No Bico do Corvo
A polêmica do gato
Um bichano em cima da mesa roubou mais a cena do que dentro do campo, dependendo o desempenho de muitas partidas. Sobrou para o assessor de imprensa da CBF Vinícius Rodrigues, que arrisca pagar uma multa milionária (dinheiro que não possui) ao tentar se livrar do gato. Aos olhos de muitos protetores e ambientalistas, o jornalista fez o correto. Apanhou o bicho pelo cangote e com carinho. Errou ao jogá-lo no chão, mas segundo dizem, os gatos gostam disso.
Nos tempos da mamãe
Quando o gato é agarrado na altura do pescoço, sente conforto e entende como fosse um carinho, porque é assim que a sua mãezinha fazia quando era pequeno. O problema é que o há milhões de gatos zanzando pelo Catar, tanto que muitas pessoas acreditam que o animal é sagrado por lá, igual as vacas na Índia. Então dizem que há gatos mocozados em suítes de hotéis, restaurantes finos e até em lojas de marcas famosas. Ratos, pelo visto, não se criam naquele país.
Que tal a semifinais?
O Corvo deu uma conversada com os amigos e entende que estão divididos. Uma parte torce para que a final aconteça entre Marrocos e Croácia, outra quer ver os argentinos enfrentando a França. E em condições assim? Para quem os brasileiros vão torcer? Graças a simpatia de Lionel Messi, desta vez, boa parte da torcida brasileira quer ver os argentinos levantar o caneco. Isso é inédito. Até o Corvo é simpático à ideia, até porque somos vizinhos e nutrimos a amizade com muito patrícios que vivem em Puerto Iguaçu.
Pedreira
Tomara a Argentina não invente demais quando for encarar os croatas, porque eles são aguerridos e possuem fôlego de felinos. Aprontam para a cabeça da gente. Vão pra cima. De outro lado, teremos uma batalha entre a França e a ex-colônia, mas francamente, o Marrocos se tornou o “queridinho” da Copa, pelo futebol duro, tático e ofensivo. Se abrirem uma brecha vão levar gol e será difícil buscar o empate, porque os marroquinos se fecham igual ouriço. A Copa vai encontrando os dias finais. Não podemos negar, são dois jogões de futebol.
O povo critica
As redes sociais estão caindo de pau na prefeitura em razão do calor, em especial durante o show de Gabriel Sater, que aconteceu ao ar livre na considerada noite mais quente e abafada do ano. Quem reclama pede por instalações mais adequadas, com ar condicionado e tudo o mais. Da próxima vez, o prefeito Chico que trate de pedir para o Papai Noel usar da sua influência, e, pedir que faça nevar em cima da Praça da Paz, em evento natalino. Aí estará resolvido o problema.
Mármore do inferno
Gabriel Sater é hoje um nome que atrai muita gente em apresentação; fez um sucesso estrondoso na recente novela Pantanal, era de se imaginar que o público compareceria em massa. O Corvo foi e, ao arranjar um cantinho na arquibancada quase torrou o rabo, no concreto; parecia chapa de cozinha, de tão fervente. Olhando para os lados, o que se via era gente procurando pedaços de papelão para anular o calor. E coitado do artista, brotava água, emagreceu uns quilinhos no espaço da apresentação. Mas quem poderia prever essa onda de temperaturas tão elevadas?
Que distanciamento?
E pensar que a onda de Covid tem sido uma ameaça. O que não se via era pessoas preocupadas com isso, sem usar máscaras ou longe da aglomeração. Alguns idosos levaram junto até tubos de oxigênio. Segundo consta, na organização, não é de hoje que imaginam a possibilidade de armar uma tenta fechada, aclimatada. Precisam colocar isso nos orçamentos.
Difícil em qualquer lugar
Mas não é apenas nas apresentações culturais que anda faltando ar por causa do calor. Quem vai ao comércio experimenta o desconforto e quase uma tortura ao caminhar ou mesmo usar o transporte como automóveis, pelando nas altas temperaturas. Ar condicionado não vence em lugar algum, até mesmo nos shoppings. O ideal é hidratar bastante, usar roupas leves e encarar, porque não há outra saída.
Grana pouca
Então, muitas pessoas reclamam dos preços dos produtos nos supermercados, do calor e a reclamação mesmo virá em janeiro, quando chegarem os boletos dos cartões de crédito, da água e luz. O consumo aumentou uma barbaridade. O Corvo foi ao supermercado imaginar o que inventar na ceia de Natal e Ano Novo. Uma coisa é certa: a mesa será composta por alimentos alternativos. É o que muita gente vai fazer. Um amigo disse que comerá pão com mortadela, mas se ele for conferir o preço do produto, voltará a pensar no peru. Alguns embutidos estão pelos olhos da cara, a começar pelo queijo. Qualquer pacotinho custa R$ 16,00.
Iguarias
Elas simplesmente desapareceram; os que se encontra são algumas frutas cristalizadas e castanhas já acondicionada, descascadas e torradas, o que aumenta bastante o custo. Foi-se o tempo em que as famílias colocavam uma travessa de nozes sobre a mesa, para a cerimônia da quebração de casa. Isso já era.
