Baixa vazão do rio Iguaçu facilita obras nas passarelas do lado argentino das Cataratas

A concessionária da área turística do lado argentino das Cataratas do Iguaçu está aproveitando o baixo nível do rio Iguaçu para promover a limpeza e restauração das passarelas do atrativo. As estruturas foram afetadas pelas cheias históricas dos últimos dois anos, levando ao fechamento o circuito Garganta do Diabo, que leva o visitante até o alto da principal queda do conjunto dentro do Parque Nacional do Iguaçu, na fronteira compartilhada entre Brasil e Argentina.

 

Nos últimos dias, a vazão do rio Iguaçu baixou para um terço do normal, que é de 1,5 milhão de litros de água por segundo nas Cataratas do Iguaçu. De acordo com a estação de monitoramento da Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel), na manhã desta quinta-feira (10), a vazão estava em pouco mais de 600 mil litros de água por segundo, deixando à mostra o cânion e os paredões do principal atrativo turístico da tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina.

 

Em outubro de 2023, uma cheia do rio Iguaçu, com mais de 16,5 milhões de litros de água por segundo, arrastou praticamente toda a passarela do circuito Garganta do Diabo do lado argentino das Cataratas. A estrutura, que teve 51 dos 99 trechos danificados, precisou ser totalmente reconstruída.

 

A reabertura só ocorreu em meados de 2024. Em dezembro do ano passado, a passarela precisou ser interditada novamente devido o volume do rio Iguaçu atingir 9 milhões de litros de água por segundo. Nesta ocasião, a estrutura não foi danificada como nas enchentes históricas anteriores.

 

Limpeza e restauração

A diminuição do fluxo do rio Iguaçu nos últimos dias permitiu a retomada das obras de resgate estrutural no circuito da Garganta do Diabo, nas Cataratas do Iguaçu, tarefa que não era possível desde a última enchente. Devido ao baixo nível atual da água, desde o início de abril, um grupo de trabalhadores da Iguazú Argentina SA, concessionária argentina das Cataratas, vem recuperando pedaços de passarelas, como trechos de piso, travessas, montantes, ganchos e guarda-corpos, que foram arrastados pela força da água em enchentes anteriores.

 

Nos trabalhos também são realizadas obras na segunda área de descanso do Circuito Garganta do Diabo. Os turnos começam às 5h30 e duram o dia todo, com os trabalhadores usando cintos de segurança e linhas de vida para garantir sua segurança enquanto operam em um ambiente altamente exigente.

 

A Iguazú Argentina SA emitiu um comunicado destacando a importância desses projetos e o impacto positivo que eles têm nos arredores do Parque Nacional do Iguaçu. “Quando as condições hidrológicas permitem, a Iguazú Argentina SA e a Administração de Parques Nacionais coordenam e executam essas tarefas para melhorar a estética da paisagem, um prelúdio ao grande apelo do Parque”, afirmaram.

 

Nesse sentido, destacaram que a restauração dessas estruturas não só contribui para a segurança e funcionalidade do circuito, como também preserva a experiência dos visitantes que visitam a Garganta do Diabo, um dos pontos mais emblemáticos do Parque Nacional do Iguaçu.

 

  • Da Redação
  • Foto: Iguazú Argentina

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