Vermelho cobrará do DNIT revitalização da Ponte Internacional da Amizade

O deputado federal Vermelho retornará a Brasília no início da próxima semana com mais uma missão em defesa de Foz do Iguaçu: a revitalização da Ponte da Amizade.

Esse cartão postal que une Brasil e Paraguai há quase 60 anos encontra-se em estado lastimável, sendo objeto de ampla reportagem da RPC TV que desnudou problemas gerados pelo tempo, abandono e vandalismo.

De acordo com a matéria, a ponte está com as grades quebradas, amarradas com arame, buracos se espalham nas passarelas e a sujeira é objeto de críticas dos milhares de turistas que cruzam a ponte mais movimentada do país.

“É lamentável o estado de abandono em que se encontra a nossa Ponte da Amizade. O recesso parlamentar termina na próxima semana e nós retornaremos a Brasília para cobrar do DNIT uma ação rápida para revitalizar esse importante elo de integração entre brasileiros e paraguaios”, afirmou Vermelho.

A Ponte da Amizade completa 60 anos em 27 de março do próximo ano e a última revitalização ocorreu em 2015. “Diariamente atravessam essa ponte cerca de 80 mil pessoas, entre brasileiros, paraguaios e turistas do mundo inteiro. É uma vergonha para o país deixá-la nesse estado de abandono”, acrescentou o parlamentar.

Durante a revitalização, o asfalto foi recapeado e as juntas de dilatação substituídas. A passarela foi revitalizada e ganhou cobertura. Toda a extensão de mais de 600 metros recebeu iluminação nova e moderna. Também as grades foram levantadas, trazendo mais segurança para os turistas e inibindo o contrabando de mercadorias. O investimento total foi de R$ 10,2 milhões.

 

Um marco na história Brasil / Paraguai

Nos idos de 1956, um acordo histórico entre os governos do Brasil e do Paraguai ecoou como um clarão de esperança na região das três fronteiras. Era o ponto de partida para uma obra monumental, uma conexão que romperia barreiras físicas e impulsionaria uma nova era de cooperação e desenvolvimento. Este acordo daria origem à Ponte da Amizade.

A magnitude do projeto era tal que a ponte deveria suportar até as maiores cheias do rio. Com base em registros históricos, ficou decidido que a estrutura deveria ter uma altura impressionante de 77 metros do fundo do rio e 32 metros acima do nível da água durante as cheias mais extremas.

A construção foi um verdadeiro feito de engenharia. No auge das obras, mil homens trabalhavam incansavelmente, muitos deles alojados em casas especialmente construídas para o projeto. Toneladas de materiais foram utilizados, desde concreto e aço até madeira para formas e andaimes.

O arco de sustentação, o coração da ponte, foi um desafio à parte. A Companhia Siderúrgica Nacional, de Volta Redonda, foi encarregada dessa tarefa monumental. Um cimbre metálico de 157,3 metros de comprimento foi montado, exigindo 1.200 toneladas de aço. O transporte dessa estrutura gigantesca por 1.700 quilômetros foi uma proeza em si, realizada por uma equipe dedicada do DNER.

Em 1965, a Ponte da Amizade foi finalmente inaugurada, testemunhada pelos presidentes Castelo Branco e Alfredo Stroessner. Seu impacto foi imediato e transformador. Tornou-se um ícone de cooperação entre Brasil e Paraguai, impulsionando o comércio e os negócios entre os dois países.

Para Foz do Iguaçu, a ponte representou uma nova era de prosperidade, sendo o catalisador para o florescimento do comércio exportador. E para o Paraguai, foi o marco do nascimento de Ciudad del Este, um centro urbano que hoje é vital para a economia do país.

  • Da redação com assessoria

 

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