No Bico do Corvo
Pedágios
A previsão era de um ano sem a cobrança, já se passaram mais seis meses. O interessante é o fato de os usuários reconhecerem ou preferirem pagar o valor extorsivos, ao encarem os riscos que as estradas oferecem hoje. Isso sim nos obriga a pensar.
Vai longe
O que há, é uma enorme discussão entre setores produtivos, governo Estadual e Federal, concessionárias de plantão e até mesmo as cidades. Foz, por exemplo, está perdendo com o Turismo rodoviário. Falta segurança, estradas bem pavimentadas e infraestrutura; sem isso quem coloca o veículo nas estradas? Um dos argumentos pela pressa dos pedágios e o aumento do índice de acidentes. Estima-se que se leve um tempo ainda até encontrarem um modelo que agrade a todos. Enquanto isso, o povo sofre. Antes doía no bolso, agora causa risco de vida.
Os modelos
As descrições de escolha das concessionárias são técnicas e este colunista prefere tratar do assunto um pouco mais perto dos certames. O que se percebe é a grande preocupação das cooperativas, gente que precisa muito das estradas e obviamente sofre com elas. Vale lembrar que o preço dos pedágios era tão alto, e oferecia tão pouco, colocando em risco o sucesso dos produtores e aumentando consideravelmente o preço dos produtos nas prateleiras dos mercados. Pedágio caro, estradas deficientes e combustíveis pela hora da morte é uma combinação medonha.
Pode ser solução…
O Corvo já explorou o assunto e não é o “pai da ideia”; isso funciona muito bem em outros países, onde as concessões foram entregues à cooperativas agrícolas e pecuárias, o que melhorou e muito a qualidade das estradas, ajudou a expandir o consumo e viabilizou preços honestos para todos os usuários das estradas. O segredo: cobrar pedágio não é a atividade fim das cooperativas, logo, melhoram o escoamento com pesados investimentos; tudo o que arrecadam é para dar conforto às safras e produções e todos ganham. O Paraná possui muitas cooperativas de sucesso e elas muito bem poderiam assumir a responsabilidade e felizes da vida.
Problemática brasileira
A Lei é que diz de que maneira as empresas podem desfrutar de concorrências e licitações, coisas que nem sempre dá certo. Na guerra pelo menor preço há sempre alguém que não vai conseguir cumprir o contrato e o processo acaba em enorme bagunça. O que não faltam são exemplos. A legislação diz que qualquer empresa pode se habilitar (se preencher os requisitos dos editais). Com isso, é normal ver conglomerados do Sul atuando no Nordeste, por exemplo, e, empresas de todos os Estados disputando lotes em rodovias, ferrovias, aeroportos, até mesmo com capital estrangeiro. As cidades vivem esse dilema, com a maioria das licitações vencidas por empresas de fora. O Congresso é que pode mudar isso, votando regulamentação e reforma na área do fornecimento. Há várias propostas nesse sentido.
Mudando de saco para mala…
A cidade está se preparando para receber um grande número de visitantes neste final de semana. A hotelaria superou 75% de ocupação já no início da semana; os entendidos acreditam que o número poderá beirar 90% levando em conta que muita gente resolve viajar em cima da hora. São exatamente essas que utilizam as estradas que fazem essa diferença.
O impacto
Se antes da Semana Santa, percorrer o trecho entre o Golf e o Hotel Carimã era cansativo, o que dizer nos dias de movimento? O gargalo é muito estreito na BR 469, onde há o encontro dos veículos que chegam da Argentina ou Porto Meira. Teremos confusão na certa.
Os acessos rurais
Corvo, esses dias fiquei travado na BR 469, esperando a fila de veículos andar. Resolvi usar o acesso da Rua Francisco Fogaça para cortar e caminho e lasquei-me. Andei em estradas de chão e parecia que o caminho nunca terminaria; dei uma volta enorme por aquelas estradas e pasme, saí em frete ao Hotel Carimã, bem no meio do rebuliço? Uma barbaridade! Deveriam pelo menos colocar algumas placas indicativas, explicando quais caminhos seguir, para superar o trevo que está em obras. No mínimo precisariam de alternativas.
