“A quem interessa a CPI do transporte coletivo?”, questiona Bobato

A refrega na audiência pública de terça-feira, 12, sobre o contrato e as propostas do transporte coletivo levou o secretário Nilton Bobato (Governança e Transparência) a repetir a mesma pergunta que fez nas redes sociais no final do mês de agosto. “A quem interessa a CPI do Transporte Coletivo?”, questiona Bobato.

O pedido de CPI, articulado por um grupo de vereadores, uniu desde o ex-candidato Ling Siang Yen (China), um entusiasta do bolsonarismo ao sindicalista Dilto Vitorassi (PT) que admoestado do plenário da Câmara Municipal como “dinheirista”.

“Lá vem o quarteto da gritaria na Câmara com mais uma jogadinha politiqueira, para tentar criar constrangimento, fazer o Governo tirar o foco do que interessa à população, servir de palanque pré-eleitoral a grupelhos políticos e pseudo-lideranças que só vivem no submundo da política”, repetiu o secretário.

 

Sem fato concreto

Bobato já foi vereador por dois mandatos e vice-prefeito, afirma que a instalação de uma CPI só serve para atender interesses políticos já que pela quarta investigaria o transporte coletivo de Foz do Iguaçu. “E esta, como as anteriores, não tem um fato concreto para investigar”. O secretário lembra que a última CPI, foi a única “que  teve algum resultado” ao propor a extinção do contrato com o Consórcio Sorriso.

O modal era operado pelo Consórcio Sorriso desde 2010. No entanto, a prestação do serviço sempre foi alvo de reclamações, principalmente dos usuários e dos trabalhadores do sistema, que fizeram diversas greves e manifestações contra o atraso nos salários e benefícios. No início de 2022, uma nova empresa assumiu o sistema.

Bobato lembrou que, no primeiro governo de Chico Brasileiro (PSD), a prefeitura já havia feito duas intervenções no sistema – a primeira para garantir o pagamento de salários e décimo terceiro atrasados dos trabalhadores. “Após a pandemia, o sistema licitado em 2009 se tornou inoperante”.

“O único caminho para garantir o transporte coletivo na cidade, foi decretar a caducidade do contrato com o consórcio Sorriso e fazer uma licitação emergencial em 2022, com subsídio municipal, pagando o serviço por quilômetro rodado”, recordou. O secretário destacou que todo esse processo foi acompanhado de perto pelo Ministério Público e por uma Comissão de Vereadores.

 

Rompimento

“A coragem do prefeito Chico Brasileiro de acatar a recomendação da Câmara e romper com um contrato draconiano para a população, serviço ruim e caro, e que o Município não podia intervir, desagradou algumas pessoas na cidade, que agora querem ser personagens de uma CPI, com transmissão pelo YouTube”, disparou.

O atual modelo, de contrato licitado como prestação de serviços é inovador no país, foi aprovado pela Câmara de Vereadores e está em franca construção, disse Bobato. Segundo ele, o serviço ideal ainda terá um longo caminho pela frente, “mas está muito melhor que em 2022”.

Atualmente, 90 ônibus estão em circulação, mais de 30% da frota nova e idade média de cinco anos para os demais, com wi-fi, sistema de bilhetagem eletrônica, passe livre para estudantes, isenção aos idosos, sem aumentar a passagem e com uma grande vantagem: “o Município, leia-se: Foztrans, é o dono do serviço, tem poder para mudar e melhorar”.

  • Da redação

 

 

 

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