Homem condenado a mais de 70 anos de reclusão é preso em operação na BR-277

Um homem, condenado a surpreendentes 71 anos de reclusão, foi preso em uma operação na BR-277, em Santa Terezinha de Itaipu, na tarde de terça-feira (16). O criminoso foi identificado por equipes da Receita Federal, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal, que atuavam juntas na ação.

Conforme apurado, o foragido conduzia um ônibus com passageiros, carregado com grande quantidade de mercadorias descaminhadas, totalizando R$ 200 mil. O veículo foi abordado no posto da PRF.

Durante a vistoria, os agentes detectaram que os documentos apresentados pelo motorista eram falsos.  Com a ajuda da PF, foi identificada a verdade identidade do homem, sendo constatado que ele era procurado pela Justiça.

Ainda conforme as equipes, o ônibus que o acusado conduzia circulava com documentos da prefeitura de Foz, tendo sido adquirido em um leilão, em 2019, por uma empresa de peças veiculares de Campo Mourão. Posteriormente, o veículo foi comprado pela organização criminosa da qual o investigado fazia parte.

Uma empresa de perícia realizou laudo técnico no coletivo a pedido da Receita Federal, constatando que o veículo estava irregular, com partes de peças sucateadas, além de adulterações no chassi e motor.

O foragido, que se apresentava como José, foi encaminhado à delegacia da Polícia Federal com o veículo, que foi apreendido. Os passageiros do ônibus eram apenas figurantes ou “laranjas”.

 

Láparos

De acordo com informações, o indivíduo preso é bastante conhecido no meio policial, sendo apontado como braço direito de um dos chefes de uma organização criminosa que atuava na fronteira. O investigado chegou a ser preso em 2011 junto com outros membros do grupo na Operação Láparos, deflagrada pela PF para apurar o contrabando de cigarros e corrupção policial em Guaíra.

Na época, a ação foi resultado de uma investigação deflagrada após a apreensão de milhões de pacotes de cigarros contrabandeados do Paraguai, toneladas de agrotóxicos, veículos e embarcações.

Agora o investigado será julgado por falsidade ideológica, além de acusações de adulteração de veículo automotor, modificação ilegal de chassi e motor, e contrabando. Essas ações, somadas ao mandado de prisão em aberto pelos mesmos delitos, podem resultar em uma pena ainda maior do que os já 70 anos de prisão.

  • Da Redação /Foto: Receita Federal

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