No Bico do Corvo
Aprendemos
Uma coisa parece certa seo Corvo, construir pontes é bem mais fácil e rápido do que fazer as estradas e acessos. A nova travessia com o Paraguai já está aí quase entregue, enquanto as estradas para chegar até elas estão bem longe do término. Das duas uma, ou o povo que fez a ponte é muito competente, ou os que fazem os acessos são tartarugas.
João M. C. Silva
O Corvo responde: nem uma coisa e nem outra. A tecnologia para fazer pontes é muito avançada e não se precisa de indenização, porque para passar em cima do Rio Paraná não é necessário negociar com o dono.
17%
O fato é na cabeça de muita gente, a Perimetral deveria ser entregue este ano e isso não é verdade. A primeira fase, que vai da ponte até a BR 469 está praticamente traçada, e disseram ao Corvo que logo começa o trabalho de preparar a pavimentação.
Drenagem
Um engenheiro explicou que o serviço de drenar é muito complicado, sobretudo em locais de muitos arroios e nascentes próximas. É preciso cuidados ambientais redobrados. Quem passar pelas obras do trevo com a BR 469 verá a complexidade que há em executar o serviço. Depois de prontos deve ficar bonito e eficiente.
Acessos
Este colunista recebeu a informação dando conta que a prefeitura está resolvendo o problema dos acessos ao Porto Meira, livrando os moradores do Jardim Cataratas do isolamento. Como isso será, ainda não se sabe em detalhes. Importa que estão matutando um jeito de aliviar o povo.
General Meira
A obra de duplicação está praticamente entregue, só falta terminar o ajardinamento em alguns pontos, se os vândalos deixarem. Um morador flagrou um “desinfeliz” arrancando plantinhas do canteiro, com a finalidade de ornar seu jardim. Pode? O que custa dar um passeio até o Horto e pedir umas mudas?
Ciclovia
O Corvo percorreu toda a extensão da “nova” Avenida General Meira e estranhamento, não viu um único ciclista aproveitando a bela pista que foi realizada lá. Hoje é possível pedalar do Boicy até a Aduana da Argentina usando a ciclovia. Bom seria se arranjassem solução para os ciclistas no trecho da Avenida das Cataratas que vai do centro até a Avenida Iguaçu. Simplesmente não há espaço para as bikes.
Natal
Corvo, como será a decoração de Natal este ano? Já estamos chegando em novembro e ainda não vi a movimentação do povo. Pelo visto não teremos um visual igual ao dos anos anteriores. O que será aconteceu?
Luiza C. N. Mariano
O Corvo responde: prezado, calma, segundo informaram a decoração não será como no ano passado, mas estão preparando um projeto para atender a cidade e alguns bairros. O que se sabe é que a iniciativa em muitas localidades é de comerciantes e moradores.
Comércio se mexendo
A população pode não ver ainda um movimento sobre a decoração natalina, mas muitas lojas estão tratando de contratar mão de obra temporária, com a possibilidade de efetivação. Isso ajudará bastante na distribuição da renda no período de pós pandemia. Muitas empresas trabalharam com o mínimo possível de empregados, para atender aos projetos de recuperação. Estima-se que mais de mil pessoas encontre vaga no comércio, o que é uma grande notícia.
Economia
Corvo, estou de olho na eleição e até agora não ouvi os candidatos dizerem como será a vida dos pequenos e médios empresários que se socorreram com empréstimos na pandemia. Eu e muitos amigos estamos enrolados com impostos e esses empréstimos, porque o movimento ainda não é igual a antes e quase não sobra dinheiro para pagar as taxas e parcelamentos. Essa falta de esclarecimento causa um vazio na cabeça da gente.
Maurílio L. S. Benites
O Corvo responde: prezado, a falta de discussão na área econômica é o que mais pega no perfil dos candidatos. A população sabe a dureza que é viver com o bolso vazio, pois apesar do alívio nos preços em alguns produtos, ainda está bem difícil contornar a situação. Muitas empresas fecharam e o ritmo de reabertura de negócios anda bem cauteloso. Bancos e cooperativas de crédito estão preocupados com a inadimplência, ao mesmo tempo, acreditam que o final de ano poderá se a “hora da virada”.
Bancos eletrônicos
Corvo, sabe aquele momento que você vai ao mercado, achando que tem R$ 60,00 ou R$ 50,00 reais na conta, passa o cartão para pagar a compra do pão, leite, ou outra coisa e a moça do caixa diz que não deu certo? Então, isso me encheu tanto os picuás, que estou seriamente pensando em migrar para um banco eletrônico. Não aguento mais descobrir que o banco levou meu dinheiro nesses “pacotes de serviços” que cobram todos os meses. Pior, fazem isso sem avisar.
