Foz é alvo de operação da Polícia Federal contra o tráfico internacional de armas

Mandados de busca e apreensão foram cumpridos na cidade; Justiça determinou o bloqueio de mais de R$ 10 milhões em bens dos investigados

 

Foz do Iguaçu foi alvo, na manhã de quinta-feira (2), de uma operação deflagrada pela Polícia Federal com o objetivo de desarticular uma organização criminosa que atuava no tráfico internacional e comércio clandestino de armas de fogo de uso restrito. Os criminosos também praticavam a lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Seis mandados de busca e apreensão foram expedidos pela 3ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, na ação batizada como Conexão Guarani. Além de Foz, as ordens foram cumpridas nas cidades de Porto Seguro e Feira de Santana, ambas na Bahia. Conforme informado pela polícia, os criminosos sofreram um bloqueio de bens que pode chegar a R$ 10 milhões.

As investigações que desencadearam a operação foram conduzidas pela Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Patrimônio e ao Tráfico Internacional de Armas (Delepat). A apuração teve início em março de 2020 após a imprensa paraguaia divulgar a apreensão de uma carga com 180 fuzis desmontados, no Aeroporto Internacional Guaraní, em Ciudaddel Este.

De acordo com o que foi levantando, a carga clandestina foi trazida em um avião, que saiu de Miami, nos Estados Unidos. A aeronave faria uma parada no aeroporto paraguaio e seguiria na sequência para o Rio de Janeiro, onde os fuzis seriam vendidos ilegalmente para facções criminosas.

Na tentativa de enganar a fiscalização, os criminosos teriam registrado a carga com conteúdo diferente do que era de fato transportado, além de atribuir o volume a um “laranja”, que sequer tinha conhecimento sobre o crime.

Também participaram das investigações a Força-Tarefa Internacional de Combate ao Tráfico de Armas e Munições (FICTA), composta por integrantes da Secretaria Nacional de Segurança Pública e supervisionada pelo Serviço de Repressão ao Tráfico de Armas da Polícia Federal; a Agência de Investigações de Segurança Interna (Homeland Security Investigations – HSI), da Embaixada dos Estados Unidos; a Adidância da Polícia Federal no Paraguai; dentre outras entidades nacionais e internacionais.

Os investigados responderão pelos crimes de tráfico internacional de armas, comércio ilegal de armas de fogo, organização criminosa transnacional, lavagem de capital e evasão de divisas.

  • Da Redação / Foto: Polícia Federal

 

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