No Bico do Corvo
Roubo de cabos
Nem se precisa deixar o volume da TV alto para saber que todas as vezes que o diretor de iluminação pública da prefeitura aparece em entrevista é porque furtaram cabos de luz pela cidade. Que barbaridade. O problema tem se agravado nos últimos dias.
Choque
Não dá para esperar que esse tipo de coisa aconteça, Deus nos livre, mas no dia que algum desses meliantes do patrimônio público for achado torrado, depois de tentar surrupiar a fiação elétrica, isso nem vai causar comoção. Agora vamos pensar: roubam os fios, pessoas ficam sem luz, semáforos deixam de funcionar, ruas ficam escuras e aumenta a insegurança, geladeiras descongelam o pouco que as pessoas podem comprar, serviços são prejudicados e nada acontece com os receptadores?
Os receptadores
Há vários comércios e bem ativos, negociando o fruto da ladroagem, a começar pelos cabos elétricos, fios de alta tensão, de fibras ótica e tudo o mais. Roubam disjuntores, luminárias, câmeras, registros de água, uma barbaridade! A Polícia que encontre esses redutos, esses ninhos de receptação, que isso já será um bom exemplo de resposta.
Enquetes por aí
Algumas enquetes sobre a disputa à prefeitura estão rolando na cidade, mas os resultados não estão agradando muita gente. Nas inciativas onde todo mundo poderia votar, quantas vezes quisesse, alguns pré-candidatos apareciam na frente porque colocaram a tropa de choque para votar e esculhambar a tomada de opinião. Mas bastou uma dessas enquetes limitar em um voto, por computador, que o resultado se inverteu e ficou mais realista. O que será, uma pessoa sem voto e o reconhecimento público ganha com isso? Bagunçar a enquete achando que isso vai mexer com a opinião pública? Ledo engano.
Todo mundo é petista
Depois da vitória de Lula e do anúncio do Ênio Verri para assumir Itaipu, muitos já debandaram para a esquerda. Na verdade, esse movimento já era esperado, até porque as pessoas são pragmáticas e defendem seus interesses. O caso mais emblemático é de um empresário que estava acampado em frente ao quartel e ontem foi visto numa roda de apoiadores do Lula. Novos amigos? Que situação hein? Se complica com a “direita” e será repelido pela “esquerda”. No mínimo deveria fazer um “estagiozinho” no “centro” e aguardar um tempo até tentar dar o pulo.
Inglês e Espanhol nas escolas
A Câmara de Vereadores vai votar dois projetos que ampliam o ensino de idiomas na Rede Municipal de Foz. Professores, estudantes e entusiastas da educação prometem lotar o Plenário nesta quinta-feira. Está mais que na hora de Foz ser uma cidade internacional de verdade. Ensinar idiomas é muito importante, conecta os cidadãos com o mundo.
Previdência
Aconteceu uma reunião na Câmara para debater a polêmica reforma da previdência municipal. Tudo leva a crer que o assunto caminha para um acordo. A prefeitura cedeu um pouco e o Sindicato também foi recíproco, mas segundo consta, e, com várias testemunhas, isso aconteceu graças a mediação dos vereadores. Ponto para Câmara ao intermediar as “negociações”. É esse o papel do Legislativo e está fazendo bem feito.
Agora…
… a dúvida é saber se o governo conseguiu formar maioria para avançar com a proposta. Pelas contas desse colunista, a aprovação ainda parece ser incerta porque alguns vereadores ainda estão em dúvida quanto ao voto. Pelo visto, a decisão sairá na última hora. Taí outra necessidade de o prefeito mexer na articulação. Contaram para o Corvo que ele anda esfregando a lâmpada, para ver se sai um gênio que dê conta do assunto. Pena que a política não é assim igual a um “conto das mil e uma noites”.
A Canja! Viva!
Se há um evento que agrega a unanimidade da população é a Canja do Galo Inácio, criada no ano 2000. É sucesso total, mas se alguém pensa que não surgiram dificuldades pelo caminho, se engana. Nada foi fácil, mas o importante é o sentido de aceitação por parte da comunidade. Vale lembrar, que muita gente vê o evento com o lado espiritual, pois o padre Germano Lauck foi um dos fundadores, logo a Canja é abençoada. Independentemente de onde estiver localizada a barraca, o povo vai.
A Canja nos tempos do Reni
É chato ficar fustigando o passado e trazendo de volta para a coluna as péssimas lembranças. Mas há algo que infelizmente sempre atucana a cabeça de algumas pessoas em épocas de Carnaval. Onde é que foi parar o equipamento para realizar a Canja do Galo Inácio? É a pergunta de todos os anos. É triste, mas ela precisa ser feita. A Canja surgiu quando Sâmis da Silva era o prefeito e foi bem até o Reni assumir a prefeitura.
Grifo do Corvo
O leitor precisa saber que este texto é a opinião do Corvo e não envolve, em hipótese alguma, as pessoas que organizam o evento, sempre às duras penas. Mas vamos explicar: os fundadores da Canja do Galo Inácio adquiriram do próprio bolso, ou com a ajuda de empresários e doadores, as panelas, fogões, utensílios diversos de cozinha (conchas, espumadeiras, facas, tábuas de cortar carne, dente outros) mais mangueiras de água, botijões de gás e tudo o mais para montar uma cozinha capaz de servir mais de 20 mil porções de canja. Isso foi repassado ao Provopar no ano de 2006.