Leopoldo J. S. Lopes
O Corvo responde: prezado, o Corvo já viveu o mesmo dilema, acreditando que sairia no trecho mais acima do Hotel Mabu. Há uma confusão muito grande de acessos, becos sem saída, lugares até suspeitos, chegando a dar medo. O acesso seguro para desviar o caminho é pela Mata Verde, até a localidade de São Roque, depois utilizando a Avenida Felipe Wandscheer. É uma volta considerável para quem pretende chegar ao centro da cidade e impraticável se a ideia é alcançar a Vila Yolanda ou adjacências como Ouro Verde e Porto Meira.
Não adianta nada
Corvo você tem razão. De nada vai adiantar duplicarem a BR 469, se a Perimetral não estiver construída, pelo menos até o trevo do Hotel Carimã. Pensa uma pista toda duplicada, linda de morrer, desembocando na tragédia em que está se convertendo o trevo, um sufoco danado!
José Paulo H. C. Benevides
O Corvo responde: será um avanço com todas as obras entregues. E a Perimetral parecer ser efetivamente o “x” do problema. Tudo depende daquela obra; é quando os caminhões deixarão de passar pelo Centro e o trânsito fluirá mais livremente, sem tantos inconvenientes para moradores, visitantes e turistas. E não podemos esquecer dos benefícios de uma segunda ponte, quando funcionar para valer. Teremos também um alívio na BR 277.
Chocolate caro
Corvo, a Páscoa lá em casa terá amendoim no lugar de chocolate. A alternativa será apelas para as boas e velhas caixas de bombons Garoto e biscoito do tipo “Bis”. Fazer o que? E outra coisa, a tilápia vai para cima da mesa no lugar do bacalhau. Quem consegue pagar R$ 150 uma caixinha com três pedaços de peixe? Nem no sonho.
Marilene M. G. Peçanha
O Corvo responde: prezada sem querer ofender e ao mesmo tempo agradecendo a sua colaboração, o Corvo tem recebido muitas reclamações sobre os preços do chocolate, do bacalhau e outros produtos, mas poucas pessoas lembram o verdadeiro sentido da Eucaristia e a Páscoa, em sua merecida amplitude. Questões comerciais não são nada perto do sentido que há no feriado.
É preciso refletir
Pode ser, pessoas que entendem o martírio de Jesus e tudo que ensinou, vivam espiritualmente em paz, longe de atos tão covardes e descabidos, como o tristemente ocorrido em Blumenau, onde um homem desferiu machadadas em uma creche, matando quatro crianças entre 5 e 7 anos. Que situação? A sociedade pergunta: o que leva alguém chegar a isso?
O “arcabouço”
Corvo, agora ficam usando essa palavra em tudo. Lá em casa a minha mulher disse: “vamos tratar de realizar um arcabouço para equilibrar as contas”. Foi desconcertante e rimos bastante, mas será que isso vai resolver mesmo o problema do Brasil? Gostei da discussão sobre a economia em sua coluna, por isso gostaria de saber a sua opinião.
Geraldo J. F. Mathias
O Corvo responde: na língua culta “arcabouço” é um saco de ossos. Se já encaram assim as mudanças no setor econômico, vamos imaginar o esqueleto de soluções que enfrentaremos pelo caminho. Nesse jogo coloquial, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que o “arcabouço” é eficaz para criar menos risco de dívidas, mas o conteúdo não garante impacto ou redução dos juros. No fim, parece que BC e governo concordam em algo, o que já é uma coisa boa. O Corvo fica feliz com as discussões entre leitores. Isso é uma luz no túnel.
O tal Chapt GPT
Covo, instalei e usei a debatida inteligência artificial. É uma ferramenta muito boa, mas para quem souber usar e fazer perguntas. Quem não possuir conhecimento e não souber se integrar com o ambiente digital não conseguirá fazer nem redação em nível de curso primário. Definitivamente não é isso tudo o que andam dizendo.
Neilor D. B. Prates
O Corvo responde: este colunista tem se aprimorado e usado todas as novidades do mercado. O fato é que computador e celulares hiper avançados não realizarão mágicas e muito menos milagres. Por enquanto dependerão da eficiência que há na cabeça do usuário.
Bom feriado!
O Corvo deseja a todos uma boa Páscoa. Se faltar chocolate ou bacalhau, ou outra coisa que seja, não importa. Vale a paz espiritual e o que nos oportuna os ensinamentos. Olhar em volta, aos nossos, e admirar a vida, mesmo que ela nem sempre seja alegre, é o real sentido de tudo. Até terça-feira!