No Bico do Corvo
Voo criticado
O presidente eleito Lula daria um grande exemplo viajando ao Egito, onde há o COP 27, em aviões de carreira. Foi aceitar carona de delator confesso, e, isso não daria em outra coisa que não fosse confusão. Muitos brasileiros chegaram lá, e muito bem, nos jatos das companhias aéreas.
Tudo igual
Pelo menos nada vai mudar, se depender de Lula escutar os aliados, como aliás, nunca fez o Bolsonaro. Isso faz parte da personalidade política, algo muito complicado e mais ainda depois de certa idade, quando a teimosia é maior que o bom senso.
Dona Janja
O Corvo assistiu a entrevista da futura primeira dama ao Fantástico, na noite de domingo. Até que foi bem, porque se mostrou uma figura brasileira, igual à maioria das mulheres. Abusou inclusive da simplicidade. Deu um tropeço aqui, outro ali, principalmente ao mencionar Evita Perón, uma vez que sabia que os jornais argentinos andaram fazendo uma certa comparação.
“Sou um patriota”
O Corvo estava comprando pão e presenciou uma encrenca entre fãs do Bolsonaro e devotos de Lula. O homem com camiseta da seleção batia no peito e dizia: “sou um patriota, estou tentando salvar o meu país”, se referindo aos atos em frente ao Batalhão. A rodinha se formou e uns concordavam e outros discordavam. Acontece que ser um “patriota” não é coisa de se autodenominar e sim de reconhecimento. Ao modo de pensar de muitos, as pessoas exercem o patriotismo, pois é um dever. O coletivo, afinal, é que deve considerar quem se elevou ao merecimento patriótico, pois é uma expressiva premiação para um cidadão devotado ao seu país. Acima disso está o “herói”. Soldados quando vão à guerra são patrióticos, mas os que se destacam pelos atos arrojados são os heróis. O ato de heroísmo, porém, deve ser reconhecido pelos demais, como o patriotismo. O certo é não se conclamar um patriota, mas apontar quem é.
Patriotismo equivocado
Deve haver certa cautela nesse ato nobre, de se considerar um patriota. É a história quem faz o julgamento. Muitos já foram patriotas, mas o tempo causou um revés e o patriotismo nada mais era que uma indução, manipulação, a ilusão de se fazer a coisa certa, na contramão da verdade ou como ela se consumou.
Satisfação aos outros
Corvo, sou uma aposentada de 82 anos e já vi quase tudo em política. Lembro do Jânio Quadros e o seu besteirol de proibir biquíni, jogo de bicho e lança-perfume; do João Goulart e os cubanos, do Brizola no exílio. Jamais esquecerei o João Figueiredo e os cavalos, então, não venham querer me doutrinar, como esses dias fizeram. Uma vizinha perguntou o que eu era, se Bolsonarista ou Lulista e que teria que dizer, para conviver bem com os demais. Disse apenas que era uma “brasileira” e que não tinha que dar satisfação da minha vida aos outros. Que barbaridade? Essa gente curiosa, por um acaso é que paga as minhas contas? Até quando isso vai?
Ana B. C. Paranhos
O Corvo responde: prezada, os ânimos estão se ajeitando. Os brasileiros encontrarão uma forma de assimilar os acontecimentos sem tanto ódio e rancor. Famílias estão se reunindo; vizinhos se reencontrando e a vida voltará ao normal, mas com mais atenção. Certamente os atos políticos não passarão em branco, como em outras épocas.
Fogos, buzinas e tiros
Corvo eu ando morrendo de rir. Fui às urnas, votei e declaro o meu voto: Bolsonaro. Mas fiz isso por minhas convicções e ninguém tem nada com isso. O que vem além são outros quinhentos e algumas situações são hilárias. Onde moro, estouram rojões e saem gritando de felicidade pelas ruas: “a eleição de Lula foi anulada”. Dalí a pouco batem panelas e buzinam os automóveis: “Alexandre de Moraes caiu e foi preso”; não demora, alguém dispara a pistola para o alto e grita: “os militares tomaram o poder” e acredite, isso acontece todo o tempo; as pessoas ficam entrando e saindo de suas casas para comemorar coisas que jamais aconteceram! Que loucura! Fui pesquisar e essas manifestações ocorrem pelo que dizem nas redes sociais. Ai, que bom é não ter um celular!
Reinaldo G. FR. Souza
O Corvo responde: essa movimentação eufórica é algo novo em nosso país. Não faz muito tempo, as pessoas agiam assim apenas em dia de jogo da seleção, quando um canarinho fazia gol; o céu ficava repleto de fogos explodindo e depois das partidas, quando vitoriosas, soltavam milhares de balões. Não demorava o Corpo de Bombeiros rasgava as ruas, para apagar os incêndios. Hoje o povo festeja fatos políticos e pode se considerar isso um avanço. Bom seria festejarem verdades e não invencionices, muitas das quais irresponsáveis.
Concentrações
A onda de indignação com o resultado das eleições ainda se mantém. Os manifestantes deixaram a Avenida República Argentina, mas se instalaram em pontos no início da Avenida Brasil. Alguns comerciantes ligaram para o Corvo mais para reclamar do que comemorar. Para eles, as pessoas evitam passar pelo local, até mesmo de automóvel, o que não é nada salutar em épocas de final de ano.
