No Bico do Corvo
Viralizou
Uma foto roubou a atenção nos últimos dias. No registro, aparece o presidente Lula atrás de um vidro trincado, como levasse um tiro bem no meio do coração. O conjunto da imagem é enigmático, a começar pela expressão de Lula, mas tudo não passa de uma “múltipla exposição”, técnica usada pela fotógrafa Gabriela Biló em seu exercício de fotojornalismo. Não pegou bem, tanto que ela precisou se explicar.
A autora
A publicação da montagem, com destaque, na capa do principal jornal do país gerou um pouco de tudo nas redes sociais e no fim acabou pesando no currículo da profissional, tanto que ela precisou se explicar: “como eu já previa, o ‘hate’ veio forte com essa foto do Lula: na foto tem quem veja morte, tem quem veja resistência, só um trincado, tem quem veja um sorriso atrás, o Lula arrumando a gravata. Não vou dizer o que vc tem que ver. fotojornalismo não é feito pra agradar. Minhas fotos são o espelho do meu olhar. Essa só é a forma como eu vejo o mundo. Você pode ter o seu olhar, discordar do meu, tudo bem, o mundo é plural. Sendo assim, vou ignorar absurdos como ‘apaga isso’, entre outros hates, especialmente depois do dia 08/01.” Disse Biló, na saia justa.
O caso “Americanas”
Corvo, faz tempo eu não compro nessa loja e faço questão de explicar o motivo. Não é uma crítica e sim a manifestação do meu desapontamento. Pelo visto sou da mesma geração que você, porque me lembro do tal “bauru”, que era o carro chefe da rede, nos tempos que ainda nem existia fast food. Vamos lá: a rede Americanas deixou de ser o endereço das novidades, onde havia um pouco de produtos de todas as partes do mundo, dos aviamentos aos eletrônicos. Você vai na loja e só encontra coisas comuns, como nos supermercados e com o preço mais alto. Foi isso que tirou o brilho da Americanas. Torço para que o susto faça o empreendimento voltar ao que era.
Nathália G. C. Junqueira
O Corvo responde: prezada, é difícil imaginar como uma rede que possui ativos na ordem de 40 bilhões de reais, um furo de 20 bilhões. É muita incompetência ou simplesmente mão grande na administração. É uma pena. Cerca de 20 mil pessoas dependem da empresa que deve completar um século de existência em 2029. Ao contrário do que muitos pensam e isso se deve ao nome, as Lojas Americanas fazem parte de um holding nacional, que nasceu em Niterói. Pode ser, no processo de recuperação econômica, encontrem saída para a crise. Além das lojas físicas, o grupo mantém um potente negócio de vendas online.
População de onças
Corvo, deve estar acontecendo algo errado com a natureza, porque o tempo todo sabemos de onças “novas” habitando as florestas, a começar pelo Parque Nacional. Será que os bichos estão se mudando para lá, porque entendem que estarão protegidos? Pode até ser, porque o que se vê é pessoas tocando fogo no mato.
Jaciara P. G. Rodrigues
O Corvo responde: prezada, embora seja verdade que exista essa lamentável prática de colocarem fogo no mato, o aparecimento de onças deve ser muito comemorado. Não há nada de errado com a Natureza, pelo contrário, as onças estão no topo da cadeia predadora, e, isso quer dizer que procriam porque estão em habitat favorável, em perfeito equilíbrio. É um ótimo sinal de recomposição da Mata Atlântica, pelo menos em nossa região. Todo aparecimento ou registro de “onça nova” é razão para festa e comemoração.
Inversão
Corvo, veja como são as coisas na região de fronteira: do lado brasileiro a Receita, PF e PRF prendem contrabando e produtos que entram pela Paraguai; do outro lado, apreendem produtos brasileiros, especialmente alimentos e até combustível. Quem acreditaria que um dia, os paraguaios iriam comprar gasolina no Brasil? Só falta acontecer com os argentinos, aí o mundo vaio acabar de vez! Comida não deveria ser apreendida, porque o povo lá não encontra os mesmos produtos.
Paula J. C. Cesar
O Corvo responde: se são produtos ingressados ilegalmente, é um dever do Estado apreender. Os paraguaios que habitam a região Leste sempre se socorreram no mercado brasileiro e argentino, especialmente na área de hortifrutigranjeiros. Já, a questão dos combustíveis é ocasional. Segundo este colunista apurou, os produtos perecíveis apreendidos abastecerão escolas e carentes.
Arsenal
O contrabando é um caso corriqueiro de fronteira, mas quando apreendem caminhões cheios de armas e munições, é algo para a sociedade se preocupar. As autoridades brasileiras estão esquentando a cabeça para descobrir como armas norte-americanas, de emprego militar, chegam ao Paraguai e são facilmente comercializadas por brasileiros. Trata-se de armamento pesado, usado em guerra, como dizem, “chumbo grosso”. O último carregamento apreendido no Paraná irá reforçar o paiol da PM, segundo explicou o secretário de Segurança, coronel Hudson.
Reequipagem
O presidente Lula, em recente entrevista, disse que promete equipar as forças armadas com novos arsenais, e que isso já era um pedido antigo dos comandantes. Não é difícil cumprir uma promessa assim, bastaria endurecer na fiscalização de estradas, portos e aeroportos, que rapidamente cada soldado brasileiro receberá um fuzil e pistola de última geração. Pelo visto, nos últimos quatro anos as armas foram parar é na mão da população, ou seja, milicianos, assaltantes, terroristas, em boa parte, disfarçados de “esportistas” ou empresários de “clubes de tiro”. Uma barbaridade!
