito que proponho, com a intenção de abarcar uma dimensão pouco observada, aquela estabelecida mediante a relação e retroalimentação entre as prioridades evolutivas pessoais e as condições vigentes para a formação educacional. E, de maneira mais ampla, entre os extremos antagônicos que conformam a base do pensamento ocidental”.
O besteirol
Vivemos esse mundão do tiroteio conceitual, com balas de todos os lados, de chumbo e açúcar. Quem não souber conviver com isso e simplesmente se entrincheirar corre o risco de mofar, logo, o melhor é enfrentar. Bastou publicarem a nomeação da reitora e já surgiram comentários dos mais diversos, alguns com ares de preconceito, como o fato de ser ligada à conscienciologia, como isso fosse um risco, ou defeito. Oras, se for ou não, qual o problema? O Corvo possui muitos amigos lá e são pessoas altamente qualificadas, que compreendem a natureza humana como poucos. Uma comunidade acadêmica está muito além dessas picuinhas. Então, porque o Corvo é corintiano, não terá em nada, serventia aos palmeirenses? Por favor né? Bola para a frente, pois há muito o que se fazer na Universidade. Este colunista teve o cuidado de pesquisar e não se sabe de vínculo de Diana ou alguma participação dela em com a conscienciologia, nem mesmo como voluntária. Para ser franco, até o Corvo já se voluntariou em ações de lá, pois foram de muita importância comunitária. Isso nos tempos do amigo Waldo Vieira, um visitante de carteirinha da redação.
Quem é esse cara?
Não entendi seo Corvo, esse tal de Pirro é algum advogado da Itaipu? Porque pelo que sei não tem ninguém com esse nome lá. O senhor para de espalhar fake news e jogar as coisas nas costas do outros. J.C.A.
O Corvo responde: uma “vitória de Pirro” é, em geral, expressão utilizada para algo que foi conquistado com um custo maior que o esperado e que no fim das contas, pode acabar gerando até prejuízo. Pirro, rei da Macedônia, era fervorosamente contrário aos romanos, isso lá pela casa dos 300 A.C. Um homem beligerante ao extremo e que ousava destruir seus exércitos em busca de vitórias, como ocorreu na Batalha de Asculo. Ele não chegou a usar o crachá da Binacional. O Corvo lamenta frustrar o leitor: Pirro não é um esbirro que semeia fakenews.
Bulindo nos armários e achando os esqueletos
Corvo, às vezes você vai fundo e faz um jornalismo bem diferenciado e é por isso que sou leitor convicto de sua coluna. Pena não escrever na internet e redes sociais, faria sucesso. Mas sobre a negociação do Anexo C, teremos um mar de oportunidades de comentários, mas você faz o certo, se consulta com pessoas que conhecem o batente. Suas fontes estão por dentro do assunto e assim, não corre o risco de pisar em tomates. Deus ajude o Enio Verri ao lidar com essa panela de batatas quentes, porque negociar com paraguaios é dureza. O país vizinho evoluiu muito nas discussões populares e qualquer sinal de desvantagem poderá gerar conflitos internos, afinal de contas a Itaipu ainda é de longe a maior empesa do país. Se o governo olhar para a opinião pública endurecerá e muito na discussão e tomara, Verri não faça o Pirro.
V.C.M (O leitor pediu para não ter o nome divulgado).
O Corvo responde: vale lembrar, que tarifa acordada com o Paraguai foi de 16,71 U$/kW. Com os encargos internos agregados, a tarifa de repasse definida pela ANEEL é U$ 20,23 por kW. Há uma luta para equiparar uma porção de situações, a começar pela dívida dos “hermanos” nessas transações de compra e venda de energia, que já encosta nos 10 bilhões, graças às subcontratações da ANDE. Dentre umas e outras, os brasileiros sempre acabam pagando mais caro pela energia. Consumimos cerca de 85% de toda a produção de Itaipu, ou seja, os 50% do acordo e mais 35% do que é comprado e os paraguaios, que consomem algo em torno de 15%. O caso é que no Brasil, no ano passado, pagava quase o dobro do valor por KW/H, US$ 50,49, enquanto os paraguaios pagam apenas US$ 27,57. Isso pode ser a carta na manga para fortalecer as negociações brasileiras. Mas vamos esperar. É o que nos resta pelo momento.
PT jogo duro
Para ser um militante petista é necessário, antes, elasticidade. Isso é a base da paciência ao lidar com o borbulhar de opiniões sobre todos os temas que envolvem a sociedade e que por algum motivo, vai parar nas discussões do partido. Até o Lula é enquadrado, dependendo a situação. Quem espera adentrar na sigla, precisa antes fazer esse exercício de meditação, porque uma vez lá, terá que bailar conforme a música.
