No Bico do Corvo
“Pau” em todo mundo…
É preciso um certo discernimento para compreender o título, porque a palavra “pau” não é necessariamente um pedaço de madeira, tampouco o órgão sexual masculino. Não é palavrão, porque se fosse, as crianças não cantaria “atirei o pau no gato-to…to..”. Diga-se essa música é quase um crime contra o mundo animal, e precisa ser atualizada. Mas o “pau” em questão, é o da “pauleira” política, onde inconformados, puxa sacos de plantão, e “pau-mandados”, atacam pessoas que se expõem, com vistas às eleições do ano que vem. Anda sobrando para todo mundo!
Pau no Chico
A Corva interina tem lá o seu hábito de olhar as redes sociais. Isso não faz parte da rotina, mas alguns abusos despertam a atenção. Quase sempre que publicam notícias sobre a administração pública, por melhor que possa ser, surgem os agourentos pegando pesado. São sempre os mesmos, e agem sem dó e piedade em todos os níveis de agressão. As maledicências críticas são em quantidade muito maiores, a perder de vista, que os comentários ponderados e em situação assim, é difícil uma pessoa se expor elogiando a ação, porque acaba apanhando também. O que dá para entender, é que há uma onda política por traz disso, bem articulada e preparada para o plano pré-eleitoral. Essa horda de destruição prejudica a cidade.
Pau nas medidas
Chico tem adotado uma série de medidas técnicas que são boas e beneficiam a coletividade, um exemplo é o cartão para a compra de materiais escolares, com valores reajustados. Milhares aliviaram o orçamento no início do ano e se sentem mais seguros com o apoio; o mesmo acontece no transporte público, com quase 40% da população abarcada, por meio de isenções ou descontos. Há outros exemplos, mas os citados aqui, são eficientes e merecem tanta “pauleira”? Quando os críticos não têm mais o que dizer, inventam situações ridículas e sórdidas, com baixo calão e acusações sem cabimento. Calma povo, há sim o que criticar o prefeito, mas isso pode acontecer de maneira mais civilizada e educada. O cidadão precisa contestar, mas deve fazê-lo com altivez e respeito.
Pau no Paulo Mac
O disco de massacre contra o ex-prefeito já está furado. Repetem sempre a mesma coisa: “Paulo não pode se candidatar, se ganhar não vai levar e perderemos tempo com outra eleição”. Pior, só escrevem isso, o tempo todo. Não conseguem encontrar um único outro motivo, isso cansa e enche o saco. Que medo é esse? E lendo o rol de comentários, é possível notar a falta de conhecimento das pessoas, como usassem um cabresto e sintomaticamente ficam repetindo o besteirol. É a Justiça quem vai decidir e se não for possível, ele não será candidato e fim de papo.
Pau no Sâmis
Beira o ridículo alguns comentários contra o Sâmis da Silva. Um cidadão elencou uma lista de atividades que seriam de seu governo, mas eram do Daijó, Dobrandino e Álvaro Neumann. Sâmis ainda era piá pançudo, derrubando manga do pé para comer com sal, quando espalharam a pavimentação poliédrica em alguns bairros mencionados na postagem.
Pau no General
O Corvo disse, para esta Corva interina, que nunca, em toda a história recente da cidade, desde que ele acompanha a política, surgiu uma figura tão meteórica como o general Silva e Luna. Dos anos 80 para cá, os políticos iam se alternando com propostas muito parecidas, o General faz diferente e conversa com dezenas de pessoas, emplacando a ideia de um CEO para a cidade. Infelizmente não será possível “contratar” alguém assim, a não ser pelo voto. O tempo passa e continuam dizendo: “com o dinheiro de Itaipu o General pintava e bordava, com a grana da prefeitura não vai conseguir fazer muita coisa”. Se for assim, os outros candidatos também “não farão muita coisa”, o orçamento será o mesmo para todos. E chamam o homem de “paraquedista”, “aventureiro”, e a pior das críticas é dizer que ele não conhece a periferia, quando em verdade, não sai de lá.
Pau no Tércio
E falam: “o Tércio Albuquerque não conseguiu se eleger em Quatro Barras e voltou para tentar eleição em Foz”. E o mais engraçado é a maneira que tentam desenhar já desqualificando o perfil do ex-deputado e ex-prefeito de Foz, sem saber de sua história ou pelo menos terem vivido os tempos em que participava da política da cidade. Boa parte dos que “pregam a língua” nele nem tinham nascido. Tércio conhece a cidade a fez parte dela muitos e muitos anos depois de ser prefeito e deputado. Atuou em áreas importantes da Binacional. Calma lá, o homem merece respeito.
Pau no Vermelho e Vermelhinho
Bom, pai e filho deputados não escapariam dessa lavação cibernética de besteiras, pois basta fazer alguma coisa para se tornar alvo. Embora Vermelho e Matheus se mantenham firmes no propósito legislativo, há quem fique o tempo todos usando o nome de um ou outro como ameaça: “se não tiver jeito, o Vermelho terá que encarar a eleição”; “o Matheus é o vice perfeito para este ou aquele”. O que falta, na realidade, é perguntarem para eles o que pensam sobre o processo. Ainda é cedo para avaliar o terreno, como algumas pessoas estão fazendo.
