Vereador Bosco contesta decisão judicial sobre livro de inglês
A decisão judicial que determinou o retorno do livro English After School às salas de aula da rede municipal de Foz do Iguaçu reacendeu o embate entre o vereador Bosco Foz (PL) e o Sinprefi, sindicato que moveu a ação. A liminar, assinada pelo juiz Wendel Fernando Brunieri, obriga a Prefeitura a restabelecer o uso de cerca de sete mil exemplares recolhidos em junho, sob pena de multa de R$ 10 mil a secretária municipal de Educação. A medida ainda cabe recurso.
Bosco, principal articulador da retirada do material, reagiu duramente. Para ele, a decisão ignora o direito das famílias de escolher o que os filhos devem aprender. O vereador afirma que o livro traz conteúdos “inadequados, confusos e subjetivos”, citando como exemplo a abordagem do Valentine’s Day, que, segundo ele, insinua temas ligados ao amor romântico sem o devido contexto para crianças em fase de alfabetização. “Isso pertence à formação moral, que deve ser conduzida pela família, não pela escola”, disse.
O parlamentar também atacou o sindicato, afirmando que o Sinprefi “não representa todos os professores” e que muitos docentes teriam manifestado apoio à retirada do livro. Para ele, a educação pública não deve ser “campo de experimentação ideológica” e deve priorizar o entendimento e a proteção dos alunos. “A escola é feita para as crianças, não para atender grupos organizados. Não se pode oferecer conteúdo tóxico a mentes em formação”, comparou.
Bosco declarou que espera que a Secretaria de Educação recorra e que o Executivo defenda “uma educação limpa, clara e livre de doutrinação”. Ressaltou ainda que continuará alinhado aos pais e aos valores que defende desde o início do mandato. “Não me elegi para agradar sindicatos, mas para representar o povo”, afirmou.
A Prefeitura informou, em nota, que ainda não foi formalmente notificada da decisão liminar e que se manifestará nos autos assim que isso ocorrer.
- Da redação com assessoria