No Bico do Corvo
É tudo culpa dele?
Bolsonaro desafinou enquanto presidente, soltou a rédea do bonde ele desceu ladeira abaixo. Muitos reflexos de sua administração ainda perduram, mas é correto acusar tudo o que acontece no Brasil como fosse culpa do ex-presidente e seus seguidores? Cada ponto merece uma análise, como é o caso da onda de crimes no Rio de Janeiro. Será que as milícias são controladas por bolsonaristas, e que a motivação é política? Os grupos criminosos imperam por lá faz muito tempo, e se matam, guerreiam pela posse de áreas, recrutam crianças, exploram o gás, a telefonia, a água e até a rede elétrica. Os governos atuam com tato, porque qualquer faísca resulta em truculência policial. As favelas cariocas são tão armadas quanto os dois lados da Faixa de Gaza. As autoridades estão longe de controlar essa guerrilha urbana.
Cidades
Localidades como o Complexo do Alemão, Rocinha e adjacências são maiores que muitas cidades brasileiras e somam centenas de milhares de moradores. Embora o esforço de ONGs, entidades comunitárias e associações, quem manda é o crime e assim operam o que chamamos de “marginalidade”, e em muitos casos condenando o Estado. As milícias julgam, condenam, legislam e administram cada palmo de chão. Quem conhece a situação e convive com ela diz que não há solução. Por mais os governos organizem operações, maiores são as chances de brutalidade dos dois lados e quem sofre é a população. Logo, isso não é culpa do Bolsonaro e nem de sua trupe. Os criminosos podem se apropriar de jargões políticos, como já o fizeram usando os movimentos de esquerda, mas atuam por força própria e com uma organização paramilitar complexa; uma rede que envolve as estradas, portos e aeroportos, com gente infiltrada nas polícias e até arsenais das forças armadas. É uma situação de conflito permanente. Mudam os governos e a situação só piora, aumentando a pressão.
No Paraná
Em algumas áreas da Região Sul e Centro Oeste o crime está aparentemente sob controle, dizem os entendidos. Mas de qualquer maneira, as regiões são afetadas porque possuem estradas e acessos por onde introduzem armas e munições. Esses “canais de abastecimento” são em parte controlados por bandidos. O governo quer saber se isso conta com o apoio de geste que deveria trabalhar protegendo a sociedade. O governo do Paraná tem investido na compra de viaturas e equipamentos de combate ao crime. Em Santa Catarina e Rio Grande do Sul os investimentos são menores.
Desproporcional
O Corvo fez uma comparação dos bolsões de violência no Brasil, com o que acontece nos conflitos, mas é apenas uma aparência tática, observando o uso de armamentos de grosso calibre e munição pesada. Guerras são terríveis e incomparáveis. No mais recente conflito, em menos de 15 dias, quase 6 mil pessoas morreram em Gaza, desse número, 50% são crianças e idosos. A pressão israelense é muito forte, beira o genocídio contra palestinos. Mas também há ocorrência de mortes de israelenses, soldados e cidadãos. O problema é que Israel mascara os dados. Segundo a CNN os números são parelhos.
A guerra política em Foz
Contaram para o Corvo que os bastidores estão um tanto tumultuados, mas os assuntos estão travados, de maneiras que não se tornem públicos no momento. Isso se deve à grande quantidade de pessoas que ameaçam migrar entre os partidos. Quem está ligado no assunto compara a coisa como uma revoada de patos, de um lado ao outro, com gente dando cabeçada na porta de um partido.
Caso estranho
O Corvo por tudo tentou descobrir o nome dos coadjuvantes, mas há um caso em que fizeram reunião em um partido, as promessas foram sacramentadas e meia hora depois, as mesmas pessoas foram vistas em outros diretórios, tratando de posicionamentos diferentes. Pensa? Bom, isso tem nome: “política”.
A Queda – Os últimos dias de Hitler
O título pouco tem com a nota, mas revendo o filme, por esses dias, há uma cena em que figurões do nazismo discutem a possibilidade de usarem a política como um meio de conversar com os aliados, uma vez que a guerra se aproximava do final. Olha ao que chegaram: o autoritarismo era tamanho, que desaprenderam como fazer política! Isso acontece nos dias atuais, quando algumas pessoas se julgam acima daquilo que propõe a democracia.
É hoje?
Não é! A ansiedade está tomando conta de algumas pessoas. Elas usam as redes sociais informando que hoje, até o final da tarde devem sair decisões no STF e uma delas diz respeito à alforria de Paulo Mac Donald Ghisi. Há uma antecipação de 30 dias no assunto, a audiência estaria marcada para o dia 27 de novembro! Até o Corvo foi na onda da torcida e quase se deu mal.
Escravidão?
Não que o Paulo enfrente uma condição de escravidão, mas ao que parece, é difícil se livrar dos grilhões judiciais, “é pior que o tronco”, teria desabafado para amigos. O peão ser surrado e não poder fazer nada, é mesmo uma situação muito desconfortável.