Pau no Luciano
Outro que também apanha é o deputado Luciano Alves, o caso é que ele aceita a pauleira com discernimento e certa naturalidade, pois acontecia assim nos tempos de apresentador de TV. “Luciano atende demais a política do Ratinho, deveria se soltar um pouco”, escreveu um leitor. Não dá para entender direito o que quer dizer isso: “se soltar”. Políticos se amarram aos blocos partidários e colocam o mandato em jogo se agirem em desacordo com as bases.
Pau no Vitorassi
A ebulição no PT acerta em cheio pelo menos um dos valorosos filiados e ele é Dilto VItorassi. Será que se importa? Dizem que não liga, pois se confessa um “acostumado e nem lê as redes sociais, a não ser quando dá de postar alguma coisa”. Como ele é queixo duro, as críticas lhe são um pouco mais moderadas. O problema do Dilto é o fato do Nilton Bobato ingressar em seu partido e sentar na janelinha. As coisas andam meio calmas por esses dias, mas devem se acalorar em razão de um fato novo que está se construindo, mas que a Corva não ousa antecipar.
Pau no Enio
É o que menos apanha, porque todo mundo está de olho na grana da Itaipu, logo, não é um momento oportuno para desossar a Binacional. O máximo que pega no DGB é o fato da proximidade com o presidente Lula, Gleisi Hoffmann, dentre outros. As críticas são facilmente identificas, pois surgem das trincheiras bolsonaristas e elas estão se organizando para as eleições do ano que vem.
Pau no Ratinho
Basta ser governador em segundo mandato para entrar na fila da confusão. Acertar o Ratinho antes, é um jeito de prejudicar os que virtualmente serão apoiados por ele. Há uma onda de acusações em curso, a começar pelas obras da Perimetral Leste, tri-atrasadas. “Os governadores não ligam para o Oeste, só se dedicam ao litoral e capital”, disse um leitor esses dias, por meio de carta.
Pau nos pedágios
Eles ainda bem voltaram a funcionar e a rede desclassificatória está mandando ver. “Qualquer valor acima de R$ 5,00 é muito caro, levando em conta as estradas e como estão”. Podem se preparar que os valores cobrados nas praças serão bem superiores, beirando R$ 10,00, e acima do valor em algumas localidades. Pedágio sempre estará na ponta da insatisfação popular.
Pau nas obras
Às vezes a Corva interina desiste de olhar as caixas postais, tamanha a quantidade de rancores envolvendo os desvios e providências no curso das obras estruturantes. Gente, é preciso conviver com isso, entendendo que um dia acaba. O problema é que em alguns locais, parece não acabar nunquinha. Onde há obra, há incômodo com barro, poeira, limitações de trânsito, buracos e outras situações. É necessário ter paciência.
Pau nos desvios
Os moradores da área Sul da cidade estão inconformados em precisar utilizar os desvios para acessar o Centro da cidade ou mesmo ir em sentido contrário. É o que vai acontecer depois que os acessos estiverem prontos. O povo de Foz não está acostumado com isso, em andar um ou dois quilômetros a mais, até porque a gasolina está cara. Quem mora na Vila Carimã, por exemplo, terá que ir até às proximidades do Golf Clube para alcançar o retorno. A ginástica não será menos para quem viver no Jardim cataratas e em alguns lugares do Porto Meira. Há comerciantes em pé de guerra.
Pau nas Pontes
As duas apanham. Uma porque mesmo em dias de pouco movimento se torna intransitável e a outra, a nova, pelo fato de não contribuir ainda para absolutamente nada, segundo informações, servindo até para transeuntes suspeitos. Quem diria, tem gente que reclama até da imunização da Roda Gigante, dizendo que as galinhas não dormem e o galo anta em horários errados, cada vez que um luz acende. Que barbaridade!
Pau nos novos
Não há quem se salve das saraivadas e tentativas de cancelamento, a exemplo de figuras como Adnan El Sayed, João Morales e vereadores que arriscam indicar o nome para a disputa no executivo. A Corva interina não é boba e nem nada e sabe de onde vem a enxurrada de desabafos contra os vereadores. Eles também sabem e entendem que isso faz parte do jogo. O político aprende que precisa estômago de avestruz, daí, levam a situação numa boa.
Pau na Corva
E se alguém pensa que esta colunista interina está livre das críticas, se engana. Jornalistas também são desossados nas redes sociais, mas lidam com isso com tranquilidade. O Corvo, por exemplo, adora. Há uma frase repetida nos meios políticos e sociais da cidade: Quando o Corvo está rindo, alguém está se ferrando. Ele diz que não é bem assim, apenas calcula o ambiente e como sobreviver nele, afinal, períodos pré-eleitorais são selvas implacáveis. Quem entrar nela, precisa se adaptar rápido, do contrário será consumido por germes e insetos. É difícil.
Pau até no santo
Para encerrar, tem gente se queixando de São Pedro, porque segundo dizem, é quem regula o botão do clima. Mas olha, isso de fato é um problemão. A Corva foi dormir com calorão e acordou tremendo de frio; até os bichos estavam de cara feia. Na terça-feira tomaram um jato de mangueira, chuparam sacolé, foram abanados de tanto calor, e, no amanhecer da quarta-feira estavam amontoados tremilicando. Não devem estar entendendo nada. Aqui vai um abraço da Coirva interina, que já se prepara para fazer as malas. Mais uns dias e acaba a mamata de escrever.
- Corva Interina, 28/09/2023