No Bico do Corvo

Trovoadas de mentiras

Tem chovido nos últimos dias, mas no amanhecer da quarta-feira, mesmo com a volta do Sol, foi preciso se proteger do temporal de fake news. Como pode, algumas pessoas serem tão caras de pau e tentarem distorcer os fatos? É difícil imaginar o que pretendem, sabendo que estão mentindo. Vai ver ainda não sabem, ou não fazem ideia da “duralex” que é espalhar notícias falsas. As penas são muito duras.

 

Explicando

Paulo Mac Donald Ghisi teve foi outra vitória na Justiça e desta forma, vai seguindo rumo às eleições. A coluna não faz torcida para um ou outro, apenas narra os fatos com justeza, respeitando os leitores. O que não dá é para publicar inverdades. Será muito difícil mudarem a decisão de um colegiado unânime e por isso os adversários do Paulo agem no desespero, acreditando que isso o desqualificará perante a opinião pública. Em verdade, a opinião pública está de saco cheio desses joguetes. Tomem tento que deve sair uma análise muito transparente tratando do tema.

 

Fake news

Mas chega a ser “incrível” a desfaçatez de determinados grupos políticos que ainda não perceberam a gravidade dos seus atos, pois desafiam a justiça e parecem não temer as consequências da lei. Persistem com as chamadas fake news. O que vai acontecer é que muita gente vai quebrar a cara. O corvo foi alertado sobre o que circulava nas redes sociais, foi apurar e chegou aos grupos políticos que propagam a falsa notícia, com o ex-prefeito Paulo Mac bem no meio do alvo. E isso, faltando ainda praticamente um ano para as eleições. O que pensar de como será o futuro?

 

Explicando mais ainda…

“Corvo, o papel está aí… um documento do Supremo Tribunal de Justiça, RECURSO ESPECIAL Nº 2107444 – PR (2023/0381293-3), dizendo que o Paulo está fora das eleições”, insistiu um leitor, depois de ser contestado. Acontece que para montarem a faknews usaram uma decisão, em que o Paulo Mac ganhou e deram a narrativa inversa. Quem não se atenta aos detalhes poderia até cair nessa, mas o corvo está sempre antenado. É filho da Chiquita Bacana! Em verdade, nada tem a ver com a recente decisão do TJPR que liberou o ex-prefeito para concorrer nas eleições. Trata-se de uma outra questão em que o Estado recorreu e Paulo ganhou no STJ um recurso sobre competência do TCE para aplicação de multas no assunto de análise das contas.

 

Deu ruim

E não demorou identificaram a página que criou e publicou faknews contra o Mac. Segundo consta seria um grupo diretamente ligado a um dos pré-candidatos a prefeito que inclusive compartilhou e mandou a turma espalhar. Ficou fácil rastrear e existem até áudios confirmando a origem. Azedou o caldo. Horas depois postaram outra informação tentando aliviar o mico. A Lei prevê diversas penalidades para aqueles que contribuem para a disseminação de notícias falsas, considerando a gravidade e a reincidência.

 

Caixinha de surpresas

O normal seria deixarem a baixaria de lado e partirem para a disputa pelos votos. Muita coisa ainda vai acontecer ao longo do tempo, vai saber? O debate ainda nem começou. Não há necessidade de usarem artifícios estapafúrdicos.

 

Sacudiu o balaio

Bem na hora do almoço da terça-feira eis que surge a notícia de mais um desconforto por parte do vice-prefeito Francisco Sampaio, inconformado em não receber o bastão das mãos de Chico Brasileiro, ao resolver visitar a Praça da Paz Celestial, logo ali na China, afinal são apenas 17.679 km. Não deu outra, o Delegado foi ao Juízo da Vara da Fazenda Pública da Comarca e ingressou Mandado de segurança, com pedido liminar.

 

E a ação prospera?

Uns dizem que não, pois a viagem do titular é do tipo zapth-vupth; um bate e volta, com risco de permanecer mais tempo em avião que no destino. Dificilmente irá olhar as Muralhas. O prefeito precisaria autorização do Legislativo se ultrapassasse 15 dias em viagem, e assim, transmitiria o cargo como manda a Lei. Mas como foi e já vai voltar, optou em não preencher o gabinete dando trabalho ao vice.

 

E precisava?

Os argumentos que defendem o Delegado Sampaio demonstram um sentimento de profunda mágoa, uma vez que o Chico prefeito viajou outras vezes e passou o cargo. Em algum lugar exercita a bola de cristal, alegando que viagens longas são cheias de contratempos e a cidade merece um prefeito. O parágrafo em questão chamou a atenção de várias pessoas:  “Ora! É direito meu, dos excelentíssimos juízes, promotores, do Sr. Zezinho da mercearia, da dona Joana da padaria da esquina, da criança que vai à creche e também de qualquer pessoa residente em Foz do Iguaçu, de ter um prefeito, pois as decisões políticas urgentes não podem aguardar ao bel prazer do regresso do Prefeito, que estará na China, muito longe daqui e não em São Miguel do Iguaçu, que em 30 minutos pode voltar”.  Uma coisa é certa, da próxima vez que resolver se candidatar à prefeitura, Chico Brasileiro se debruçará na meditação profunda na escolha de um vice. Deixa o delegado assumir Chico! Tá difícil aguentar essa choradeira. Nos poupe!

