No Bico do Corvo

O PT e a colisão meteórica

A reunião do Partido dos Trabalhadores de Foz, ocorrida na noite da segunda-feira foi no mínimo acalorada. Isso se deu após a entrega de uma carta assinada pelo secretário de Governo Nilton Bobato se colocando oficialmente como pré-candidato a prefeito. Vixe!

 

O despertar da ira de Vitorassi

Parece nome de episódio da série Star Treck. Acontece que até então o único pré-candidato da sigla era o Dito Vitorassi. Contaram ao Corvo que ele estava até querendo desistir, mas pelo visto isso não passava de “pegadinha”. Com a carta do arquirrival Bobato, iniciou-se outra etapa do furdunço partidário e esse processo de disputa interna aponta para um quadro em nada estável. Corre-se o risco de o partido entrar rachado e em guerra na eleição. Tomara achem um recuso para acalmar a turba.

 

Não gostou

Dilto Vitorassi entrou em contato com o Corvo e reclamou da nota. Disse que o colunista poderia pelo menor ter ligado e perguntado “se a sua possível desistência era verdadeira”. Uma coisa é certa: não há e ao que parece, não haverá chance de um acerto entre ele e o Nilton Bobato. “Minha candidatura segue firme e forte não tenha dúvida: se por ventura Bobato se viabilizar meu apoio ele não terá”. No sentido contrário, se preguntarem ao Bobato se apoiaria ou não o Vitorassi, não ouviriam resposta contundente.

 

Se continuar assim…

O temor de alguns partidários é que se as coisas seguirem nessa balada, o PT pode acabar não definindo candidato e muito menos uma chapa de vereadores competitiva para 2024. Isso pode deixar o partido novamente sem mandato na cidade. A teoria tem lá fundamento, porque entrar na eleição fissurado não é agrega em absolutamente nada.

 

Onze da noite

Foi quando acabou a reunião do PT. As conversas se tornaram cansativas e havia até pessoas dormindo nos cantos da sala. No frigir dos zigotos, houve quem considerasse que a “presidenta” Maristela não detém condições para conduzir o grupamento. Pelo menos uma filiada disse isso, em bom tom.

 

Destino

Depois de tempos conturbados e a observação dos caciques curitibanos, o PT local formou um diretório no fim das contas conflituoso, até mais beligerante. Há quem diga que isso pode causar o que ninguém quer: Gleisi Hoffmann desembarcando em Foz e puxando a orelha do povo. Já pediram até mesmo a conciliação do Ênio Verri. Pensa, o homem envolvido com as negociações do Anexo C, e precisar desviar a atenção para lidar com algo assim? Tenham dó.

 

Pensamento coletivo

Às vezes os partidos políticos precisam abrir um pouco as janelas e deixar o ar entrar, para respirá-lo. É quando percebem que as coisas mexem com a cabeça do eleitorado. O Corvo conversou com algumas pessoas e a opinião é geral: o PT aceitou Nilton Bobato sabendo que ele não ficaria quietinho, imóvel, desprezando seu poder de articulação. O normal seria baixarem a crista e discutirem estratégias de encarar e tirar bom proveito da eleição e não se autodestruírem. Já terão sérios problemas para enfrentar os adversários, logo, é hora de se arrumarem e não bagunçarem o coreto de vez.

 

Os outros partidos

Se há algo que os adversários adoram é essa fuzarca petista. O que odeiam é o partido unido, coeso, com objetivos definidos. Em condições assim o PT é uma muralha, ainda mais com Lula no poder, escalando favoravelmente a opinião pública; Gleisi na presidência, deputados como o Zeca Dirceu pintando e bordando e ainda por cima com o Ênio Verri dirigindo o lado brasileiro de Itaipu. Foz, com tantas encrencas, parece desperdiçar o momento. E é assim que o povo vai correndo por fora, armando alianças, construindo plataformas eleitorais consistentes.

 

O panorama

Fora as discussões petistas, o restante caminha. O General Silva e Luna trabalha a união da direita, mas isso depende muito do deputado federal Vermelho, do PL, partido ainda bem controlado pelo Jair Bolsonaro. Por este prisma, articulam a possibilidade de apoiar Paulo Mac Donald Ghisi em caso de se livrar do impedimento; Sâmis da Silva está construindo uma base, trazendo para o seu lado antigos companheiros. Novos nomes surgem e põem a cara. A caravana está passando. Só o PT não viu.

 

Sâmis quietinho

Isso tem explicação. O ex-prefeito está no PSDB e deve permanecer no partido, ainda mais se acontecer a eleição para o Senado, para suprir a vaga de Sérgio Moro em caso de afastamento. Sâmis está na sombra de uma negociação entre Beto Richa e Gleisi Hoffmann. O ex-governador abriria mão da candidatura em favor da petista e em troca, formalizariam uma aliança para eleger candidatos tucanos com viabilidade em várias cidades paranaenses. Foz é uma delas. Sem Paulo na disputa, Sâmis aparece na preferência dos iguaçuenses. Com o Paulo, ele fica em segundo lugar. Se essa engenharia acabar acontecendo, em nada vai adiantar a encrenca no PT para escolher prefeito. Possivelmente se unirão ao PSDB.

 

E se não der?

