Uso de cigarro eletrônico provoca graves problemas pulmonares e até desenvolvimento de diabetes

Artigo científico publicado na respeitada revista PubliMed traz alertas sobre os graves problemas na saúde de quem consome o cigarro eletrônico. O texto assinado por pesquisadores revela a presença de metais pesados como ferro, cromo e alumínio dentro do organismo do usuário, que são potencialmente mais nocivos em comparação ao cigarro convencional. Outro alertar é que o uso do cigarro eletrônico pode desenvolver a diabetes.

A transformação do liquido, utilizado nos cigarros eletrônicos, em fumaça é um mecanismo químico que traz gravíssimos problemas à saúde. “Quando o usuário traga o cigarro eletrônico ele aciona um dispositivo que acende o pavio metálico dentro do vaper, transformando o líquido em vapor. É justamente aí que está o problema, na resistência do cigarro eletrônico”, alerta o engenheiro médico com formação na Universidade Estadual do Arizona, nos Estados Unidos, Sérgio Grunbaum.

“A classe médica e os governos dos países onde existe a comercialização do cigarro eletrônico precisam ser informados qual resistência está sendo utilizada. Não sabemos se há níquel, einstênio, chumbo, por exemplo. Além dos problemas pulmonares, existe o potencial de desenvolvimento doenças graves por inalação desses metais pesados”, conluí Grunbaum.

No artigo científico da revista PubliMed, que teve a orientação de Grunbaum, revela ainda que nos E.U.A existe a publicação recentemente de um estudo científico evidenciando que foram encontrados no alvéolos pulmonares do usuários de cigarros eletrônicos os metais pesados como alumínio (4-7%), ferro (70%), cromo (20-30%), níquel e magnésio, sem falar na própria nicotina.

 

Risco de diabetes

É comum os usuários escolherem sabores na hora de tragar o cigarro eletrônico. A saborização adocicada esconde riscos à saúde. “O usuário pode sim desenvolver problemas metabólicos. A escolha do sabor deixa a experiência mais doce e o doce no líquido é inalado como fumaça. Esse doce impregna no dentro do organismo e em grande quantidade a pessoa pode desenvolver a diabetes”, explicou o pesquisador Marcel Lisbôa.

 

O que a comunidade científica sabe é que o uso dos cigarros eletrônicos pode impactar problemas na saúde do usuário em poucos anos. Um cigarro, o de palha, contém cerca de 4 mil componentes químicos. O cigarro eletrônico, por sua vez é considerado mais perigoso e nocivo. “Sabemos que hoje o cigarro eletrônico causa problemas pulmonares e vai além. Causa também problemas neurológicos por causa dos metais pesados e até problemas no metabolismo”, disse Lisbôa.

 

Mortes de usuários

A maior referência mundial sobre os problemas na saúde com o uso do cigarro eletrônico são os E.U.A. De acordo com o Centro de Controle e Prevenção Doenças do pais norte-americano, a partir do mês de outubro de 2019 até hoje, já foram confirmadas 18 mortes por EVALI, sigla em inglês que significa doença pulmonar associada ao uso de produtos do cigarro eletrônico. Ainda de acordo com Centro foram registrados 1.080 casos de EVALI nos E.U.A.

 

Os sintomas do EVALI incluem dificuldade de respirar, dor no peito, tosse e hemoptose – eliminação do sangue pela tosse. Há casos também de problemas gastrointestinais como náuseas, vômitos, dor abdominal. Algumas pessoas apresentam anda febre e mal-estar. Em casos graves há registro de insuficiência respiratória, necessitando de entubação e ventilação mecânica.

 

No Paraguai

Revista Científica, a PubliMed, publicou um artigo trazendo os principais problemas associados ao uso do cigarro eletrônico a nível mundial. A publicação revelou ainda dados sobre o uso do cigarro eletrônico de usuários que vivem no país vizinho, muitos inclusive são brasileiros com idades de 18 a 40 anos.

Das 134 pessoas entrevistadas, mais de 32% usam o cigarro eletrônico por causa da ansiedade. Já 12,7% dos entrevistados afirmam usar o produto por diversão. “É importante a pessoa largar o vício do uso do cigarro eletrônico com a ajuda médica, inclusive para tratar a ansiedade. O importante é parar já, o quanto antes”, orienta o pesquisador Marcelo Mamad, que é pesquisador e atua como editor na PubliMed, revista científica da Universidade Central do Paraguai, em Cidade do Leste (UCP/CDE).

  • POR Assessoria UCP/CDE / FOTO: Renan Gouvêa

 

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