É só um sonho
Se há pessoas acreditando que poderão entrar no PT e de cara sentar na janelinha, devem saber que isso é muito difícil de acontecer. Levarão anos até serem reconhecidos. Podem até disputar eleições e coisa e tal, mas com ressalvas. Não adianta, o PT é assim e fim de papo. Ninguém “manda”; é a Babel da democracia brasileira.
É um recado?
Não é recado coisa nenhuma e sim um aviso. Há quem ande pela cidade se vangloriando que foi “convidado a entrar no partido”, mas a verdade é que está insistindo em ter uma ficha para assinar, como grande parte dos filiados fazendo bico. É complicado isso.
Falar em PT…
Alguns alunos da UNILA procuraram o Corvo para protestar contra o Dilto Vitorassi. Segundo eles, para o Dilto conseguir o intento terá eu ralar o joelhinho nos centros acadêmicos. Não basta conversar apenas com os técnicos.
O PT e o cenário
A tia de um amigo, que é comadre do cunhado de um padre, que é muito conhecido do frentista do posto onde empregada da avó do Corvo abastece, disse que o PT está encontrando solução para ter um candidato fortíssimo nas próximas eleições municipais e que isso já teria sido desenhado no ano passado, quando começaram a discutir quem seria o próximo DGB da Itaipu. O Corvo está para revelar, que se tudo der certo, teremos dois ex-diretores da Binacional na briga pela prefeitura. Um da direita e o outro da esquerda. Ai…ai…ai…
Lenha é tudo
Corvo, é bacana saber que há projetos para os avicultores deixarem de usar a lenha em períodos de inverno. Mas vai mudar a cultura dessa gente? É complicado. Só mesmo as novas gerações, ou seja, dos filhos irem estudar para depois convencerem os pais, aí sim existe a possibilidade de buscarem novas formas de energia. Sei de gente que sai por aí catando pedaços de pau nas obras, para conseguir funcionar as caldeiras.
Joelson F. J. Figueira
O Corvo responde: há várias linhas de crédito para a utilização de biogás e a região é farta em matéria orgânica. O Corvo tem visitado regiões onde há suinocultura e a tecnologia é avançada, com financiamentos em várias cooperativas. Haverá o tempo em que a fiscalização endurecerá contra o uso de caldeiras e aquecimento na base da lenha. Os avanços são fascinantes e vale a pena pesquisar. O campo está evoluindo muito em conscientização.
As bombas em Foz
Eita cidade que vive nos noticiários em razão desses assuntos. É falar em bomba que o povo já imagina a fronteira. O Corvo acabara de fechar a coluna na terça-feira e aconteceu o furdunço a Vila A, com a explosão de um morteiro. Pensa, jogaram um bagulho daqueles em caçamba? E a ideia de descartar depois no mato? Que situação hein?
Fartal
Olha Corvo, você até que tenta defender as mudanças, sei porque estou ligado e leio o que escreve, mas o Gramadão pode ser bom para o Natal, ou outras coisas, jamais para o aniversário de Foz. Em minha opinião a festa deve voltar para o CTG, enquanto não criam um espaço público, ou então regressarem na a Terceira Pista. No mais, fui comer e não tinha sequer uma mesa ou cadeira. Como é que faz? Comer macarrão em pé? E o preço dos produtos? Foz tem esse problema, tudo é muito caro. Cobrarem R$ 14,00 por uma pamonha? Por favor né? É muita cara de pau. Ai que saudade do tempo que a gente ia no GTG e ocupava mesa com a família num dos quiosques.
Paulo J. M. Silva
O Corvo responde: a Fundação Cultural segue tentando novos espaços, isso não está errado. O frio e a chuva deram um jeito de atrapalhar a festa e em cima de um gramado então, a coisa ficou densa. O Corvo fez uma rápida pesquisa e a aprovação da Fartal aos moldes antigos, na terceira pista da JK é o formato que mais agrada à maioria.
O frio
As temperaturas nem estão tão baixas, o problema é a sensação térmica, ou seja, a temperatura aparente, uma combinação entre vários fatores, a começar pela garoa e vento. Ontem os termômetros acusavam 12 a 13 graus, mas a sensação era de 2 graus, algo de fazer bater os dentes. Haja roupas para aquecer. Talvez seja o momento de lembrar os vulneráveis. O Corvo assistiu uma cena muito triste, de voluntários socorrendo uma família habitando uma área verde. Impressionante. Mas logo apareceram pessoas com alimentos quentes e cobertores. A sociedade é voluntária e tomara, os necessitados encontrem um pouco de conforto.