Cadê o presidente?
Pelo que imaginamos nosso país ainda possui um presidente, mas cadê o Bolsonaro que não foi ao COP 27 e nem ao G20? Desse jeito o Lula nada de braçada. Muitas pessoas acreditam que o presidente não deveria entregar os pontos desse jeito, ou diminuir o ritmo, até porque será uma figura de peso no processo político brasileiro, nos próximos anos. O sumiço mexe com muitos admiradores.
Vila Carimã
Corvo, de uns dias para cá o setor Sul da cidade estrou em alerta geral. Foram várias as ocorrências de furtos e roubos em residências nas adjacências do bairro Carimã, como no Novo Horizonte e Jardim Buenos Aires. Andaram até pegando uns meliantes e recuperando bens e a surpresa foi saber que se deslocam do outro lado da cidade. A população está aflita, o que se vê são as pessoas instalando cercas elétricas, câmeras, arranjando cães de guarda, olha, uma loucura! O cidadão de bem está se enjaulando. Em apenas um dia, cinco casas foram invadidas ou assaltadas no Jardim Buenos Aires, antes um dos locais mais tranquilos da cidade.
Orlando F. Baptista
O Corvo responde: a onda de assaltos no jardim Buenos Aires está roubando o sono dos moradores e não é de hoje. Isso está causando um fenômeno e unindo os moradores. Vários grupos de segurança se formaram e são várias as iniciativas, como a instalação coletiva de câmeras de segurança e um ajudando a cuidar mais da casa do outro. Mas analisando as imagens, a cara de pau dos gatunos é de apavorar: entram nos quintais a qualquer hora do dia e noite e não agem sozinhos. Começam pela análise local, tentam por tudo se infiltrar. Antes perguntam se os moradores precisam de algum tipo de serviço; se infiltram nos grupos de WhatsApp, estudam rotas de fuga, arquitetam as ações com tempo e meticulosidade. Quem pode com essa gente?
Atenção, atenção
As autoridades devem estar atentas ao que acontece na área da segurança. Cadê o sistema integrado, com câmeras em todas as localidades conforme anunciaram várias vezes? A prefeitura precisa ajudar nisso, pelo menos pedindo um reforço ao governo do Estado. Só mesmo viaturas nas ruas intimida um pouco os inimigos do alheio.
Visibilidade
Segundo a organização do Cataratas Day, mais de 50 milhões de pessoas impactadas pela ação. Isso se reflete nos setores de hospedagens dos hotéis. Um amigo disse ao Corvo, que o número de consultas sobre o destino é enorme, cerca de 8 x 1, ou seja, a cada uma hospedagem, há mais de oito consultas. As autoridades não confirmam isso, mas se acontece é muito bom. Muita gente ainda prefere ligar para o hotel ou agente de viagens antes de comprar um pacote. Visitar as Cataratas e os demais atrativos na região ainda é um sonho de muita gente.
Muito movimento
O feriadão de 15 de novembro teve a adesão de muitos visitantes e turistas. Misturando o povo que pega as estradas, paraguaios e argentinos e mais a população local, pensa o trânsito intenso na BR 469? Filas chegaram a se formar em alguns locais, principalmente nas proximidades do viaduto em construção. Em alguns horários a concentração de veículos alcançava o Golf Club.
Qual motivo
Olhando os noticiários e ouvindo as pessoas, praticamente não houve alusão ou lembrança à data de 15 de novembro, quando foi Proclamada a República. Pela importância, o ato mereceria mais atenção, se a proposta é o civismo. Ou será que as pessoas se arrependeram de trocar o império pela República? No centenário da Independência é natural que a figura de um imperador se sobreponha ao Marechal Deodoro da Fonseca. Uma coisa é certa, o Dia da Bandeira, no próximo sábado, tem tudo para ser mais lembrado, até porque é quando iniciará a Copa do Mundo do Catar. O primeiro jogo acontece no domingo, 20/11. O Catar enfrenta o Equador.
E o Brasil
A Seleção Brasileira estreia na Copa, dia 24, às 16 horas, contra a Sérvia, que dizem, anda comendo a bola. O jogo será numa quinta-feira e acreditem, há muitas pessoas pesando em emendar o final de semana. Que barbaridade! Essa Copa vai causar uma paralisia ao que parece. Ontem o Corvo leu alguns veículos internacionais e o Brasil desembarca como um dos favoritos, como sempre. Os analistas de nosso país avaliam que a equipe é muito competitiva. Será que teremos a alegria de mais uma estrela na camisa?
Quais nomes?
Corvo, como está a escolha dos nomes para as várias obras em construção? Sabemos que a Perimetral poderá se chamar Sérgio Lobato Machado, mas e as marginais, o viaduto, bem como outras tantas demandas? A Covid oportunizou uma enorme lista de possíveis homenageados não é Corvo?
Gilmara S. C. Silva
O Corvo responde: prezada, algumas pessoas merecem sim a lembrança da comunidade, a começar pelo tanto que fizeram. É assim que honramos os cidadãos que nos defendem ao longo dos anos. O Corvo possui uma lista bem longa de gente que mereceria a lembrança em alguma obra pública.