 

Certa vez…

No passado não muito distante, aconteceu situação similar: o prefeito resolveu viajar e relutou passar o cargo pois o vice andava um tanto arisco, com ares de revolta. Mas a pressão foi grande e não houve jeito, porém, o titular se precaveu; fez reunião com o secretariado e deixou uma agenda de atendimento pronta. O vive teria o trabalho de atender uma considerável lista das pessoas mais chatas da cidade, tranqueiras de todas as espécies e pessoas que viviam em busca do desperdício de tempo. Resultado: em três dias o vice não apareceu mais no gabinete, começou a inventar que estava doente, impossibilitado ou em viagem pela região. Pensa uma maldade dessas?

 

Entressafra

É plenamente justificável um prefeito viajar para defender interesses da cidade, ainda mais quando o nome dela é Foz do Iguaçu, de muita expressão e internacionalidade. É uma época tranquila para o prefeito viajar, dizem. Nisso, pelo menos não há questionamento. Até os opositores estão em silêncio, porque sabem que um dia enfrentarão situação semelhante. Viagens internacionais e com roteiro pré-estabelecido pelos anfitriões é coisa de certa forma complicada, muitas vezes chata. Pensa ir dar broto de bambu para urso panda comer, ou apreciar uma ópera chinesa? Ou precisar ainda beber um pote cheio de sopa com baba de gaivota? Há quem adore essas aventuras!

 

O observatório político

Corvo abençoado, bom dia, que barbaridade essa arrumação de casa para as eleições hein? Concordo com a tua análise, tudo se encaminha para a “tripolaridade”, ou seja, General, Paulo Mac Donald e Sâmis na disputa. É assim que o terreno irá se acomodar. Estão fazendo blocos e frentes, mas elas devem se somar aos três nomes. Se for assim, teremos candidatos para todos os gostos. Tá de bom tamanho.

Eleodoro V. J. Vargas

O Corvo responde: prezado, é um desenho que o Corvo faz, mas claro, isso poderá mudar. Uma que a todo momento surgem novidades na Justiça. Uns dizem que serão mesmo os três candidatos, mas com o advento do segundo turno, há a possibilidade de aumentarem a lista, com o ingresso dos populares “laranjas”. Isso ninguém merece. Ao que se sabe, há alguns ensaios por conta de aventureiros, gente sem expressão e que aproveita a ocasião para aparecer e tumultuar o processo. É na verdade um grande tiro no pé, porque a divisão dos votos é uma loteria, ainda mais no advento de um segundo-turno. A experiência dos políticos iguaçuenses é “zero” na novidade.

 

Recorde

Prezado Corvo, pelo que vejo, teremos um recorde absoluto de candidatos às vagas de vereadores. Onde vou escuto alguém falando que vai se candidatar. Até a minha avó já brincou com isso, os vizinhos começaram a encher a cabeça dela e agora está pesquisando um partido, imagina? Se bobearem haverá mais candidatos que eleitores.

Francisco J. C. Silva

O Corvo responde: se houver o aumento do número de vereadores é possível que ocorra mesmo um recorde de candidaturas. A vocação política parece aflorar em muita gente, dá para notar nas eleições de presidência de bairros, Conselho Tutelar, e em tudo o que há necessidade de escolher representantes. Parece que o assunto do aumento de cadeiras na Câmara está em estudo profundo, inclusive com a ajuda de um matemático, revelaram a este colunista.

 

Conversas, conversas e mais conversas

Prezado Corvo, com um possível alinhamento entre as correntes políticas o que não faltam são encontros em busca de soluções milagrosas. Há muitos atores na fritura dos miolos, por outro lado, existem os que não estão esboçando preocupações e são poucos. Vai ver é essa gente que mantém os pés no chão. Quem sabe o que faz, não se precipita e no fim se dá bem. Teremos um embate entre o velho e o novo?

I.K.L (O leitor pediu para não ter o nome revelado).

O Corvo responde: depende, prezado. Muitos políticos antigos não podem ser chamados de “velhos”, porque se atualizam e trabalham com força e vigor. Há, no entanto vários políticos novos que agem como antigamente. Tudo não passa da aplicação dos valores e a população sabe julgar bem isso. Quem atua com ética e responsabilidade, independentemente de ser velho ou novo, se dará bem. Quem faz o contrário ficará no ostracismo, o “lost” da política. 

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