Pesquisas apontam empate técnico nas eleições do dia 30 no Paraguai

Faltando dois dias para as eleições gerais de 30 de abril, pesquisa de opinião apontam um empate técnico na corrida pela presidência do Paraguai. O candidato da oposição, Efraín Alegre, da coligação Concertación Nacional, aparece com uma pequena vantagem sobre o situacionista Efraín Alegre (Partido Colorado) – 38% a 36%, respectivamente, segundo o levantamento da AtlasIntel, o mais recente sobre a corrida para a sucessão do presidente Mario Abdo Benítez. Pelo menos 3,5% ainda não sabe em quem votar.

Mais de 4,8 milhões de paraguaios cadastrados no Registro Cívico Permanente (RCP) estão aptos para votar no domingo. O processo, que vem mobilizando candidatos e população nos últimos meses, se intensificou desde terça-feira (18), quando começou a propaganda eleitoral nas emissoras de rádio, canais de TV e veículos impressos. O prazo, definido pelo Tribunal Superior de Justiça Eleitoral (TSJE), terminou ontem (27).

De acordo com a pesquisa AtlasIntel, em um cenário hipotético reduzido, Alegre aparece com pequena vantagem, de 43% contra 39% de Peña. Quanto à inclinação para o voto, destacam-se aqueles que disseram que nunca votariam em Alegre (47%) e os que disseram que nunca votariam em Peña (46%). O levantamento ouviu 1.948 eleitores de 1º a 4 de abril e tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou menos e nível de confiança de 95%.

A maioria dos paraguaios (54,7%) afirmaram aos pesquisadores que preferem que o próximo presidente do país seja alguém da oposição ou do partido Concertación. Enquanto isso, 35,8% prefere que o Partido Colorado continue no poder. Não souberam responder 9,5%. Além disso, 85% dos respondentes expressou que sua intenção de voto é definitiva e que ela não mudará. Já 15,4% disse que poderia mudar de candidato.

Na pesquisa aparecem ainda os candidatos Payo Cubas com 14,5%, Euclides Acevedo com 2,8% e José Luis Chilavert com 2,1% das intenções de voto. Em meados de março, faltando um mês para a eleição, o candidato do Partido Colorado aparecida na frente em um levantamento da FaSac Consultores SRL publicada pelo La Nacion. Santiago Peña tinha a preferência de 42,8% dos eleitores, contra 32,1% de Efraín Alegre.

 

Pleito

Nas urnas, paraguaios de 17 departamentos (estados) irão votar para presidente, vice-presidente, governadores, senadores e deputados nacionais e deputados regionais, similares aos parlamentares federal e estadual no Brasil, respectivamente. Os mandatos são de cinco anos. As eleições no país vizinho são importantes para o Brasil, tendo em vista as negociações pela revisão do Anexo C do Tratado de Itaipu, que define as bases financeiras para o funcionamento da usina.

O próximo presidente também terá papel fundamental na definição das relações comerciais e sociais entre os dois países e o grande contingente de brasileiros residentes no Paraguai. Para o pleito, de acordo com o RCP, estão aptos a votar 4.873.706 cidadãos maiores de idade, naturais ou naturalizados. Desse total, 41.520 são eleitores residentes no exterior (mais de 90% na Argentina), que poderão votar em urnas nas embaixadas e consulados do Paraguai.

Assim como no Brasil, o voto é obrigatório no Paraguai, embora o índice de abstenção registrado historicamente é alto, devido à falta de punições ou de aplicação de multas aos eleitores faltosos. Para mudar este cenário, o TSJE anunciou que este ano multará, em G$ 98 mil (aproximadamente R$ 68), os cidadãos que não justificarem a ausência nas urnas.

  • Da Redação

 

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