Capitania Fluvial já fiscalizou mais de 650 embarcações na Operação Verão Oeste
A Capitania Fluvial do Rio Paraná (CFRP) já fiscalizou 652 embarcações na região Oeste pela Operação Verão 2022/2023. Nas abordagens foram verificadas as condições físicas dos barcos, material de salvatagem (coletes, boias, luzes de navegação e extintores de incêndio), além da documentação.
“Estão sendo aplicadas nos termos da lei n° 9.537, de 11 de dezembro de 1997 (Lei de Segurança do Tráfego Aquaviário – Lesta), e das normas da autoridade marítima, as Inspeções Navais, com cunho de restringir a navegação de embarcações e condutores que não estejam cumprindo as normas vigentes”, explicou a CFRP por meio de nota.
O principal objetivo é evitar acidentes náuticos, que possam resultar em mortes durante a temporada de verão. Nesta época do ano há um fluxo maior de pessoas e embarcações nos rios e lagos de Foz do Iguaçu e região, e com isso a chance de ocorrências também cresce, fazendo-se necessária uma atenção maior das autoridades.
Três embarcações foram apreendidas até o momento por apresentarem riscos à navegação. Dentre as infrações mais comuns a Marinha destaca o excesso de lotação, consumo de bebidas alcoólicas durante a condução em rios e lagos e más condições de navegabilidade.
O trabalho da CFRP teve início no dia 15 de dezembro do ano passado e segue até o dia 15 de março, com foco no Rio Paraná e Lago de Itapu, nas cidades de Foz, Santa Terezinha de Itaipu, Entre Rios, Santa Helena, Boa Vista da Aparecida, Capitão Leônidas Marques e outras.
Além das fiscalizações em campo, a Capitania Fluvial também está atuando em ações educativas, orientando os condutores e passageiros de embarcações sobre as boas práticas para uma navegação segura.
“Dados da Diretoria de Portos e Costas (DPC) mostram que cerca de 70% dos acidentes de navegação no Brasil envolvem embarcações de esporte e recreio, como lanchas e motos aquáticas. As Ações de Fiscalização do Tráfego Aquaviário e o esclarecimento das normas de segurança da navegação buscam garantir salvaguarda da vida humana, sem deixar de aplicar medidas rígidas contra as irregularidades constatadas”, enfatizou a CFRP.
Na última quinta-feira (26) foi registrado um acidente com um barco de pescadores no Lago de Itaipu, na região de Itaipulândia. A embarcação naufragou e duas pessoas morreram afogadas. Os corpos foram resgatados pela Marinha e Corpo de Bombeiros. Nesta situação a tragédia poderia ter sido evitada se as vítimas estivessem usando o colete salva-vidas.
Ao verificar irregularidades com embarcações, como manobras perigosas, falta de itens de segurança, condutores alcoolizados e problemas com coletes salva-vidas ou na habilitação dos condutores, a CFRP orienta que todo cidadão auxilie na fiscalização do tráfego aquaviário. As denúncias podem ser feitas pelo número 185, diretamente com o Serviço de Busca e Salvamento da Marinha (Salvamar).
Marinha na fronteira
Fundada há 81 anos, a Capitania Fluvial do Rio Paraná é responsável pela segurança marítima de 144 municípios. A CFRP possui ainda sob sua subordinação, a Delegacia Fluvial de Guaíra (DelGuaíra), que auxilia em operações e na fiscalização de mais de 54 mil embarcações.
A principal função da Capitania é garantir a tranquilidade da navegação nos rios Paraná e Iguaçu e Lago de Itaipu, além de fiscalizar o cumprimento das normas exigidas para evitar acidentes, tanto em pequenas embarcações de pesca como em navios de turismo e balsas. Ao todo, são cerca de cem militares atuando diariamente no cumprimento das normas de navegação. O atual comandante da unidade é o capitão de fragata Edésio de Assis Junior.
- Da redação / Foto: divulgação