Zé Elias inclui pauta dos professores municipais no plano de governo

Saúde do professor, piso salarial, insalubridade, completivo, educação integral, unificação de cargos e referências. As demandas da coordenadora do CMEI Ramona Rodrigues Dotto, a professora e pedagoga Antonella Gessi de Lima, vieram ao encontro do plano de governo de Zé Elias 44 prefeito e Leandro Costa para Foz do Iguaçu.

“Venho em nome das professoras do ensino infantil justamente para trazer as principais dificuldades que enfrentamos hoje no trabalho”, comentou Antonella. No diretório central do União Brasil, a pedagoga foi recebida por Zé Elias e Leandro Costa e as candidatas à vereança Pedagoga Rejane, Cintia Bordignon e Eliane Tashiro.

Segundo a coordenadora do Centro Municipal de Educação Infantil, os maiores gargalos da educação das crianças passam não somente pela falta de vagas para o ensino integral, mas também pela saúde das professoras e professores e ausência de infraestrutura nas escolas. “Hoje não estamos atendendo as crianças com a qualidade e excelência que merecem, pois a demanda e quantidade de crianças por sala de aula, e nossa estrutura, não permitem que os professores tenham esse desempenho.”

Para Zé Elias, a atenção às demandas dos professores da rede municipal é essencial e urgente. “Para começar a tratar sobre o assunto, precisamos pensar num plano de ação para introdução ao ensino integral, com infraestrutura. Precisamos pensar na infraestrutura adequada também, com pátios cobertos nos CMEIs, metragem adequada das salas de aula e regulamentar a quantidade de alunos.”

“E, se pensarmos no ensino integral, também faltam professores, especialmente no ensino infantil”, ponderou Zé Elias. A qualidade dos serviços, segundo Antonella, está comprometida com o atendimento a alunos PCDs. “Os professores precisam ter conhecimento específico para que essas crianças também possam se desenvolver. Não posso querer alfabetizar crianças PCDs se elas não têm autonomia para ir ao banheiro e se alimentar sozinhas.” Para ela, a desvalorização do trabalho na educação infantil é crônica e precisa ser repensada.

A candidata Pedagoga Rejane ponderou: “As mudanças não são só estruturais, são no currículo, com atividades diferenciadas, funcionando além da estrutura, de projetos e inclusão digital.”

Para a candidata Cintia Bordignon, a equiparação salarial é o primeiro passo. “A valorização é fundamental. Conhecer a estrutura e a possibilidade de avançar com o que temos para o ensino integral tem que ser estudado.”

 

Saúde

Outra questão trazida é a precariedade da saúde dos professores. Hoje, na rede pública, um alto número de educadores está afastado por problemas de saúde mental, segundo a coordenadora. Para Zé Elias, os professores devem e terão, em sua gestão, um tratamento específico e especializado, com unidade voltada exclusivamente à sua saúde.

“Não estou falando de atender em grupos (como a Diretoria de Saúde Ocupacional), quero atendimento individualizado para cada professor, e isso é possível, e vamos fazer”, disse o candidato. Para Eliane Tashiro, “professores saudáveis e equilibrados emocionalmente têm melhor desempenho em sala de aula. Precisamos valorizar quem está na linha de frente, oferecendo suporte psicológico e promovendo um ambiente de trabalho mais acolhedor”.

 

Sem valorização

A saúde está ligada ao bem-estar, e de acordo com Antonella os professores do ensino infantil sofrem com a falta de valorização tanto da sociedade quanto financeiramente, com ausência do completivo salarial. “Hoje nosso salário está achatado”, revelou.

A gestão Zé Elias vai estancar o avanço das desigualdades a partir do próximo ano, promovendo a equiparação de cargos e referências gradualmente. “O corte já aconteceria em janeiro de 2025, e o restante seria judicializado. O importante seria a criação de um grupo de estudo para saber qual o impacto e quanto iria custar. É demorado, não se faz da noite para o dia”, disse.

O candidato também falou sobre a importância da criação de uma Escola Modelo, para formação dos professores e estudos de infraestrutura. “Podemos criar uma comissão de avaliação de cada unidade escolar, saber da demanda da região e o quanto cresceu ou não. Então, criam-se critérios, assim conheceríamos o futuro das demandas de cada escola.”

  • Da assessoria /Foto: Divulgação/União Brasil

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