Palavra Livre

Vamos investigar

O TSE encaminhou ao MPE o caso de disparo em massa de mensagens via SMS por canais oficiais do governo do Paraná. com ameaças antidemocráticas e apoio ao candidato a presidente Jair Bolsonaro (PL).  A Secretaria Estadual de Segura informou também que o Núcleo de Combate aos Cibercrimes da Polícia Civil já iniciou as investigações para apurar os responsáveis pelo disparo. “A SESP empregará seus policiais especializados que deverão atuar em colaboração a órgãos federais”.

Ameaças

As mensagens com ameaças em caso de derrota do atual presidente nas urnas no próximo dia 2 chamou atenção dos eleitores entre sexta (23) e sábado (24). Há relatos de mensagens recebidas pelos canais do programa Paraná inteligência Artificial, Detran, Polícia Civil e Secretaria de Estado de Educação. “Vai dar Bolsonaro no primeiro turno! Senao, vamos a rua para protestar! Vamos invadir o congresso e o STF! Presidente Bolsonaro conta com todos nos!! [sic]”, diz a mensagem, que foi recebida, inclusive, por eleitores de outros estados, como SP. TJ e PE.

Não é comigo

Em nota, o governo do Paraná e a Celepar alegam que foram “vítimas de um crime”. De acordo com a nota, as mensagens enviadas por SMS foram feitas a partir de uma empresa terceirizada, a Algar Telecom. “Em nenhum momento a Celepar teve ciência, autorizou ou enviou qualquer tipo de mensagem. O caso é grave e os responsáveis serão penalizados na forma da lei. Os órgãos policiais e eleitorais já foram acionados em todas as esferas e os boletins de ocorrência realizados para fins de investigação”, afirma a nota.

Contrato

A Algar Telecom tem contrato com a Celepar desde maio de 2021, que vale por 36 meses, para prestação de serviços de intermediação para envio e recepção de mensagens curtas (SMS) para usuários de serviço móvel. Segundo informação do Diário Oficial do Paraná de 10 de maio de 2021, o valor global do contrato é de R$ 4,3 milhões.

Na bronca

Os adversários do candidato a deputado estadual Husseun Bakri (PSD) prometem acionar a justiça eleitoral por um folder publicado nas redes sociais em árabe. Bakri é descendentes de libanês. A propaganda eleitoral não pode ser feita em outra língua senão o português.

Lula e Alckmin

Um grupo de profissionais curitibanos lançou o Movimento Suprapartidário Lula/Alckmin, que já conta com mais de 500 participantes e recebeu o apoio do ex-presidente Lula (PT) ao movimento. “A princípio, o movimento criou um grupo de whatsapp, mas em questão de dias a adesão foi surpreendente e os participantes decidiram fazer reuniões presenciais semanais. Lançamos um manifesto e também foram criados perfis no Facebook e no Instagram”, explica o advogado Clóvis Costa.

Não é por aí

O STF invalidou a lei paranaense que obriga os municípios a aplicarem 50% do repasse constitucional do ICMS diretamente em áreas indígenas localizadas em seus territórios. A ação foi ajuizada pela Procuradoria-Geral da República para quem a lei estadual fere a autonomia dos municípios para gerir o próprio orçamento e o destino que os recursos devem ter.

Mandato de volta

O ministro Luís Roberto Barroso (STF) restabeleceu o mandato do vereador Renato Freitas (PT) cassado pela Câmara Municipal de Curitiba pela participação em protesto contra o racismo nas dependências da igreja do Rosário, na capital paranaense, após casos de homicídio de pessoas negras com grande repercussão nacional. Com a suspensão da cassação, Freitas poderá participar das eleições deste ano.

Não é para estagiários

Durante a sabatina com os candidatos a senador pelo Paraná, transmitida pela RPC, Alvaro Dias (Podemos) foi direto ao afirmar que a Câmara Alta é para político experiente e não para estagiários. Foi uma resposta ao candidato Sergio Moro (União Brasil)  que afirmou que montará uma “lava Jato” no Congresso Nacional. “O Senado não é para aprendizado e nem para estagiários. Tem que tem bagagem e experiência Política. É para o exercício da experiência”.