Jaqueline F. G. Souzza
O Corvo responde: prezada, as instituições financeiras cobram pelos serviços e existe uma data para isso, fale com o gerente, embora a cada dia isso está se tornando mais complicado. Os bancos atendem por meio de robôs e é difícil conseguir resposta para a maioria das perguntas. Os bancos eletrônicos são confiáveis, pois estão ligados à grandes organizações financeiras que buscam saídas exatamente para esse descontentamento dos correntistas. É possível que no futuro, as organizações bancárias fechem as agências físicas e passem a existir apenas nas nuvens. O Corvo está “testando” duas bandeiras de bancos eletrônicos e até o momento eles se mostraram muito eficientes e sem cobranças de taxas. Mesmo assim é possível buscar informações para essa migração, de maneiras que seja mais segura.
Aproximação
Aproveitando o momento, em que muitos assuntos “financeiros” estão sendo comentados na coluna, aqui vai uma dica do Corvo: muito cuidado com o módulo de “aproximação” dos cartões de crédito ou débito. O pagamento por aproximação é uma comodidade, disso ninguém tem dúvidas, é só aproximar o cartão que o pagamento é concluído sem a necessidade de digitar a senha. A modalidade cresce, mas as pessoas precisam se cuidar. O ideal é programar limites para os pagamentos, do tipo R$ 50,00 a R$ 100. Em caso de extravio do cartão, o prejuízo é controlado.
A malandragem
O submundo sempre viaja mais rápido que a tecnologia, impressionante. Enquanto inventam comodidades, há quem se dedique à safadeza e arranjar um jeito de lesar as pessoas. Não é de se duvidar que tenham aperfeiçoado um jeito de lesar os cartões em certa distância.
Preparação
Corvo, amanhã as pessoas estarão grudadas na Tv para ver o último debate, que será transmitido pela Rede Globo. E agora, como ficam as pessoas que se negam a assistir a emissora e até mandam trocar de canal em locais públicos? Tem um vizinho que já bateu na porta de casa, dizendo que viu a gente vendo novela pela janela da sala, e que era para trocar de canal pensa? Perguntamos a razão e ele não soube explicar. Na tarde de domingo ele estava vendo futebol e adivinha o canal? Oras, vão parar com isso! A Tv não faz mais a cabeça da gente como em outros tempos, queremos mais é entretenimento.
Geraldo C. D. Romão
O Corvo responde: prezado, complicado isso, cada pessoa deveria zelar pelas suas predileções e deixar os outros em paz. Ontem alguém ligou para o Corvo questionando a foto que foi publicada na coluna, onde aparece o Tom Jobim, Chico Buarque e Caetano Veloso, ao lado de Astor Piazzolla. Aqui entre nós, uma situação ridícula, porque não nos importamos com a ideologia dos compositores e sim com a arte que produzem. No mais, Piazzolla também é odiado por ignorantes em seu país, ou por revolucionar o tango, ou por posicionamentos políticos. A foto saiu apenas para ilustrar uma questão histórica em Foz e Iguazú. Oras vão lavar o pé e dormir. Uma coisa não tem nada com a outra. A pandemia e a eleição causaram um fenômeno: descobrimos os “muy amigos” e ignorantes disfarçados.
Vamos parar com isso
Encrencar por causa da cor da roupa, do gosto musical, canal de televisão, obras literárias, ou mesmo ideologia política, isso é um absurdo. Há muitos bolsonaristas que usam vermelho e lulistas que adoram o verde e o amarelo, logo, isso não deveria ser motivo de encrenca, afinal de contas o Brasil é um país multicolorido, criativo, musical, com grandes escritores e pensadores. Não vamos “emburrecer” por questões assim tão pequenas. Daqui uns dias, finalmente, teremos todos os brasileiros torcendo por apenas um time, o dos gramados.
O debate
Amanhã, há a possibilidade de se atingir uma marca histórica, a maior audiência televisiva de todos os tempos, acreditem, mais até do que em final de Copa do Mundo. Isso quer dizer que algo acontece de bom, as pessoas estão despertando para a política e a importância em acompanhar a coisa pública. É amadurecimento, crescimento, lapidação, o Brasil poder ser, será muito melhor depois de enfrentar esse processo, que apesar de tudo é muito democrático.