No Bico do Corvo
O bocão
Lula deveria, antes, medir as consequências de seus discursos. Para impulsionar forte queda na bolsa de valores e fazer o dólar subir, algo mexeu com o povo da economia. Quando um presidente eleito se manifesta em favor dos programas sociais, e, chora, o mercado faz muitas leituras. Em país onde a grana é curta, qualquer remanejamento emite sinais duvidosos. O medo é que a política social enfraqueça investimentos e domine a economia.
Quem é o cara
Os analistas de todo o meio político e segmentos produtivos acalmarão quando for anunciado o nome do novo ministro da Economia. Há uma pressão muito forte para que o nome de Fernando Haddad fique fora dessa área. Ele é aceito em qualquer Ministério, que não seja do setor econômico.
Tanta gente
Mas se Lula conta com a ajuda de tanta gente, porque iria nomear um ministro da Economia que não fosse do ramo? A lista de celebridades econômicas é vasta, com gente reconhecida pelo mundo todo, no entanto, isso é colocado em jogo. Vai lá saber como funciona a cabeça de um presidente eleito, debaixo de tanta pressão.
Sem paz e amor
Luiz Inácio Lula da Silva está bem distante daquela figura do primeiro exercício. Ele diz que seguirá a mesma cartilha, mas no fundo sabe que as coisas estão muito, muito, muito mudadas. Quando foi presidente pela primeira vez, não tinha a metade do país no seu calcanhar, tampouco alguém como Jair Bolsonaro, calculando o pulo. Lula, se quiser ser leão ou outro bicho predador nessa selva, terá que ajeitar a floresta, pois até girafas zebras criaram dentes pontudos.
Na política local
A eleição acabou no Brasil, mas ao que parece, em Foz ainda não. As autoridades receosas com o movimento bolsonarista caminham na ponta dos pés. Há quem visite o povo em frente ao batalhão um dia sim, outro não, e converse com outras pessoas dizendo que “está negociando”. Seguindo o que esses negociadores dizem, os líderes do movimento não iriam gostar dos detalhes, tampouco os adversários. Chegamos ao ditado da Idade Média: “quem agrada a dois senhores corre o risco de acabar empalado”.
A verdade
É difícil uma autoridade se posicionar com extremismo em Foz do Iguaçu. Trata-se de cidade com forte presença federal, depende de Brasília para quase tudo, a começar pela Receita, órgãos de controle aduaneiros, e, não vamos esquecer de Itaipu. Falando francamente: assim que escolherem os nomes dos responsáveis por esses cargos estratégicos, muita gente está na fila do “beija-a-mão”, e se for o caso até o pé. É preciso calma nessa hora.
Os movimentos
Corvo, não sou contra, em absolutamente nada, as pessoas demonstrarem descontentamento com o resultado das eleições. Isso é democrático. Também não vejo com restrição fecharem uma avenida, pois é uma manifestação popular. De outra maneira entendo que em casos assim, há os mais duros e radicais, eles também ocupam esses espaços e se forem ordeiros, qual o problema? Para mim é bem fácil, se precisar passar pelo local, dou uma voltinha e fim de conversa. Isso não me atrapalha em nada.
Louiza F. C. Maecherinni
O Corvo responde: prezada, boa atitude, a senhora respeita os manifestantes a si mesma. O Corvo faz igual. O momento de discussão política já acabou, usamos as urnas para votar e o resultado foi confirmado por organismos internacionais e até mesmo pelas Forças Armadas. Nada vai mudar se não houve fraude. Vida que segue.
As obras
Corvo, até o momento nenhuma autoridade apareceu para dizer o que será das grandes obras em curso na cidade. Tem muita gente na internet anunciando que os trabalhadores abandonaram os locais. Diga aí se isso é verdade.
Manoel C. S. Pinheiro
O Corvo responde: fazendo uma atualização no assunto, todas as obras seguem o curso normal e passando por elas, deu para ver que os trabalhadores estão lá, ou usando máquinas, ajudando na concretagem ou atuando na drenagem do solo. Na BR 469, há topógrafos realizando medições. O mesmo ocorre na BR 600. Logo, não vamos ligar para essas informações que não condizem com a realidade.
Reuniões soturnas
O Corvo está de olho em várias informações visando a busca pela prefeitura. Em algum lugar, acreditem, é possível que pela primeira vez na história da cidade, aparece um nome de consenso. Leia-se consenso amplo. Claro, isso causa desespero e inconformismo em algumas pessoas, as que não se encaixam na proposta, mas que precisarão abaixar a cabeça e engolir.
Isso é sério?
É mais do que sério. Até adversários comungam a necessidade de Foz encarar o futuro de outro modo. É bom saber sobre esses ventos de amadurecimento. Está mesmo na hora da cidade assumir a importância, longe das picuinhas.
Pedágios
Corvo, qual o problema das pessoas, a começar pelas autoridades, discutirem a implantação do pedágio? Muitas propostas foram faladas em campanha e chegou-se a propor o valor de R$ 5,00. Isso não está bom? Ficam colocando pelo em ovo e vão acabar atrasando a implantação dos pedágios.
Paulo V. S. Dantas
O Corvo responde: prezado, você quer pedágio e aceita o valor de R$ 5,00? Acha que é barato? Por favor né, se fosse pagar R$ 5,00 para ir de Foz até Curitiba vai lá, mas esse é o valor por guarita! É muito caro! Nem deveria existir pedágios, o governo já recebe muito dinheiro do contribuinte para manter as estadas impecáveis. No entanto, com ou sem pedágio a situação é lastimável. Viaje até Pato Branco para ver a situação? E o seu Ratinho aparece na Tv, em campanha, dizendo que realizou o maior programa de recuperação de estadas no país. Só se foi no sonho dele. A mesma coisa é a gasolina, as pessoas acreditam que R$ 4,80 o litro é um preço bom. Aonde? É um valor altíssimo. Até parece que a sociedade brasileira está rasgando dinheiro.
Cataratas Day
Show de bola a comemoração pelo título, depois de 11 anos. Muita gente aproveitou a sexta-feira e foi se benzer nas águas frescas das Cataratas do Iguaçu, cuja energia é indescritível. Aliás, por este aspecto, Foz não é a capital das águas e sim da energia.