Com bloqueios nas pontes da Amizade e Tancredo Neves, Operação Ágata combate o tráfico e contrabando em Foz
Uma nova edição da Operação Ágata Fronteira Sul reforçou o combate ao tráfico de drogas e armas, contrabando e descaminho de mercadorias estrangeiras em Foz do Iguaçu e região. A ação, que teve início no sábado (1°) não tem data para término e conta com bloqueios nas aduanas das pontes da Amizade e Tancredo Neves, além da BR-277 e estradas vicinais.
Sob o comando do Exército Brasileiro, o trabalho conta com o apoio do 34° Batalhão de Infantaria Mecanizado, Receita Federal, Marinha, Secretaria de Segurança Pública, polícias Militar, Civil, Federal e Rodoviária Federal, além de órgãos como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e outros.
Além dos pontos fixos de abordagem, as equipes também estão realizando patrulhamentos com o objetivo de identificar pessoas e veículos suspeitos, produtos de roubo e foragidos da Justiça. Viaturas terrestres, embarcações e helicópteros estão sendo usados na ação a fim de garantir um maior mapeamento.
Um dos focos da operação são os portos clandestinos, frequentemente usados por criminosos para a passagem, armazenamento e transporte de produtos lícitos e ilícitos do Paraguai e Argentina para o Brasil. As mercadorias mais apreendidas na fronteira são maconha, cigarros, vinhos e eletrônicos.
Em paralelo as fiscalizações em Foz, neste ano a Operação Ágata também está ocorrendo de forma simultânea no Paraguai e Uruguai, com o apoio de equipes do Exército de ambos os países. Dentre os focos destaca-se também o combate a crimes ambientais.
No Paraguai a ação leva o nome de Basalto e conta com agentes da Polícia Nacional, Secretária Nacional Antidrogas (Senad), Ministério Público e outros órgãos. O pontos de controle abrangem as regiões de Ciudaddel Este, Salto del Guairá, Pedro Juan Caballero, Ponta Porã, e Canindeyú.
“A colaboração entre Brasil e Paraguai fortalece a cooperação bilateral no combate ao crime organizado e na promoção da segurança regional. Essa iniciativa é mais um passo importante na busca por uma fronteira mais segura e livre de atividades criminosas, visando criar um ambiente seguro para os moradores e fortalecer o controle das autoridades sobre as atividades ilegais na região”, destacaram as forças de segurança.
As Forças Armadas optaram por não divulgar o efetivo empregado nas ações, nem grandes detalhes do trabalho por conta da dimensão das atividades. A apresentação da logística de ação ocorreu a portas fechadas, sendo restringida inclusive a presença da imprensa.
Sucesso em apreensões
A Operação Ágata integra o Plano Estratégico de Fronteiras (PEF) do Governo Federal, criado para prevenir e reprimir a ação de criminosos na divisa do Brasil com dez países sul-americanos. Além da Defesa, a Ágata envolve a participação de 12 ministérios e 20 agências governamentais.
Ao longo da operação, militares da Marinha, do Exército e da Força Aérea Brasileira realizam missões táticas destinadas a coibir delitos como narcotráfico, contrabando e descaminho, tráfico de armas e munições, crimes ambientais, imigração e garimpo ilegais. As ações abrangem desde a vigilância do espaço aéreo até operações de patrulha e inspeção nos principais rios e estradas que dão acesso ao país.
- Da redação / Foto: Abel da Banca