Bancos e empresas de transporte de valores são alvos de ação da PF em Foz
Agências bancárias, empresas de transporte de valores e casas noturnas de Foz do Iguaçu foram alvos da Operação Segurança Legal VI, deflagrada nessa quinta-feira (1°), pela Policia Federal. A ação ocorreu simultaneamente em outras regiões do Brasil, com mobilização de 460 agentes.
Os estabelecimentos delimitados foram fiscalizados com o objetivo de identificar atividades de segurança privada ilegal e atuação de empresas clandestinas que prestam este tipo de serviço.
Durante a operação, os policiais verificaram se as empresas de segurança estavam regulares e se prestavam seus serviços conforme a legislação determina, além de averiguar os profissionais em relação a sua formação, aos materiais utilizados e a forma de trabalho.
A Operação Segurança Legal ocorre desde 2017, em âmbito nacional. Nas ações anteriores, foram fiscalizadas 1.956 empresas e 663 delas, que atuavam de forma clandestina, tiveram suas atividades encerradas pela Polícia Federal.
A contratação de serviços clandestinos de segurança privada coloca em risco a integridade física de pessoas e o patrimônio dos contratantes, já que os “seguranças ilegais” não se submetem ao controle da Polícia Federal quanto aos seus antecedentes criminais, formação, aptidão física e psicológica.
Além disso, as empresas clandestinas não observam os requisitos mínimos de funcionamento previstos na legislação. No Brasil, somente empresas de segurança privada autorizadas pela PF podem prestar serviços e contratar vigilantes.
As atividades de fiscalização continuarão a ser realizadas em toda a região da tríplice fronteira regularmente e denúncias sobre irregularidades nas atividades de segurança privada podem ser feitas à Polícia Federal através do disque-denúncia 45-99116-8691, via ligação ou whatsapp, sem a necessidade de identificação e com garantia do anonimato.
Escolas de formação também estão na mira
A PF já havia realizado uma edição da Operação Segurança Legal em Foz, no mês de agosto. Na ocasião foram fiscalizadas as escolas que atuam na formação de vigilantes. Os agentes não informaram quantas escolas foram vistoriadas, mas disse quem em média são abertas 16 turmas de formação, extensão e reciclagem de agentes por mês. Conforme levantamento, só neste ano, mais de 500 alunos já realizaram algum tipo de curso nas escolas de segurança privada da fronteira.
Durante a operação os policiais verificaram a regularidade dos cursos, especialmente quanto ao cumprimento da grade curricular e da carga horária; controle de frequência dos alunos, respeito à quantidade máxima de alunos permitida em sala de aula, regularidade dos instrutores, regularidade na aplicação de provas, atenção à quantidade mínima de tiros prevista para cada curso, dentre outras obrigações previstas na legislação.
“São profissionais treinados e que, posteriormente, quando passam a exercer o trabalho de segurança eles têm acesso a armas. Dessa forma, estamos sempre acompanhando para ver se eles passam por treinamento adequado, conforme grade curricular exigida pela Polícia Federal, e se eles estão se atentando a toda legislação que envolve a segurança privada”, destacou a PF.
Em todo o Brasil foram fiscalizadas 256 escolas de vigilantes na oportunidade. A ação contou com a participação de 320 policiais federais e foi coordenada pela Divisão de Controle e Fiscalização de Segurança Privada da PF.
Da redação / Foto: Polícia Federal