Zeladoria
A Canja do Galo Inácio passou a ser um evento de grande interesse público, logo, se tornou um compromisso de órgãos públicos ajudar e cuidar dos respectivos materiais. Durante anos, isso foi zelado, bem acondicionado e sempre estava disponível para o evento. Com a chegada do governo Reni Pereira, os equipamentos foram tratados como espólio e passaram a ser utilizados em outros eventos. Uma desorganização, falta de respeito e por fim uma grande injustiça, que chegou ao ponto de ensaiarem a “extinção da Canja”, porque segundo relataram, os “organizadores enchiam muito o saco” e por isso, iriam substituir o evento por um “caldo de feijão”. Como a sociedade se revoltou acabaram recuando, mas literalmente sumiram com os equipamentos, que deveriam ficar guardados no Provopar e, que em caso de necessidade, poderiam ser utilizados em outros eventos, desde que respeitadas as curadorias.
Peregrinação
Segundo informam, foi uma dureza juntar tudo de novo e é necessário explicar, que houve colaboração dos órgãos da prefeitura, tanto a Ação Social como Fundação Cultural, mas ao que se entende, há um mistério quando ao pertencimento dos materiais. Desde que o Rotary – Grande Lago assumiu a Canja, sempre é atropelado com o problema. E veio a pandemia, a Canja deixou de ser realizada em dois carnavais e agora surgem novamente as mesmas dificuldades. Graças ao empenho e dedicação do Rotary Grande Lago a Canja do Galo Inácio está sendo realizada e em 2023 atende a Associação Um Chute Para O futuro; fazem como se deve fazer, passam por cima das dificuldades e mandam ver, e a Canja será mais uma vez sucesso, mas o Corvo e uma porção de pessoas querem saber: cadê os equipamentos? É necessário tratar disso para que no ano que vem, os organizadores não sejam atropelados com esse tipo de situação.
A Fundação Cultural
O Carnaval de Foz é realizado e organizado pela Fundação e o órgão não mede esforços para atender os blocos e também a Canja do Galo Inácio. Sobre as panelas e a estrutura, a Fundação se vê no mesmo dilema, uma vez que precisa ajudar a localizar tais bens, para que o evento seja realizado, afinal é um dos pontos fortes do Carnaval. A Fundação fornece barracas, luz, ajuda na divulgação e está tentando viabilizar a rede de água é fundamental para uma cozinha de grande desempenho. Caixas d’água não são suficientes.
O que diz o Bonato
O idealizador do evento diz que o assunto sempre gerou dor de cabeça. “Primeiro isso ficava em casa, depois no almoxarifado do jornal e como o volume foi aumentando, resolvemos repassar para o Provopar fazer a curadoria. A presidente era a Nancy Rafagnin e ela aceitou nos ajudar, recebendo o material, cuidando, inclusive mandando fazer manutenção ao longo dos anos; os fogões sempre estavam impecáveis. Quando o governo mudou é que isso virou a esculhambação. Se conseguiram arrebentar o Provopar o que dizer das panelas da Canja? Chico Brasileiro assumiu e o Juca Rodrigues, na Fundação, sempre se preocupou em ajudar a repor o que era necessário, mas entrou na ciranda dos empréstimos, pedindo a ajuda a outros órgãos. É uma tarefa pesada. E surge o Carnaval e mais uma vez o mesmo martírio, quando em verdade, os voluntários não deveriam enfrentar esses problemas”.
O que diz a Nancy
Para a ex-presidente do Provopar, Nancy Rafagnin, “é um absurdo ver o que aconteceu. Recebemos os materiais por meio de um ofício, atestando inclusive o estado de tudo. Durante minha gestão no órgão cuidamos de tudo como fosse nosso, zelando pelo patrimônio de um evento tão importante. Pensa, junto com o Bonato, havia o Padre Germano cuidando da Canja, uma porção de voluntários, por isso nossa cozinha se somava, por meio de nutricionistas, chefes, auxiliares e agregava inclusive valor aos equipamentos; eu mandava fazer manutenção em tudo, fogões, panelas, tudo estava impecável quando deixei o Provopar, inacreditável ao que se chegou. Isso não é culpa do atual governo, mas é um assunto que incomoda a toda a sociedade”, disse Nancy.
Chuva e frio
Quem diria o inverno pode ser antecipado e bem no meio do Carnaval. Teremos dias de chuva e com isso, a temperatura ameaça dar uma caída. Ufa que o povo fica feliz, só de pensar na possibilidade de não precisar ligar o ar –condicionado!
Atenção, atenção
Segundo analisam os especialistas, o inverno será antecipado, prolongado e com temperaturas mais baixas que anos anteriores. A dica é ir tirando aos poucos os casacos do armário, espantando o cheio de naftalina. O Corvo como é alérgico, precisa colocar máscara quando alguém põe casaco fora de época.