Coluna do Corvo

A Fusão ou fundição?

A recente formação da federação partidária União Progressista, resultado da união entre o União Brasil e o Progressistas (PP), representa, sim, uma nova reconfiguração no cenário político nacional. A aliança conta 109 deputados federais e 14 senadores, é uma força que pode contrabalançar nas casas legislativas. No Paraná, a federação contará com 14 deputados estaduais, incluindo o nosso Matheus Vermelho, e, 10 dos deputados federais, entre eles seu pai, Vermelho. Um bloco assim poderá fazer a diferença.

E quem são?

Na ALEP, e no PP, temos: Maria Victoria, Cristina Silvestri, Mabel Canto, Marcio Pacheco, Matheus Vermelho, Paulo Gomes, Soldado Adriano José, e no UB, Flávia Francischini, Mauro Morais, Luiz Fernando Guerra, Nelson Justus, Ney Leprevost, Thiago Bührer, e Delegado Tito Barichello. Na Câmara Federal a bancada do PP é formada por Dilceu Sperafico, Pedro Lupion, Ricardo Barros, Tião Medeiros, Toninho Wandscheer e Vermelho. O UB mantém o Delegado Matheus Laiola, Felipe Francischini, Geraldo Mendes, Newton Bonin e Padovani.

 

Impactos locais

Em Foz do Iguaçu, a influência dessa nova federação é particularmente relevante. A cidade possui uma dupla representação com os “Red’s, o deputado federal Vermelho, que recentemente migrou do PL para o PP, e estadual Matheus Vermelho, que foi eleito pelo PP; eles alinham um alto potencial de acesso aos recursos e projetos federais. Matheus Vermelho, em seus primeiros meses de mandato já destinou uma boa verba para a cidade. Com a consolidação da “União Progressista”, espera-se que essa capacidade de articulação e obtenção de recursos seja bastante ampliada. A mesma articulação será espelhada pelo Vermelho, com uma lista de repasses importantes. Não vamos esquecer do volume de atendimento do senador Sérgio Moro, bastante em evidência no período eleitoral municipal do ano passado.

 

Desafios e Considerações

Apesar das potenciais vantagens, a formação da União Progressista não está isenta de desafios. A federação nasce em meio a disputas internas por lideranças regionais, especialmente no Paraná, onde figuras como Ricardo Barros (PP) e Sergio Moro (União Brasil) disputam o comando da legenda. Essas tensões podem impactar a coesão e a eficácia da federação, refletindo-se nas articulações políticas locais.

 

Tudo junto e misturado

Além disso, a obrigatoriedade de atuação conjunta por, no mínimo, quatro anos imposta pela legislação eleitoral às federações partidárias exige uma harmonização de agendas e interesses que nem sempre é fácil de alcançar. A gestão compartilhada da presidência da federação entre Antônio Rueda (União Brasil) e Ciro Nogueira (PP) até dezembro de 2025 é uma tentativa de equilibrar essas forças, mas o sucesso dessa estratégia dependerá da capacidade de diálogo e concessão entre as lideranças. Devem ter conversado muito antes de firmarem a fusão.

 

Eleições

Embora os narizes torcidos, a criação da “União Progressista” é uma oportunidade para Foz do Iguaçu ampliar sua influência política, ao contrário do que andaram dizendo, especialmente se houver uma presença ativa de representantes locais nessa federação. O sucesso da empreitada dependerá da habilidade das lideranças em superar disputas internas, o alinhamento das agendas em prol do desenvolvimento regional. A população iguaçuense deve permanecer atenta e participativa, cobrando transparência e resultados concretos que justifiquem essa nova configuração política.

 

E no Paraná

A formação da federação partidária União Progressista no Paraná, abarca 91 prefeitos, 95 vice-prefeitos e 943 vereadores, trata-se de uma representação interessante olhando para 2026, especialmente ao que farão o senador Sergio Moro (União Brasil) e o deputado federal Ricardo Barros (PP). Eles estão diretamente envolvidos na federação e isso pode intensificar disputas internas por lideranças regionais. A tensão pode impactar no processo de coesão e deixar mais transparente questões como apoio às ideias de Ratinho Júnior que espera construir um sucessor. Moro tem sido o maior pedregulho no caminho, no entanto, Barros ainda se diz um aliado.

 

Na política local

Analisando bem a situação, tudo nos leva a crer que o governo do General Silva e Luna sofre com a herança. Mas será que o Chico Brasileiro deixou tantos problemas assim? Se isso é verdade, dificilmente saberemos, porque o ex-prefeito ainda é amparado pelo governo do Estado, que por sua vez exerce uma espécie de patronato em Foz. Essa mecânica de dependências, ao que tudo indica, deve durar um bom tempo. Há eleições ano que vem e Ratinho Júnior deve reforçar ações para tentar eleger sucessor, como ficará o PL ao que virá, ainda é um mistério. Fernando Giacobo deve dormir com palitinho nos olhos.

 

Ai, as obras

Esta coluna recebe todos os dias uma porção de mensagens e perguntas sobre as obras. Mesmo que eles não gostem, a solução é passar o contato de alguns secretários, assim as dúvidas serão sanadas por completo, caso respondam. Sem explicar a razão, um número relevante de leitores quer saber a razão do novo prolongamento da Avenida João Paulo II começar duplicado e acabar em pista única? Decerto faltou grana para fazer o concreto ou na desapropriação de imóveis.

 

O mistério…

Essa ligação entre da Avenida João Paulo II está dando o que falar. O trecho entre a Av. Felipe Wandscheer e Jorge Sanwais é realmente muito confuso e seria uma solução para aliviar o trânsito aos que querem chegar na estação rodoviária da cidade, ou na Avenida Costa e Silva, o principal acesso à BR 277. A obra parece não ter fim. É olhar no Google Maps, atualizado e ver a bagunça de ruas e avenidas que terminam em paredões de residências. Não deve ser tarefa fácil para os carteiros.

 

Deoclécio avança

A pergunta da vez é se o empresário Deoclécio Duarte assinará a ficha no PL e há grande interesse em saber quando isso acontecerá. Ao que se sabe as conversas são frequentes e, tão logo isso for sacramentado há tudo para fazerem uma grande festa, com direito a barulho ensurdecedor. Este colunista terá que colocar algodão nas orelhas dos bichos. Mas o empresário é mais discreto e quem o conhece sabe.

 

Movimentação

Impressionante a capacidade de mobilização do Deoclécio em eventos que ocorrem pela cidade, especialmente nos finais de semana; nos últimos dias cumpriu uma agenda muitíssimo organizada, foi de visitas à casa de amigos (de amigos que foram à sua casa) aos eventos em associações de bairro, festas populares e claro, não dispensaria um churrasco de igreja se houvesse, afinal de contas ninguém despreza oportunidades assim.

  • Por Rogério Bonato

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