É aí que o Sâmis poderá se mudar para o MDB, como muita gente quer. Seria algo impactante pelo saudosismo, com o apoio de um ídolo da política local, o Dobrandino Gustavo da Silva. Ninguém ao certo sabe avaliar o que poderá acontecer. Disseram ao Corvo que o Sâmis  está convicto de disputar eleição seja no PSDB ou MDB.

 

O que o Paulo pensa?

Aí é preciso perguntarem para ele, com o risco de se receber várias respostas. Isso exigirá um esforço de imaginação para decifrar o que pensa. Mas vamos exercitar: se o Paulo conseguir participar da eleição, terá o apoio do Vermelho, Matheus, Giacobo, e de uma ala do PSD, possivelmente contando com o governador Ratinho Jr. Se essa frente se concretizar, possivelmente aparecerá o ex-presidente Bolsonaro. Seria uma composição de centro-direita.  Bom, são conjecturas deste humilde colunista.

 

Conclusão

Para um lado pode ir o Samis, Bobato, Chico, parte dos vereadores, o povo do PT e partidos alinhados ao governo Federal; na outra ponta poderá estar o Paulo, Vermelho, Matheus, Luciano Alves, Tércio, Beltrame e dependendo alguns nomes novos em proeminência. Bem conversado é possível que tragam junto o General. Esse desenho quem fez foi um atento especialista na política local. Se o processo se desenvolver assim, nem se precisaria o segundo turno. Há nomes de fora que podem influir e muito em matéria de peso eleitoral, mas isso fica para depois.

 

E as novidades?

O mundo da política pode ser esbarrado por outras vias. Tem gente que trabalha ao “estilo mineiro”, de boca fechada e quando o povo menos espera, acaba surpreendido. Há uma pessoa muito boa de tabuleiro e joga com peças sólidas e movimentos certeiros. Se contar com um canhão de grosso calibrem então, pode fazer a diferença.

Pensando grande

O José Elias Castro Gomes postou uma notícia muito interessante nas redes sociais. O Corvo pensou em reproduzir, mas o texto já havia sido lido por toda a cidade, logo a decisão é de comentar o fato. Trabalhando quietinho, o empreendedor trouxe para Foz a FM Massa, uma das líderes de audiência no Paraná e que assumirá o dial da tradicional FM Itaipu. Depois de comprar a emissora, José Elias fez um silêncio ensurdecedor quanto aos rumos do veículo, e a fusão com o Grupo Massa pegou a cidade de surpresa.

 

Ficha de êxitos

Em tudo o que o José Elias colocou a mão deu certo, até mesmo no governo, onde conseguiu a façanha de tirar os barões do transporte do cenário. Mas olhando mais o passado, ele inovou no setor da Educação e em outras atividades empresariais, até se tornar um homem da comunicação recentemente. Se aproximando do Ratinho, podemos afirmar que a estreia foi em grande estilo.

 

FM Massa

Houve no passado um laboratório de implantar a emissora, mas acabou atuando mais como rádio web, para marcar território. Entrando na frequência modulada da Itaipu, 105,7, a programação deverá integrar a microrregião com força. Segundo este colunista apurou, será um canal para as grandes discussões na cidade, ancorado por profissionais de gabarito, onde as estrelas serão os entrevistados. Esta é a personalização da rede, diga-se, valorizar as ideias e as pessoas. Em breve saberemos mais sobre as evoluções radiofônicas. A data prevista para a estreia do “novo” conceito de emissora é no próximo dia 20 de novembro com a presença do empresário e apresentador Ratinho e possivelmente do filho, o governador Ratinho Jr. Na data será realizado um megaevento da AERP em Foz, sempre prestigiado por autoridades. Certamente o lançamento da FM Massa roubará a cena.

 

O fim das rádios piratas

Não faz muito tempo o mercado era inundado de emissoras ocupando o dial, em geral, com o sinal transmitido do Paraguai e Argentina. Isso ainda acontece, mas os governos dos três países resolveram acabar com a festa e acordaram uma regulamentação. Várias emissoras estão migrando para a “web”. Bom, quem não migrar, pirata ou não, sofrerá com a audiência. Hoje tudo acontece na internet, com apoio das redes sociais. Dizem que a internet mudou o mundo, porém a planificação do meio deve aprimorar o sistema de comunicações, a começar pela segurança e qualidade de transmissão. A geração 5G e a inteligência artificial já causam efeitos.

 

Briga de foice

O mercado está estabilizando. Há um pouco de tudo disponível em matéria de comunicação e quantidade não quer dizer qualidade. Existem sites muito lidos por formadores de opinião e que fazem a diferença pela credibilidade. Esses endereços estão ligados a outros veículos, como emissoras de televisão, rádio e jornais. Há também alguns endereços eletrônicos que pontuam na preferência de quem busca boa informação. No mais, existem até redes sociais informativas dos bairros e que funcional plenamente. A comunicação mudou, mas se não possuir qualidade e credibilidade, não irá à lugar algum.

 

Previsão do tempo

Todo mundo dá de perguntar isso ao Corvo. Acontece que os amigos empreiteiros levaram uma ré nos últimos dias precisam safar os prejuízos. O Corvo sempre pesquisa em dois endereços e a margem de acerto é bem grande. Tudo indica que choverá amanhã, quarta-feira e depois o tempo firma até domingo. De segunda-feira (13/11) em diante, lá vem água novamente. Um bom dia a todos!

 

 

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