Coluna do Corvo
Praia em Foz?
Prezado colunista, li notas que publicaste sobre uma simulação do nível dos oceanos, caso todo o gelo das calotas polares derretesse. Veja, isso não foi realizado por qualquer um, o assunto leva a assinatura da Geographic Universal, uma organização de respeito. Mas há também o FloopMap, um site onde você digita a quantidade de metros e ele oferece uma ilustração. O desenho enviado é com o suposto acréscimo de 250 metros a mais, no nível dos oceanos. Pensa, se isso acontecer de verdade, teremos sim praia no Porto Meira!
Pearl Meira Beach
Aí sim o cenário estaria completo! Muita gente vive dizendo que só faltava um mar em Foz do Iguaçu, para completar a lista de atrativos! Realmente o assunto está dando o que falar, mas a felicidade dura pouco. A ciência explica que se toda a água do planeta fosse parar nos oceanos, até mesmo as que estão submersas, o nível não superaria entre 60 a 70 metros. É o que diz a Nasa, logo, não seríamos banhados por água salgada em Foz do Iguaçu.
E se fosse?
Simular o nível dos oceanos até não foi uma tarefa difícil. Agora, simular como será Foz, caso o mar avence até a cidade, aí isso já exige umas doses de humor e conhaque Dreyer. Para começo de conversa o Blue Park faliria! O povo iria farofar na beira do Iguaçu e Paranazão. Balneário Camboriú, submerso, incorporaria arranha céus na fronteira. Itaipu teria que trabalhar para inverter a entrada de água nas turbinas, uma vez que o mar desaguaria no lago. O General Silva e Luna enviaria para a Câmara um projeto alterando o nome da Avenida Beira Rio, para Beira Mar, o que desagradaria os colorados iguaçuenses. O Bar do Juca abriria uma filial na praia. Os turistas iriam ao Marco das Fronteiras fotografar as baleias! O Porto Meira não seria tão mudado, porque como está hoje, só se vê boias do lado de fora do comércio. Os muambeiros acrescentariam as roupas de banho na bagagem e o visual seria como a Praia Grande, em São Paulo, nos anos 70, apinhada de banhista admirados em ver o mar pela primeira vez, enterrando melancias na areia da praia. A prefeitura fará mutirão para recolher restos de marmita e o povo espetaria os pés em osso de frango. Mulheres entrariam nos supermercados exibindo a bunda, usando “fio dental”; no caso de Foz, estaria mais para “cordão cheiroso”. Pensa os ambulantes vendendo pollo, chipa e sopa paraguaia na costaneira? Seria uma baita esculhambação. Uma barbaridade! Como hoje é sábado, também não custa nada imaginar!
Aeroportos lotados
Enfim, com o enchimento dos oceanos, Foz do Iguaçu faria concorrência ombro a ombro com as praias nordestinas, aumentando em três vezes os voos diários! Aliás, este colunista recebeu uma informação de cocheira e foi conferir para saber se era verdade! Segundo o portal Aeroin, a “CCR deve vender sua participação em 17 aeroportos brasileiros”. Mas nem faz tanto tempo que privatizaram esses locais e o que estaria acontecendo? É uma informação, no mínimo, de se estranhar.
Pior, é verdade
Segundo o portal, “as concessões de dezenas de aeroportos brasileiros podem mudar em breve, com a possível saída da CCR da administração de 17 aeroportos no país”. A empresa analisa a possibilidade de desfazer os ativos aeroportuários, e para isso espera “passar o ponto”. Hoje a gigante do setor administra Bacacheri, Curitiba (PR), Bagé (RS), Foz do Iguaçu (PR), Goiânia (GO), Imperatriz (MA), Joinville (SC), Londrina (PR), Navegantes (SC), Palmas (TO), Pampulha, Belo Horizonte (MG), Pelotas (RS), Petrolina (PE), São Luís (MA), Teresina (PI) e Uruguaiana (RS). No exterior, a CCR está em Curaçao (na ilha holandesa do Caribe), San José (Costa Rica) e Quito (Equador). Os 20 aeroportos sob a gestão, movimentam cerca de 43 milhões de passageiros por ano.
O que dizem?
“De acordo com a Bloomberg, a CCR está passando por uma reestruturação interna e pretende simplificar seu portfólio, deixando o setor aeroportuário para focar mais em mobilidade urbana, incluindo rodovias e trens urbanos/metrôs. Para viabilizar a venda dos ativos, bancos e financeiras como BTG Pactual, Goldman Sachs, Itaú Unibanco e Lazard já estariam envolvidos na negociação. A expectativa é de que a venda seja feita de forma integral e que ao menos seis empresas estejam interessadas no negócio”.
E como é que fica isso?
A ANAC e o governo ainda não se manifestaram sobre a possível venda das participações da CCR nos aeroportos, sem a realização de um novo leilão. E não vã fazer nada? Ou ficarão quietinhos, mediante o pagamento da outorga? Há também as obrigações contratuais, a expansão e manutenção dos aeroportos. Francamente isso se parece bastante com as transações de mutuários das casinhas próprias; o povo implora por um teto e depois de receber a habitação, vende para o primeiro que aparece. A diferença é que a CCR não vai voltar a morar na beira do riacho. Fazem um barulho danado para as concessões e depois se mudam, sem dar muita satisfação. Bom, o mundo dos meganegócios é assim mesmo.
