No Bico do Corvo

É boa a notícia?

A Petrobrás abandonou a paridade de importação nos preços dos combustíveis e claro, as opiniões se divergem. Uns dizem que isso vai “quebrar” a estatal, outros garantem que os consumidores ficarão felizes, logo, ferir os interesses da petroleira não fará diferença para o cidadão. Será que é assim simples?

 

Pode não mudar muito…

“Os reajustes continuarão sendo feitos sem periodicidade definida, evitando o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”, diz a petroleira em comunicado. Segundo os especialistas, a nova estratégia “contempla as principais alternativas de suprimento, sejam fornecedores dos mesmos produtos ou de produtos substitutos” e o que consideram um “valor marginal” para a empresa, ao custo de oportunidade a diversas alternativas como a produção, importação e exportação dos produtos e o que é utilizado no refino.

 

Flexibilidade

Deixando a saia justa do mercado, a empresa acredita que terá mais flexibilidade na competitividade. Segundo a nota da Petrobrás, a estatal se valerá “de suas melhores condições de produção e logística e disputando mercado com outros atores que comercializam combustíveis no Brasil, como distribuidores e importadores”. Tomara isso dê certo, contemplando a empresa com lucros e agradando o cidadão que faz o pinga-pinga de gasolina e diesel nas bombas. No fim das contas isso está em acordo com a política petroleira do presidente Lula, de não atrelar os preços brasileiros às taxas internacionais. Se a medida for levada a termo, a Petrobrás não estará mais amarrada aos preços globais e ao câmbio. Era um sonho do Bolsonaro, mas que ele não se esforçou para realizar.

 

Liberação

O deputado Matheus Vermelho conseguiu garantir uma verba de R$ 500 mil para melhorias na Avenida Brasil. A verba ajudará no desenvolvimento de um projeto, ao contrário da pregação de língua nas redes sociais, como o dinheiro não servisse para nada. Qualquer demanda pública ou impulsionada pela iniciativa privada requer um estudo detalhado e isso não é simples de fazer.

 

Bastante tempo

O último arranjo chamado de “obras” e que foi realizado na Avenida Brasil, aconteceu nos tempos em que Roberto Requião era o governador. Foi quando surgiram as bolas de cimento nas esquinas e o asfalto foi pintado com a cor vermelhão terra. Mas houve também um serviço de tubulações subterrâneas de luz e comunicações, mais a instalação dos quiosques e floreiras. Hoje, com a proposta de shopping à céu aberto, é necessário muito mais. Uns defendem até o fechamento da via para os veículos, outros crucificam a ideia de imediato e falam até em estreitamento das calçadas. Diante de tantas opiniões, eis que urge a necessidade de um projeto, de maneiras que contemplem a todas as necessidades.

 

Famigeradas bolas

Muita gente não entende as esferas que foram incorporadas ao trajeto da Avenida Brasil e que aos poucos foram sendo retiradas, em razão dos constantes acidentes. Em muitas cidades, isso foi o artifício para os veículos não subirem nas calçadas. Em Buenos Aires, Mar del Plata e até em algumas ruas da antiga zona portuária do Rio, por exemplo, os governos esvaziaram os arsenais e chumbavam as velhas balas de canhão nas esquinas, desocupando espaço nos quartéis, afinal de contas aquele tipo de munição não servia para mais nada. Sem balas, a solução em Foz foi imitar o artefato usando concreto. Não serviu nem para o povo sentar em cima, na hora de descansar.

 

Velhos e novos

Corvo, me desculpe, mas há políticos que são considerados velhos, mas que possuem a cabeça muito ajustada aos problemas enfrentados pela cidade e podem sim serem aproveitados, porque além de conhecerem a cidade e a população, entendem dos ritos legislativos e administrativos. Alguém que exerceu um bom mandato e foi “aprovado”, pode tranquilamente concorrer. Os novos levarão anos até aprenderem como lidar com a parte burocrática.

Sandra A. V. Vilaça

O Corvo responde: prezada, primeiramente obrigado pela colaboração. O Corvo não se refere ao “velho” etário, mas aos que ficam pelo caminho no campo das ideias. O mundo está mudando rapidamente e é preciso acompanhar isso. Há sim pessoas que já exerceram o mandato com galhardia e reconhecimento, no entanto, muitos insistem em dividir o voto e com isto, atrapalhar o processo. É essa pratica que podemos considerar velha e ultrapassada e que acaba prejudicando pessoas capazes, independentemente da idade que possuem. No mais, os novatos na política podem desconhecer as regras, mas os servidores estão lá para fazerem a máquina andar regularmente.

 

Cargos e indicações

Prezado senhor Corvo, comungo da sua ideia de que não deveriam existir cargos comissionados. Isso só serve para ajudar os partidos e no fim das contas, colocar gente incompetente no poder público. Veja o Judiciário, quase todos os que atuam lá são concursados ou estagiários. Um prefeito ou mesmo os vereadores, deveram assumir e contar apenas com os préstimos dos servidores. Isso é possível de fazerem. É só ter vontade política.