Ordem para vasculhar
Há quem tenha aproveitado a facilitação para a compra e porte de uma arma. Muitos brasileiros acreditam piamente que assim estarão mais seguros em suas casas. O que muita gente não imagina, é que há facções atentas ao comércio e quem compra uma arma, pode ser subitamente visitando por um bandido. Aí é que mora o perigo: quem compra uma arma achando que vai se defender, pode se encontrar com um destino cruel, porque os marginais vivem na frente de combate, são destemidos e experientes. O correto é deixar as armas nas mãos dos que sabem usar e que servem a segurança pública. Taí algo para o brasileiro cobrar, uma vez que paga tantos impostos.
Fui olhar
Corvo vivo na localidade conhecida como Remanso. De uns tempos para cá, ficou difícil ir até o centro da cidade, por causa do trânsito. Por isso fazemos as compras nos mercadinhos mais próximos. Esses tempos entrei pela Vila Carimã e não consegui sair, por causa da impossibilidade de acessar a BR 469, em razão do trânsito intenso. Só mesmo um “ninja” do volante terá habilidade para enfrentar os perigos de uma pista tumultuada e sem semáforos, com gente fazendo barbaridades em cada acesso. Entrei na tal Rua Tigre e fui até a margem do arroio Carimã. Não se precisa fazer uma ponte lá Corvo, bastaria a prefeitura colocar umas galerias para a água passar e estaria resolvido o problema. Seria uma mão na roda em matéria de acesso.
Ruy L. C. Loures
O Corvo responde: prezado, infelizmente não é tão simples assim, parece que há um problema de “desapropriação” do outro lado do riacho. Se a prefeitura tomar essa providência, ficará fácil ligar a Rua Tigre (Buenos Aires) à Rua Salto de Los Amores que fica no Jardim Cataratas. Vários engenheiros visitaram a localidade e já disseram que nem é necessário construir ponte. As galerias reforçadas dariam conta. Muitos pais enfrentam grandes dificuldades em levar os filhos para a nova creche, que fica do outro lado do arroio. O Corvo já escreveu isso quase uma centena de vezes. Vereadores já visitam a área e nada de providências. Uma hora realizam a obra.
De novo?
Corvo, odeio política aos sábados, dia para espairecer e falar de outras coisas com os amigos, mas é inevitável esbarrar em alguns assuntos. Pelo menos o povo não anda brigando tanto como no ano passado, por causa das divisões ideológicas. Mas veja, mais uma vez o deputado Ademar Traiano será o presidente da Assembleia Legislativa? Será que ele quer quebrar o recorde da rainha Elizabeth? Por essas e outras que algumas pessoas se revoltam, porque parece não haver renovação. Os caras entrar em não saem mais. É igual ao Aníbal Curi, só deixou a cadeira porque morreu.
Lucas R. B. Valdino
O Corvo responde: ser presidente da ALEP é algo que requer muita dedicação e burocracia. Quando as coisas vão bem e a “casa” se mostra organizada, os deputados aprovam e a opção é não mexer. Dentre outras, é por isso que certas pessoas se mantém nos cargos e as eleições da mesa ocorrem com chapa única. Quando a Assembleia é afinada com o governo, então, essa manutenção é bem mais fácil.
Pedágios
Corvo, começa a discussão. Uns querem um valor médio, outros acreditam que não se deve cobrar nada para quem utiliza as estradas. Está difícil encontrarem uma solução no Paraná. Dizem que o valor justo é R$ 5,00 em cada praça. Será que há justiça nisso?
Marcos B. S. Silva
O Corvo responde: bom é quando o governo utiliza bem o dinheiro da arrecadação, mantém e constrói boas estradas e não cobra absolutamente nada, como acontece em muitos países. Abrir concessão de pedágios apenas para taparem os buracos das estradas, sem obras de duplicação e faixas auxiliares, isso é ultrajante. O valor de R$ 5,00 é uma fortuna, especialmente para quem mora em Foz e terá que desembolsar R$ 50,00 para chegar na capital. É muito caro ainda.
A BR 277
Completando o assunto dos pedágios, é inadmissível alguém sair de Foz pelas estradas e encontrar uma faixa auxiliar só perto de Guaraniaçu. Pelo que cobraram nas últimas décadas, a BR 277 deveria ser a melhor estada do mundo, no entanto, está bem longe disso.
Polícia Civil trabalhando
É sempre boa a notícia de bom desempenho dos servidores que nos defendem, como é o caso dos policiais civis que elucidaram mais de 70% dos homicídios em Foz. A média em muitas cidades e até em outros Estados é menor, ou seja, leva bem mais tempo para a solução.
Sabadão
Aqui vai um abraço especial do Corvo para os queridos leitores, esperando que tenham um excelente final de semana, quem sabe com a oportunidade de um churrasquinho, uma gelada para aliviar o calor e sempre os bons presságios para o resto do ano! Ainda vivemos uma espécie de compasso de férias, com aquela preguiça costumeira que é imposta pelo Verão. Terça-feira estaremos aqui futebol clube, se o cara lá de cima julgar que merecemos!