Coluna do Corvo
Vermelho no PP
Alguém possui alguma dúvida, que o fato do deputado federal Vermelho sair do PL e entrar no PP não é algo de extrema relevância no ambiente político iguaçuense? É. O que parece uma simples mudança pode pavimentar o futuro político da cidade, porque alteram-se as configurações de relacionamento. E no mais, a habilidade de Vermelho é inquestionável.
Fora do bloco
O PL nacional engessou os filiados e os parlamentares e muitos ficaram na saia justa ao defenderem Bolsonaro e pior, ao atacarem o governo federal. Tem muita gente sentindo as dores de algumas decisões. Uma coisa é a convicção individual, outra é a turba, o bloco, o grupo, que de um jeito ou de outro condenará quem sentiu desconforto em algumas decisões. Por essas e outras muitos estão pensando em deixar o PL.
Não foi isso
O deputado federal Vermelho não pensa apenas com essa cabeça, a do bloco, é dono de muitas convicções próprias e conhece bem o terreno por onde pisa. Apenas analisou o horizonte e entendeu que o terreno no PP é mais firme ao que virá e, por isso, é apoiado por uma massa significativa dos seus eleitores em Foz.
Como é isso?
Os Vermelhos pai e filho, possuem uma estrada muito mais larga no PP, com um trânsito bem mais avantajado, é assim que a maioria dos políticos brasileiros analisam o potencial de centro-direita. A cabeça pode pensar de um jeito, mas o corpo se moverá de outro. Político esperto é igual minhoca, não atravessa o galinheiro. Vermelho acertou em cheio. Deveria ter se mudado para o PP faz é bastante tempo.
O mundo e as fissuras
No PP, o Vermelho pai poderá, por exemplo, conversar mais com o governo municipal de Foz e até mesmo com Itaipu, porque o partido possui essa envergadura interessante para todos. No PL isso se tornou algo limitado, sobretudo depois das eleições municipais, com a queda de braço com o confrade Giacobo e o apoio ao Paulo Mac Donald Ghisi. Isso faz parte do passado? Não faz. É sim parte do futuro. Embora agradeça o PL, no fundo ele deve se sentir igual pato na lagoa, livre, leve e solto, espalhando água para todos os lados.
Despedida
O texto acima reflete a “carta despedida” que o deputado postou nas redes e enviou para os veículos de comunicação. Aos amigos do Partido Liberal ele disse: “dirijo-me a vocês com o respeito e a consideração que sempre pautaram minha atuação dentro do Partido Liberal, legenda à qual me filiei com entusiasmo e onde, ao lado de tantos valorosos colegas, participei de importantes conquistas em defesa dos ideais que compartilhamos”.
O prumo da decisão
“Essa decisão não decorre de qualquer divergência ideológica. Ao contrário, sigo firme nos mesmos princípios que sempre defendi com convicção: a liberdade individual, a responsabilidade fiscal, os valores cristãos, o respeito às instituições e a defesa intransigente do Brasil”, escreveu ao justificar que a mudança se deu após a carta de anuência da direção nacional do partido, um documento que garante a legalidade da desfiliação sem risco de perda do mandato parlamentar. Conseguiu uma “alforria! Graças a habilidade. E promete atuar no Congresso Nacional “no campo da centro-direita, com firmeza, coerência e dedicação ao povo paranaense”.
Longa lista
Analisando o desempenho do deputado, desde a posse em Brasília, é mais do que certo escrever que a sua lista de ações em prol de Foz, não pode e nem deve ser comparada com a atividade parlamentar dos colegas. É disparado muito maior, em quantidade e peso; isso se justifica nos votos em duas eleições. Deputados federais precisam atender várias cidades e até outras regiões para se sustentarem nos mandatos; o Vermelho tem feito a lição de casa como nunca antes um representante atuou. Por essas e outras, em casa nova, ele deverá trabalhar até mais.
Quem quer ser Papa?
Pensando bem, ser um papa é sonho de muitos políticos, porque permanecerá no cargo até morrer. Isso já não é possível para a maioria dos humanos, mesmo conservando o espírito democrático. Nem reis, imperadores, muito menos os ditadores possuem a mesma estabilidade, o dos que precisam encarar eleições a cada quatro anos?
Ai que dó
Testemunhei o desapego de vários amigos ao deixarem os “tronos”, sabendo que amanheceriam o dia 1º de janeiro tentando encontrar um novo rumo. Dizem que o Paulo Mac se esqueceu e ligou para o motorista ir busca-lo. Se esqueceu que era o Reni Pereira havia ocupado o Gabinete. Não deve ter sido diferente para o Chico Brasileiro, nem para o Rafael Greca em Curitiba. Se o papado fosse uma eleição, certamente o Mac e o Greca estariam dispostos a encarar a empreitada!
Que sufoco hein?
Pensa, um desses caras assumirem o Vaticano sem um centímetro quadrado de pavimentação para realizar? Sem espaço para creches, novas escolas; impossível de instalar lombadas, licitar serviços de transporte, merenda escolar, aprovar loteamentos… que barbaridade!
Revitalização
Segundo este colunista pesquisou, a maior atividade no Vaticano, além de rezar e contar dinheiro, é restaurar edifícios, móveis antigos e obras de arte. O resto é Turismo religioso e afins. Que beleza! Uma boa quinta-feira a todos!
- Por Rogério Bonato