Lula na frente

Última pesquisa Datafolha indica que o ex-presidente Lula (PT) está com 47% enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PL) aparece com 33%. Já o ex-governador Ciro Gomes (PDT) tem 7% e a senadora Simone Tebet (MDB), 5%. Em relação ao levantamento anterior, de 15 de setembro Lula oscilou de 45% para 47%. Já Bolsonaro se manteve com 33%. Ciro oscilou de 8% para 7% e Tebet manteve 5%. Soraya Thronicke (União Brasil) oscilou de 2% para 1%. Nos votos válidos (que não levam em conta os votos nulos, brancos e indecisos), Lula tem 50% e Bolsonaro, 35%. Num eventual 2º turno, Lula tem 54% e Bolsonaro, 38%.

Registro

O Datafolha entrevistou 6.754 pessoas em 343 cidades entre os dias 20 e 22 de setembro. A margem de erro é de 2 pontos. O levantamento foi registrado no TSE sob o número BR-04180/2022.

Favoritos

Levantamento do Congresso em Foco, com base nas pesquisas Datafolha, Ipec e Real Time BIG Data, aponta empate técnico em nove estados, em 16 o primeiro colocado aparece com pelo menos dez pontos percentuais de frente sobre o adversário mais próximo. Apenas em oito, onde o líder desponta com ao menos 20 pontos de vantagem, pode-se dizer que há franco favoritismo.

No Paraná…

…são estes os números: Alvaro Dias (Podemos) 36%, Sergio Moro (União Brasil) 25%, Paulo Martins (PL) 8%, Rosane Ferreira (PV) 3%, Orlando Pessuti (MDB) 2%, Aline Sleutjes (Pros) 2%, Desiree (PDT) 1%, Laerson Matias (Psol) 1%, Roberto França da Silva Junior (PCO), 1%, branco/nulo 8%., não sabe/não respondeu 13%. Pesquisa Datafolha com 1,2 mil eleitores entre os dias 13 e 15 de setembro. A margem de erro é de 3%. O levantamento está registrado no TSE sob o número BR-01166/2022.

Em quem votar

A seis dias das eleições, quatro de cada dez eleitores brasileiros ainda não definiram em quem votarão para deputado federal, revela pesquisa do Instituto Opinião encomendada pelo Congresso em Foco. Segundo o levantamento, apenas 28% dos entrevistados escolheram seu candidato à Câmara com mais de um mês de antecedência. Outros 18% o fizeram apenas nos 15 dias anteriores à eleição, marcada para o próximo dia 2 de outubro.

Não acompanho

A pesquisa também revela que é tímido o acompanhamento da atividade parlamentar: 64% afirmam não se recordar do nome do candidato em que votaram em 2018. Somente 27% afirmaram se lembrar. Entre esses, apenas 48% declararam que acompanham o trabalho de seus representantes. Para a maior faixa do eleitorado, a atuação de deputados (44%) e senadores (36%) é regular. Apenas 3% consideram o desempenho dos congressistas ótimo. Na avaliação de 37%, o trabalho dos senadores é ruim ou péssimo. No caso dos deputados, esse índice é de 33%

Sou pardo

O candidato ao Senado Paulo Martins (PL) mudou sua autodeclaração de raça. Dados do TSE mostram que em 2014, quando concorreu ao cargo de deputado federal pelo PSC, Martins se autodeclarou branco. Em 2018, o site não traz registros sobre a cor do parlamentar. Nesta ano, porém, Paulo Martins se diz pardo. Ele é o nome apoiado pelo presidente Bolsonaro (PL) na disputa e está em terceiro lugar nas pesquisas, atrás de Álvaro Dias (Podemos) e Sergio Moro (União Brasil).

Pesquisa

Independentemente do resultado das urnas, a eleição de 2022 já registrou um recorde – o de pesquisas eleitorais. Dados do TSE apontam o registro 2.130 pesquisas de intenção de voto desde o início do ano. O número já é 37% maior do que o de 2018, quando foram protocolados 1.554 registros, tanto para a presidência como para os cargos locais. Só as primeiras representam 39% do total – foram 829 até a última sexta-feira.

Zé Beto Maciel, Gustavo Aquino, Maria Tereza Vasquez e Bruna Paz

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