Ato em Foz pede anistia a Bolsonaro e aos condenados de 8 de janeiro
Com bandeiras do Brasil e camisetas da Seleção Brasileira, manifestantes se reuniram neste domingo (3) na Praça do Mitre, em Foz do Iguaçu, para pedir anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro e aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023. O grupo também defendeu o ex-presidente norte-americano Donald Trump e protestou contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), alvo de pedidos de impeachment e prisão por parte dos organizadores.
Convocado por lideranças locais da direita e parlamentares aliados de Bolsonaro, o ato seguiu o roteiro de manifestações semelhantes registradas em outras cidades do país no mesmo dia. Além de críticas ao governo Lula e ao STF, os manifestantes declararam apoio às sanções comerciais anunciadas por Trump contra o Brasil e celebraram declarações do republicano contra Moraes.
Entre os principais motes do protesto esteve o pedido de anistia a Bolsonaro e aos condenados pelos atentados em Brasília. De acordo com o Supremo Tribunal Eleitoral, em 8 de janeiro de 2023, extremistas contrários ao resultado das eleições presidenciais depredaram as sedes do Supremo Tribunal Federal, do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto, em tentativa de impedir o funcionamento das instituições.
Segundo a Procuradoria-Geral da República, os atos foram o desfecho de um plano golpista iniciado ainda em 2021, com ataques sistemáticos ao sistema eleitoral. A expectativa é de que em setembro a Primeira Turma do STF julgue Bolsonaro e outros sete réus acusados de integrar o núcleo central da articulação criminosa.
Anistia já
Durante o protesto em Foz do Iguaçu, cartazes com os dizeres “Anistia já”, “Fora Moraes” e “Trump 2024” se misturavam às camisetas verde-amarelas. Para os presentes, Bolsonaro é vítima de perseguição política e deveria ser inocentado junto aos demais envolvidos nos atos antidemocráticos.
O evento também refletiu o alinhamento entre parte da direita brasileira e Trump, que recentemente declarou apoio a Bolsonaro e acusou o STF de promover uma “caça às bruxas”. No mesmo tom, manifestantes endossaram as tarifas de 50% anunciadas por Trump sobre produtos brasileiros, classificando a medida como resposta à atuação de Moraes.
Apesar de reunir público menor que as manifestações anteriores, o protesto em Foz evidencia a continuidade da polarização política e o peso simbólico dos atos em defesa de Bolsonaro e Trump no interior do país.
- Da redação com assessorias
- Foto: divulgação