Chico Brasileiro retoma diálogo sobre faltas e professores suspendem greve
Os servidores da rede pública municipal de educação de Foz do Iguaçu decidiram ontem (18), em assembleia geral, pela suspensão da greve deflagrada na segunda-feira (16) e retorno imediato às escolas e aos CMEIs (Centros de Educação Infantil).
A decisão veio após o prefeito Chico Brasileiro (PSD) anunciar, em reunião com representantes da categoria pela manhã, que aceita negociar, até o dia 1º de novembro, uma forma de suspensão do desconto em folha de pagamento dos dias parados. Até lá, eles seguem em “estado de greve”, segundo o sindicato.
O prefeito recebeu os representantes dos trabalhadores e anunciou a concessão de vale-alimentação aos servidores de todas as categorias com salário até R$ 5.500,00, além de aumento no abono assiduidade aos educadores que não possui falta, licença ou atestado.
A reunião que pôs fim a mobilização durou aproximadamente 1h30, quando o prefeito aceitou colocar as faltas dos servidores em negociação.
Na terça-feira, 17, o prefeito classificou como “um crime” o fechamento dos centros de educação infantil pelos grevistas da educação municipal, que resultou no fechamento de apenas duas escolas, das 50 unidades de educação.
“Agora, fechar as creches para não dar alimentação às crianças é um crime. Estou determinado que todas as creches têm que ficar abertas para alimentar as crianças. Não é justo deixar uma criança sem alimentação”, reforçou Brasileiro.
Para o prefeito, houve uma radicalização do movimento grevista e reiterou a opção pelo diálogo, uma vez que atendeu os sindicatos dos servidores. “A greve, infelizmente, foi politizada por interessados nas eleições do ano que vem, por aqueles que querem o quanto pior, melhor. Eles querem criar o caos para atender situações políticas”, asseverou.
“Os servidores da educação municipal de Foz do Iguaçu tem um dos melhores salários do Paraná. Desde 2016, o salário do professor cresceu e é pago absolutamente em dia”, garantiu Chico Brasileiro, refutando boatos de que estariam dizendo aos pais de alunos que a greve é porque a prefeitura não está pagando os servidores. “Isso não é verdade, é uma mentira”.
O uso político da greve, segundo o prefeito, ficou evidenciado porque a cada ponto da pauta atendido, os grevistas colocaram outro, a cada avanço nas negociações, outra reivindicação.
- Da Redação