O Destino do Mundo precisa do visitante estrangeiro

VisitIguassu se posiciona contrário a exigência de visto para americanos, canadenses, australianos e japoneses

 

 Em 2007, Foz do Iguaçu adotou uma estratégia de marketing chamada “Foz do Iguaçu Destino do Mundo”.  Esse mote não veio atoa ou de forma aleatória. Como lugar para eventos, a cidade está há anos entre as três que mais recebem eventos internacionais.

Já como destino de lazer, a Terra das Cataratas é um dos lugares mais visitados por turistas estrangeiros. Portanto, para a região, a suspensão unilateral dos vistos para turistas dos Estados Unidos, Canadá, Austrália e Japão, é considerada um retrocesso para o setor turístico.

O Destino Iguaçu é um dos mais apreciados entre os turistas estrangeiros que entram no Brasil. Para se ter uma ideia, em 2019, último ano antes da pandemia, estiveram no Parque Nacional do Iguaçu visitando as Cataratas quase 950 mil pessoas vindas de outros países. Isso significa quase 47% de todo o fluxo de visitantes no atrativo e dá uma noção da importância da presença do turista internacional na região Trinacional.

O anúncio do Governo Federal sobre a suspensão unilateral de vistos para turistas desses países, gera preocupação para uma região tão dependente do fluxo de visitantes. Ao argumentar que o baixo impacto sobre o turismo internacional receptivo no Brasil, destinos como Foz do Iguaçu parecem não terem sido levados em conta.

A medida estava em vigor desde de 2019 e era um facilitador na captação de novos visitantes. Felipe Gonzalez, Presidente do VisitIguassu, acredita que possa haver um bom senso por parte do Governo Federal em rever a decisão. “Estamos falando de visitantes, de turistas que querem conhecer nosso país e nossa hospitalidade, a isenção de visto chegou como um convite para esse turista, e para o bem do setor seria importante manter como estava, apresentando um Brasil de portas abertas para o estrangeiro”.

O Presidente do Visit, comenta sobre a ação histórica, que após quatro anos de campanha elegeu a Amazônia e as Cataratas do Iguaçu, com uma das Novas 7 Maravilhas da Natureza e que despertou ainda mais o interesse do público internacional.

Gonzalez cita que além de bom senso, o fator receita deve pesar e que a postura de reciprocidade deve ser revista o mais breve possível. “O visitante estrangeiro gosta do Brasil, gosta de Foz do Iguaçu. Sua presença é motivo de alegria e de receita para destinos”.

Para Gonzalez, o Brasil perde espaço competitivo para a Argentina, por exemplo, uma vez que o visitante internacional passa a ter mais facilidade para acessar a América Latina através de Buenos Aires. Impacto que para o Presidente fica claro no comunicado da UNEDESTINOS, com um estudo do professor Glauber Santos, da USP, que demonstra em números a não isenção de vistos.

 

 

 

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