Mauro V. C. Sardo

O Corvo responde: prefeitos e vereadores atuam nas margens constitucionais, em acordo também com os códigos de postura. Uns reduzem o número de assessores, outros aumentam, pois isso é sim uma moeda de barganha política e que ajuda a garantir apoio no Legislativo e por conta dos partidos políticos. Há cidades que dão exemplo, que trabalham com um mínimo de nomeados em “Cargos Comissionados”, os “CCs”, mas são casos raros. Mundo afora há exemplos interessantes. Existem Estados norte-americanos onde o governador eleito assume com apenas dois assessores, no restante, os funcionários públicos atuam por meio de provas e os certames chegam a reunir milhares de candidatos, como acontece também no Brasil. Haja amadurecimento até coisas assim acontecerem no Brasil.

 

Assessor que não faz nada

O chamado “aspone” é o que mais incomoda na política, porque consome o dinheiro público e nada devolve em matéria de serviço. Isso é aliás, uma das constantes reclamações por conta de servidores, de gente que prestou concurso, estuda, honra ofício e acaba “ganhando” um chefe que não conhece absolutamente nada e acaba atrasando a vida do contribuinte. De uns tempos para cá, as prefeituras estão um pouco mais atentas e procuram nomear técnicos e profissionais competentes que no fim, agregam valor aos demais.

 

Bancada independente

Protetora Carol, Galhardo, Marcio Rosa e Cabo Cassol. Esses são os vereadores que criaram mais uma bancada, a chamada “bancada independente” na Câmara Municipal de Foz do Iguaçu.

 

A independência

No documento que anda circulando nos meios políticos, também aparece o nome do presidente João Morales. Isso gerou um rebuliço. O caso é que se precisa muita calma nessa hora, o nome do presidente da Câmara aparece porque ele precisou assinar o ofício. Isso revoltou até alguns assessores do prefeito Chico Brasileiro e o corvo soube que teve gente caindo até da cadeira. Morales deixou claro que não é um membro da “bancada independente”.

 

Mais uma

O que se espera é que os vereadores da nova bancada realizem uma atuação verdadeira, ou isso será mais uma das inúmeras bancadas criadas para nada ou pouca coisa no Legislativo. É preciso cuidar com as criações de “bancadas”, para depois não acabar no banco de reservas, por causa das eleições.

 

Facão e mais PT no governo

O prefeito Chico Brasileiro vinha passando a lima no facão e muita gente estava com medo, escondendo o pescoço. No fim ele exonerou foi uma penca de cargos comissionados nesta semana. Mais até do que esperavam. Chico assinou as exonerações e partiu para missão oficial em Portugal. A principal mudança foi a nomeação do advogado Ian Vargas na secretaria de Direitos Humanos, que foi candidato a vereador pelo PT em 2020.

 

Petezada

A promessa é que mais gente do PT fará parte do governo Chico e alguns nomes começam a ser ventilados. Há quem diga que o partido vai abocanhar duas diretorias nos próximos dias.

 

Facão lá embaixo também

Se na prefeitura seo Chico Brasileiro cortou apoios e exonerou cargos, na Câmara Municipal o presidente João Morales também promete mudanças. Ao menos dois diretores devem deixar as funções ainda neste mês.

 

Fechando a torneira

Um passarinho observador sobrevoou o depósito de produtos da Câmara Municipal e ouviu que o presidente João Morales está superando o antecessor Ney Patricio no assunto da economia. Dizem as más línguas que a ordem é até reduzir o consumo de produtos de limpeza. Ao entrar num dos banheiros, viu rolos de papel higiênico e toalhas descartáveis espalhadas pelo chão. Se continuar assim é possível que baixe ordem para os vereadores e funcionários levarem isso de casa, ou passarem antes no mercado. Parece que não, mas o papel higiênico é muito usado na câmara e chega a faltar o produto quando espalham notícias de redução de cargos e facão em nomeados.

 

Romaria na Itaipu

Os vereadores fizeram uma verdadeira romaria na Itaipu Binacional nos últimos dois meses. A maioria dos encontros ocorreu com o diretor de Coordenação, Carlos Carboni. É bom o diretor Geral Enio Verri se preparar porque logo chegará outra lista de pedidos para audiências.

 

Estradas paranaenses

O governador Ratinho está todo esperançoso, considerando que o Paraná se converterá num hub de rodovias. Francamente, mesmo com o projeto de duplicações e reformas, que será emplacado pelas concessionárias, ainda vai faltar muito. Como pode um Estado como o Paraná, o quarto da federação, não possuir um eixo rodoviários capaz de escoar as safras? Se isso vai depender dos pedágios, então vai demorar no mínimo uma década.

 

Sem comparação

Não dá nem para sonhar em comparar o Paraná com São Paulo, por exemplo, que possui várias estradas de Leste a Oeste, sem contar os acessos secundários. O cidadão esperava pelo menos uma boa notícia sobre a BR-277 e ao que parece, isso não acontecerá, pelo menos nos próximos anos. Quem viaja para o sudoeste precisa desviar de obras inacabadas, buracos por todos os lados e claro, o perigo em dividir a estrada com caminhões. Falta muito para o Paraná chegar lá, muito além do que dizem e prometem.

 

Já reduziu

Logo que saiu o anúncio da nova política de preços já havia fila em frente aos postos e não é que minutos depois avisaram que a gasolina caiu 12,6%, o diesel, 12,8%, e do botijão de gás, 21,3%? Os preços passaram a valer ontem nas distribuidoras. Resta saber quando chegarão aos consumidores.

 

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