O povo deve saber
Se a audiência de 27/11 não for adiada, a cidade saberá bem perto do final do ano, se o Paulo poderá disputar as eleições. Dizem que mesmo assim, em caso de manterem condenação, ele ainda contará com as famosas “liminares”. Aprendemos que a liminar é uma saída bastante chata, porque os adversários dirão em campanha que “se o Paulo ganhar, não vai levar”, como aconteceu nas duas últimas eleições.
Os outros
Todos estão nas moitas esperando a decisão, porque eleição com o Paulo é uma coisa e sem ele, é outra. Se o Mac ficar de fora, a tarefa se tornará mais fácil para os “Silvas” ou seja, Sâmis da “Silva” e o General “Silva” e Luna. Mas há variantes sendo planejadas, como a possível participação do deputado federal Vermelho; a composição com Luciano Alves e nomes novos como é o caso de Aírton José de Jesus.
Lá vem o Aírton
Ele trabalha quietinho e é um oponente difícil a todos os candidatos. Tem explicação: o comunicador e advogado conhece a cidade como poucos e sabe em detalhes o perfil de todos os candidatos. É alguém para não ser subestimado em hipótese alguma.
Expectativa x Realidade
O perfil no Instagram da Câmara Municipal de Foz postou uma visão da “Inteligência Artificial” no espaço do Legislativo em Foz. O resultado, apesar de bonitinho e simpático, virou piada nos grupos de zap-zap da cidade, uma vez que o prédio atual da Câmara não tem nada de belo, é um estrupício com tentativas de embelezamento, arquitetonicamente falando, uma vez que foi construído originalmente para abrigar um banco. “Os políticos enganaram até a inteligência artificial”, alguém comentou nos grupos. O desenho realizado pelo computador não serviria nem para abrigar a casinha do Papai Noel.
Decisão certa
Primeiro a Câmara precisaria deliberar outras questões, como é o caso de uma projeção futura para o Legislativo. Quantos vereadores a mais, Foz poderá abrigar no futuro? Taí algo que interfere diretamente na construção de um edifício, pois é necessário planejar o número de gabinetes, espaços para assessores, sala de imprensa, banheiros, áreas de dispersão, plenário… é uma tarefa.
Lá fora
“O Brasil é muito sultuoso quando o assunto é prédio público”, escreveu uma internauta, na discussão da foto do Legislativo. Depois de alguns minutos a mensagem sumiu. Ela pode ter errado no emprego da palavra, o correto é “suntuoso”, mas não erro em nada quando o assunto é a pratica. Nas sessões itinerantes, por exemplo, os vereadores delibarem em associações de bairros sem o menor dos problemas. Alguns se sentem até mais confortáveis. Na maioria das cidades norte-americanas, vereadores trabalham em centros públicos e mantém os gabinetes em casa. É assim em outros países, na proposta de economia do dinheiro público. O que mais importa é o vereador perto da população, não o contrário. P.S. As pessoas escrevem a palavra “Sultuosa (o)”, em razão dos edifícios utilizados pelos “sultões” de antigamente, grandes palácios míticos e que não serviam ao povo.
Problemas e mais problemas
Quem trabalha na Câmara vive reclamando da estrutura: banheiros inadequados, goteiras, mofo e falta de janelas. E isso não é culpa do atual presidente da Casa, mas da sucessão de gestores que não resolveram os problemas e nem partiram para um projeto de outra Casa de Leis. Toda a vez que tocam no assunto surge a ideia de um novo Centro Cívico, comportando a Câmara. Daí é que o tema sempre é adiado.
E como é que ficou?
Prezado colunista como leitora assídua de sua coluna e diretamente interessada em uma porção de assuntos, gostaria de saber como ficou resolvido, ou quais as providências acerca do pedido de entrega da área ocupada pela UNILA no Jardim Universitário. O que sabemos é que isso te tornou um tema recorrente entre alunos, professores e funcionários da instituição. Parece que há uma crise no campus.
M.L.D (A leitora pediu a nossa consideração em não ter o nome publicado, apenas a iniciais).
O Corvo responde: prezada, o que sabemos é que há uma negociação em curso, onde se inclui inclusive a possibilidade de aquisição da área. Como farão isso ainda é cedo para saber. O fato é que toda universidade possui um projeto de expansão e cedo ou tarde a UNILA precisará de mais instalações. O Corvo está apurando o resultado de uma reunião ocorrida por esses dias. Nossa intenção é simplesmente informar, sem que isso atrapalhe os entendimentos. É importante que as partes cheguem a um acordo.
Mudou
O “Paraná Rosa”, evento gratuito, com serviços de saúde, emissão de documentos, oferta de empregos, orientações jurídicas, dentre outros, não será mais realizado amanhã, conforme anunciado inclusive na capa deste jornal. A informação dando conta do cancelamento foi anunciada ontem. A previsão de chuvas inviabiliza a realização de uma programação de serviços à céu aberto e que propõe receber muitos interessados e necessitados.