Itaipu e Foz do Iguaçu: uma amizade de 51 anos que se renova a cada dia
*Enio Verri
O início da construção da maior hidrelétrica do mundo, em 17 de maio de 1974, foi um marco de inovação e desenvolvimento na história da até então pacata Foz do Iguaçu. Com cerca de 4 mil habitantes em 1950, a cidade teve que se multiplicar para acomodar os mais de 40 mil trabalhadores que chegaram de toda parte para construir o sonho de concreto que levaria luz ao Brasil e ao Paraguai. E que, 41 anos depois do primeiro giro de turbina, continua gerando energia limpa e sustentável, de forma segura e ininterrupta.
Uma obra de tamanha magnitude não poderia vir sozinha. Com ela, vieram avanços que beneficiam a população local até hoje: escolas, hospitais, melhorias na infraestrutura, urbanismo, desenvolvimento de comércios e serviços, construção de prédios públicos e obras privadas. Com a chegada de Itaipu, Foz do Iguaçu virou terra de oportunidades. Toda a população foi, de alguma forma, beneficiada – tanto os já residentes na cidade, como aqueles que chegaram depois.
De lá para cá, Itaipu se consolidou como agente de mudança local e regional. E Foz do Iguaçu continuou crescendo, abençoada pela força da natureza, com uma rica biodiversidade e belezas naturais incomparáveis, e pela força do homem, que a escolheu para sediar uma obra como a Itaipu.
O mundo quer conhecer esse lugar. No ano passado, Foz foi o quinto destino turístico mais procurado da América do Sul na plataforma de turismo TripAdvisor. De acordo com o site Booking.com, é uma das dez cidades do mundo que oferecem estadia mais sustentável – a única representante sul-americana na lista.
E nós queremos mais. Os investimentos da Itaipu Binacional em Foz do Iguaçu, somente dentro do programa Itaipu Mais que Energia, já superaram a marca de R$ 2 bilhões. São recursos destinados a obras, projetos de responsabilidade social, moradia popular, turismo, meio ambiente e saúde.
Os iguaçuenses podem vivenciar em seu dia a dia a marca da Itaipu: na revitalização da Avenida Juscelino Kubitschek, no atendimento no Hospital Municipal e no Hospital Itamed, no Mercado Público Barrageiro, nas muitas atividades de contraturno oferecidas às crianças pelas instituições apoiadas pela usina, no aprimoramento dos cursos de graduação de diversas instituições. Sem falar, é claro, na geração de renda. Hoje, somente do lado brasileiro, Itaipu gera mais de três mil empregos diretos.
Além de tudo, Itaipu é, há 51 anos, um exemplo de cooperação internacional bem-sucedida, um feito inédito na história das relações internacionais. Um símbolo de uma cidade como Foz do Iguaçu, em que tantos povos convivem em harmonia. Em um mundo tão polarizado, Foz do Iguaçu e Itaipu são provas de que a integração é possível. Mesmo dois países tão distintos como Brasil e Paraguai podem dirigir juntos uma empresa da tamanha importância, permitindo, com isso, que ambos se desenvolvam por meio da produção da energia, com responsabilidade social.
Nesse aniversário, nosso desejo é continuar garantindo a segurança energética dos dois países, produzindo energia limpa, de qualidade e barata. Uma energia essencial, que pode ser a diferença entre um dia normal e o caos de um apagão, como os que vimos recentemente na Europa; e que, ainda assim, é a terceira mais barata do Brasil. Na atual gestão, a tarifa caiu 26%, alcançando o menor patamar em duas décadas. E isso, sem abrir mão do nosso compromisso com o meio ambiente e a população brasileira.
Há 51 anos, Itaipu é marca de sustentabilidade, inovação e integração. E esse compromisso com o planeta, com as próximas gerações e com a comunidade segue inegociável.
*Enio Verri, diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional