No Bico do Corvo
Xandão Dureza
Entre os bolsonaristas há uma unanimidade quando o assunto é adversário: Alexandre de Moraes aparece até mesmo antes que o Lula. É difícil imaginar como isso vai acabar. Por determinação do ministro as autoridades devem endurecer na desobstrução das vias públicas e a punição para os que subvertem a ordem é pesada, de multas em veículos até a prisão. Será que precisava tanto? É o que o país mais discute atualmente.
Na saia justa
As autoridades estão na saia justíssima, pois correm sério risco de prevaricação, ou seja, serão punidas também em casos de conivência. Comandantes de batalhões da PM, delegados e até prefeitos estão na mira. E como é que um policial militar conseguirá dissolver um movimento ideológico tão coeso? Difícil. Até porque boa parte dos fardados concordam com a manifestação.
Com o tempo
Segundo este colunista apurou, os movimentos começam a apresentar alguns pequenos desentendimentos entre os articuladores. O movimento é legítimo, quando não transcende a Lei, o caso é que alguns abusos estão incomodando até mesmo os manifestantes. As provocações desnecessárias, agressões e atos antidemocráticos é que estão trincando a blindagem dessa frente de protesto pela eleição de Lula.
Passeio
O Corvo deu um passeio pela manifestação e mesmo identificado por muitos que estavam lá, foi bem recebido e em momento algum hostilizado. Boa parte do povo concentrado nas proximidades do batalhão sabe que o Corvo é jornalista do bem, mesmo assim alguém quis saber: “o que cê tá fazendo aqui”. “Oras, indo e vindo, olhando, conversando com amigos, tentando entender melhor as justificativas do movimento”, disse este colunista. A pessoa entendeu e até conversou longamente.
Abusos
Os manifestantes querem apenas propagar a contrariedade pelas eleições, e, segundo eles, a forma como tudo foi conduzido. O uso de expressões arbitrarias, como “intervenção militar”, por exemplo, é uma das maneiras de rotular o inconformismo e chamar a atenção. E chama, independentemente de ser uma ruptura com a “democracia”, um regime que causa “desconformidades” e por isso precisa de corretivo. Levar os militares para o poder seria uma maneira de corrigir o rumo na nação, justificam os mais radicais.
Será?
Que o regime democrático é complicado, isso todo mundo sabe. Winston Churchill disse: “a democracia é a pior forma de governo, com a exceção de todas as demais”. Já, H. L. Mencken profetizou: “a democracia é a arte e a ciência de administrar o circo começando pela jaula dos macacos”. Millôr Fernandes foi adiante, “democracia é quando eu mando em você, ditadura é quando você manda em mim”. Essa é boa: “a democracia muitas vezes significa o poder nas mãos de uma maioria incompetente”, escreveu George Bernard Shaw. E os gregos? Segundo Aristóteles. “a democracia surgiu quando, devido ao fato de que todos são iguais em certo sentido, acreditou-se que todos fossem absolutamente iguais entre si”. O que estamos assistindo amigos, é essa ajeitada no circo democrático e é melhor lidar com isso, do que bancar o autocrata, por meio de determinações ditatoriais. Aos poucos os manifestantes formarão opinião sobre o que é certo e errado; ninguém precisa coloca-los no paredão. Movimentos se iniciam e terminam.
Complicações
Segundo este colunista apurou, são tantos dos casos de desobediência eleitoral, que será necessário mudar a Lei, para evitar os efeitos de uma enxurrada de improbidades. Como é isso? O cidadão que se torna improbo deixa de participar de uma porção de atividades e isso acaba causando o enfraquecimento em vários setores, um exemplo é quando empresas de todos os portes, estão inaptas a fornecer para a coisa pública. A onda é tão forte, que há pessoas pensando em criar um movimento de indulto. Bolsonaro pode fazer isso por decreto até o final do governo e terá apoio do Congresso.
Renúncia
O problema é que as multas geram um valor astronômico e em algum lugar, isso poderá esbarrar em renúncia de receita, caso pendências não sejam cobradas. Autoridade deixa as cobranças de lado pode responder na Justiça.
Maninho “quase” sem solução
“Quase”; vamos atentar para esta condicional. O vereador lutou, bem que tentou, mas as chances foram se exaurindo e eis a porta do desfecho. Segundo dizem, terá que deixar a cadeira na Câmara. Feliz está o suplente, Márcio Rosa, que espera voltar às lides plenárias. Terá pela frente dois anos de exercício. Sem querer estragar essa festa, os advogados do Maninho estão trabalhando e segundo o Dr. Nereu Battisti ainda há a possibilidade de recurso com efeito suspensivo. O Corvo teve tempo ontem de dar uma analisada no imbróglio, por meio das notícias imparciais que foram publicadas; sem fazer juízo, não é difícil concluir que o erro foi do partido na composição da chapa e o Maninho sempre bate na tecla que esperava reverter esse equívoco, pois segundo ele, não cometeu nenhum ato ilegal. Bom, La Nave Vá… dizia Fellini.
Diatribes locais
A inquietude ainda vai matar um. O bicho político está “bicando” uma porção de apaixonados por várias causas. O problema é convencerem os potenciais candidatos, de que a causa é válida; que a briga é boa. Há quem imagine que há um caminho aberto com Chico deixando o segundo mandato, mas não é bem assim. Ele está articulando um candidato e isso logo aparecerá. Ninguém desiste da política desse jeito, simplesmente.
Nova era
Muitos apostam nas “velhas águias”, mas há uma corrente nova se movendo, e ela emerge na direita. Teremos sim um duelo entre os extremos em Foz. Se bem que isso acontecerá em todas as cidades brasileiras.
Bolsonaro em Foz
Contaram para o Corvo que Jair Bolsonaro teria prometido passar uns dias da cidade no início do ano que vem. Ele deverá se hospedar num hotel, e ficará quase dez dias contemplando atrativos, conversando com as pessoas, e, quem sabe, se beber um copo de água gelada e filtrada do Boicy, pode acabar se mudando para a cidade de vez. Foz do Iguaçu foi uma das cidades mais visitadas pelo presidente e onde ele despejou uma porção de iniciativas, por isso as tantas e duradouras demonstrações de apoio.
Na prefeitura
Vai que Bolsonaro goste da ideia e resolva se candidatar prefeito da cidade onde está uma das mais poderosas empresas do governo, a Itaipu Binacional? A ideia não pode ser considerada desprezível, pois Foz é uma importante cidade avançada, com status de capital.
Silva e Luna
Não precisamos viajar tanto assim no caldo, até porque é possível que o general Silva e Luna resolva de fato viver em Foz. A cidade está louquinha de vontade de ter um general para chamar de seu. Ele teria pedido para reservarem uma mesa na churrascaria Ponto Certo neste final de semana. Foi um garçom de lá que disse ao Corvo. Se isso se concretizar e ele resolva encarar a vida pública eletiva, contará com uma legião de apoiadores. Bom, a iniciativa acabará frustrando os planos de algumas pessoas que pegam carona nos movimentos.
Tantos candidatos…
Olhando o horizonte da política local ainda dá para enxergar pouco, mas pode-se imaginar que não haverá tantos candidatos assim disputando a prefeitura. Mas a lista de pessoas ensaiando a vereança é enorme. Isso pode causar um efeito monstruoso de renovação. Olhando para essa possibilidade, os vereadores estão se alinhando à direita, esquerda e há gente de plantão aguardando os acontecimentos no “centro”. Tudo dependerá das deliberações em Brasília.
A Mesquita se consolida como atrativo turístico e cultural
O espaço de orações e vida comunitária se consolidou, neste domingo, como ponto de indução turística na cidade.
Centenas de pessoas estiveram na Mesquita Omar Ibn Al-Khattab, sediada no Centro Cultural Beneficiente Islâmico de Foz do Iguaçu (CCBI), para a inauguração do Centro de Recepção de Visitantes (CRV).
O Centro, com seiscentos metros quadrados de área construída, vai garantir mais conforto a quem visita o local, consolidando ainda mais a ponto como atrativo turístico, cultural e religioso da cidade.
E também ajudar no desenvolvimento do entorno da Mesquita, uma vez que o movimento de pessoas tem a capacidade de atrair investimentos comerciais e empreendimentos ligados à cultura e à religião muçulmana.
Na noite de inauguração, além da comunidade islâmica, moradores de Foz e região prestigiaram o lançamento do novo prédio, que conta com fachadas de vidro e com o elemento tradicional da arquitetura vernacular do oriente médio, o mashrabiya (muxarabi em português), que fornece proteção e dinamismo à iluminação natural.