Mudanças de nomes
O caso da mudança de nomes de estruturas na área de Saúde está dando o que falar. A novidade é que há vereador pensando em pedir a formação de uma comissão para analisar todos os nomes de ruas e edifícios públicos em Foz do Iguaçu. Isso anda causando arrepio em muita gente. “Só faltava essa, mudarem os nomes das ruas, essa gente precisa achar o que fazer. Trabalhei cerca de 25 anos nos Correios e toda a vez que mudavam o nome de uma rua era aquela dor de cabeça. Sabia que tem rua que já mudou três vezes de nome em Foz? E os vereadores que resolvem batizar praças e edifícios com os nomes do parentes, gente que nunca fez nada pela cidade?”, desabafou a servidora L.B.C, que pediu que o nome, obviamente, não fosse publicado.
O caso das UBS’s
Disseram a este colunista que o General Silva e Luna pediu informação sobre a questão dos nomes nos postos de Saúde na área Sul, com a intenção de “não cometer injustiça com os homenageados” e pessoas que algum dia foram importantes para as comunidades, como é o caso do padre Ítalo. Um leitor (Luiz D. Ruiz) enviou uma mensagem: “prezado colunista, batizar o Poliambulatório com o nome de Padre Ítalo Paternoster não causa demérito algum. Pelo contrário, ele foi importantíssimo para a existência do hospital e nada mais juste em homenageá-lo lá”. Outras pessoas enviaram mensagens assim e alguém revelou que a mudança da denominação surgiu de funcionários antigos da instituição. Mas o caso não é somente esse, e sim, o leva e traz de informações sobre os nomes das estruturas, o que dá um nó na cabeça dos usuários.
Dona Cândida Anzoategui Peters
O fato é que a mudança de nome do posto de saúde tocou muita gente e causou tristeza, levando em consideração a dedicação do padre Ítalo em construí-lo. Mas essa ciranda da troca de nomes, acabou cometendo outra injustiça, ao mudarem a nominação do Posto de Saúde do Ouro verde, que se chamava “Cândida Anzoategui Peters”, muito lembrada em toda a cidade. Faltou sensibilidade com a questão, uma vez que a homenageada trabalhou como parteira em Foz, por mais de 50 anos, de 1903 a 1955. Ela também foi voluntária por mais de 20 anos na Santa Casa Monsenhor Guilherme. Vale imaginar, que muitos pioneiros nasceram pelas mãos dela. A mudança do nome ocorreu quando o posto do Ouro Verde foi parar ao lado do CAIC do Porto Meira. A memória não pode ser assim tão frágil e desprezível com as pessoas que formaram o alicerce da nossa sociedade.
Diretoria de Cultura?
“Prezado colunista, sei que foi você quem inventou esse assunto de colocar um diretor de Cultura na Fundação Cultural. Lembro bem o dia em que foi defender isso na Câmara e disse: “uma fundação sem um Diretor de Cultura é avião sem piloto”. Me desculpe, mas o senhor não era o presidente? Neste caso era o piloto. Comissário de bordo que não era. Logo, essa encrenca toda que está acontecendo, a culpa é tua, que inventou o cargo. Se eu fosse o General Silva e Luna e o atual diretor-presidente da Fundação Cultural, Dalmont Benites, reuniria o Conselho de Cultura, chamaria os procuradores do Município e partiria para a extinção dessas diretorias que não servem para nada. No seu tempo havia os cargos de Diretor Presidente e o Secretário Geral, um cargo que era preenchido com muita competência pelo Adilson Pasini. Olha quantas coisas fizeram sem uma penca de diretores enchendo o saco e criando confusões? Tudo o que há até hoje, foi realizado com aquela estrutura: a Feirinha da JK, Feira do Livro, Carnaval, dentre outras”. Maria A. F.C. Braga
Questões de futuro
Prezada professora, deixa eu defender o assunto. A criação da diretoria de cultura aconteceu bem depois da minha gestão (Rogério Bonato). O cargo, aliás, já existia e foi extinto em gestões anteriores. A função foi retomada, atendendo ao pedido do setor Cultural e assim, o Juca Rodrigues passou a deliberar na pasta. Os tempos mudam e claro, a prefeitura deve estar de olho na situação. Pode ser, não nomeiem outro ocupante para a diretoria, ou abram o espaço para os servidores concursados, o que é muito justo. Ao que se sabe, o Dalmont aguarda um parecer técnico para deliberar com segurança.
Sem a Fundação
Há um outro burburinho correndo solto nos bastidores. Eles dizem que o General Silva e Luna e técnicos do governo já não eram muito favoráveis em manter a Fundação Cultural e que o projeto seria fazer da pasta, uma diretoria da Secretaria de Turismo. Uns acreditavam, que deveria ser na Educação. O fato é que a discussão ocupou dias antes da posse e apelaram pela manutenção, ou existência da Fundação, para gerir a construção do futuro Teatro Municipal, aos moldes da Fundação e Teatro Guaíra. Teria sido uma ideia inclusive, mede governo do Estado. Vai lá saber, se depois da confusão que se formou, com a exoneração do Monank, não resolvam retomar os antigos planos?
Administração direta ou indireta?
O modelo de Fundação Cultural é o de administração indireta. Há quem sustente, que a administração direta, ou seja, no formato de secretaria, seria mais fácil captar recursos e realizar convênios com o Estado e governo Federal. Mas há dissonância nesse princípio e pode ser, a Cultura acabe em nenhuma das duas figuras.
Seo Guaranho
Nas voltas que a Justiça dá, Jorge Guaranho, bolsonarista e o assassino do tesoureiro do PT, Marcelo Arruda, deve ficar no regime fechado até o cumprimento total da pena, que é 20 anos. Ele deve ser transferido para o Complexo Médico Penal, que é bem mais confortável que uma penitenciária. Lá plantará cenouras, caminhará na sombra, jogará dama, xadrez e trilha, assistira Tv, e, receberá visitas. Poderá acessar a biblioteca, estudar, e quem sabe até escrever um livro permeando temas como a banalização do crime.