Diplomação
O ato foi programado para acontecer às 14 horas e para variar, o Corvo não teve como esperar até o final. Mas trata-se de uma solenidade formal, com choradeira, discursos e fim de papo. Lula e o vice Alkmin estão oficialmente empossados. O ato marca o final do “processo eleitoral”. O próximo evento é solene e acontece dia 01, com passeio em carro aberto, subida da rampa e transferência da faixa. Lula, pelo visto, verá a faixa pendurada em algum cabide do palácio, porque até onde se sabe, Bolsonaro não fará a transferência.
Temores
A segunda-feira amanheceu cheia de ameaças veladas, coisa soturna, de não se entender bem se haveria movimentos de protestos ou não. O povo em frente aos quartéis se agitou e muita gente ficou com medo de pegar a estrada, para passear ou trabalhar. Um caminhoneiro que mora perto da casa do Corvo disse que a ordem dos patrões era deixar o veículo estacionado e aproveitar o dia para fazer uma ou outra manutenção.
Na República e Brasil
Não há como evitar o trânsito no gargalo que dá acesso ao centro da cidade, em frente ao Batalhão do Exército. Lá há muita gente concentrada, os edifícios estão cobertos de faixas pedindo intervenção militar e dezenas de barracas se espalham em todas as direções, ao som de marchas militares. Alguns comerciantes estão se queixando muito, mas não querem se expor, temendo represálias.
Violência
De uns dias para cá, algumas pessoas usam as redes sociais para denunciar agressões verbais e até mesmo físicas. Há muita crítica sobre a não eficácia da polícia. A regra diz, que se uma pessoa for agredida, ela deve chamar a autoridade e aguardar no local da agressão. Um jovem teria agido assim, mas nada de a polícia aparecer. Para começo de conversa, deveria haver uma viatura no local, atém porque o trânsito está parcialmente bloqueado. No mais, o efetivo foi aumentado para dar suporte ao comércio, perante as festas natalinas, então é de estranhar que o jovem envolvido em discussão, não tenha sido atendido.
O ódio
Por um lado é muito simples lidar com a situação. Os revoltosos, descontentes com o resultado das eleições escolheram um local para manifestar. Os que não estão de acordo, pode praticar um esforço e simplesmente ignorar. Parara por lá e incitar, não é algo recomendado; isso certamente acabará em confusão.
Muito estranho
Havia grandes expectativas pela inauguração da Ponte da Integração nesta segunda-feira. As autoridades que organizavam o evento asseguram que isso aconteceu em razão das chuvas. O Corvo consultou os sites e o volume máximo é de 40% de precipitações e em curtos períodos como aconteceu no domingo. São as chamadas pancadas de Verão.
Inércia
O fato é que Bolsonaro andou cancelando todos os eventos públicos nos últimos dias. Comparece apenas em atos militares, academias, cumprindo uma agenda longe do povo, como aconteceu no mesmo período do ano passado. Ele deve estar mais focado no que vai fazer depois de deixar o cargo.
PL
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, prometeu ao Bolsonaro um salário igual ao que recebe no cargo de presidente, por volta de R$ 40 mil reais. Com esse valor, ele irá comandar da sede do partido, em Brasília, as deliberações oposicionistas ao PT e obviamente, tentar calçar outra candidatura, até mesmo como prefeito de alguma capital, como São Paulo ou Rio de Janeiro. O problema é o PL cumprir os pagamentos, pois a grana toda do partido está empenhada em multas eleitorais. Precisarão organizar doações e ajuda de bolsonaristas.
Sem problemas
Olhando para a massa de apoiadores, empresários, pecuaristas, transportadores, e gente influente em diversos setores, é de se imaginar que o PL, ou mesmo Bolsonaro não tenham problemas com verbas de representatividade. Pelo contrário, poderão se movimentar até mesmo com mais facilidades, porque não estão no governo. A prestação de contas é mais liberal.
Obras
Corvo, preciso fazer um registro: os moradores de bairros como Carimã, Mara Verde, Novo Horizonte e Buenos Aires passaram um sufoco na manhã de sábado. Só se via filas para ingressar na BR 469, e de todos os lados. Pior, é uma rodovia federal e não havia um veículo da PRF para tentar organizar a bagunça. Um amigo que trabalha lá me disse, que até os agentes estão cansados de informar os superiores sobre os riscos que há no cruzamento. Não é possível que as pessoas não movam uma palha para dar conforto aos usuários. É incompetência, desleixo, falta de consideração! Cadê os nossos representantes?
Paulo S. V. Vieira
O Corvo responde: este colunista nem reclama mais tamanho o descaso. Se a situação está ruim para os motoristas, o que dizer dos pedestres, pessoas que trabalham nos hotéis e empresas da região. Em verdade, o que há é um abandono das regras de segurança, apesar das obras de duplicação. O certo é atenderem os trabalhadores, motoristas e a população que usa o trecho.