No Bico do Corvo

Direita ou esquerda?

Os brasileiros escutam os políticos e ficam pensando. O fato é que muitos não entendem fatores como o conservadorismo e termos que antes nunca foram tão discernidos em períodos eleitorais. Bolsonaro aparece na Tv e diz, “estamos levando o Brasil mais para direita e centro”, até porque fica meio complicado definir o “pensamento da direita” ou o contexto ideológico. E também não é diferente quando o assunto é a “esquerda”.

No fundo… no fundo…

A maioria dos brasileiros não associa os governos à ideologia, é uma dura realidade. “Comida na mesa, gasolina barata, trabalho, saúde, segurança e educação para os filhos é o que mais interessa”, disse uma pessoa ao Corvo, o que ajudou a motivar a publicação destas notas, inclusive. Em outras palavras, o brasileiro avalia a política pelo que ela oportuniza.

Conceito preliminar

Na encrenca eleitoral, o que está em voga é o antipetismo e o bolsonarismo, correntes divergentes, opostas, onde predomina o senso de “um não querer o outro”. As nuances são as mais diversas, algumas até geram um certo medo, pois estão calçadas no radicalismo ignorante. Há isso nos dois lados. A pequenice esmaga a grandeza, quando as esfinges de Bolsonaro e Lula sobrepõem a realidade e o bom senso. Isso acontece por meio da mentira, ilusão e enganação. Um faz isso para se defender do outro e o país está pagando o pato. Nunca, na história se viu um embate assim e em todos os aspectos, a começar pela imbecilidade e baixo nível.

Boca dura

Todo mundo sofre com a falta de compreensão e o excesso de burrice de algumas pessoas, é exatamente aí que mora a intolerância. O Corvo recebe muitas notas de leitores, mas entre elas, algumas colocações estapafúrdias, sem nexo, insultando jornalismo e a comunicação séria. Há quem acredite que não há mais a necessidade de produção de notícias e que tudo deve ficar por conta das redes sociais. É aí sim que a vaca irá para o brejo, porque não há credibilidade nas redes, todas as notícias, as verdadeiras e as falsas são recebidas com cruel desconfiança. Segundo um sociólogo amigo e que pediu para não ter o nome divulgado, um dia isso irá se depurar naturalmente, pois a mentira jamais, em tempo algum, vencerá a verdade, leve o tempo que for. Na prática isso pode não ser bem assim; a verdade só aparece porque as pessoas cansam da mentira. Isso demora.

Acaba?

Outro pensamento equivocado: “daqui uma semana e meia tudo isso acabará”. Não acabará coisa nenhuma e tampouco vai esfriar, porque o brasileiro acordou do berço esplêndido. Tudo indica que teremos uma discussão política bem mais acirrada e de inflexibilidades. Todo eleito irá pensar duas vezes antes de se posicionar ou emitir sinal de apoiar o outro lado, independentemente da necessidade, em precisar votar um projeto. Será pedreira. 

Criminalização das pesquisas

A Câmara trabalha um projeto de encoleirar os institutos na reta final, mas será que isso ajuda? Não ajuda em absolutamente nada. É um grande tiro no pé, porque não prejudica apenas a oposição, mas também o governo. Vai que Bolsonaro consegue superar Lula, e os institutos deixem de averiguar, com medo dos rigores legislativos? É de fato um assunto que merece muita discussão.

Quaest e Datafolha

A Quaest saiu logo cedo, ontem, com Lula nos 47% e Bolsonaro 42%. Já o Datafolha não deu tempo de esperar, mas os números tentem a afunilar, com os gráficos se encostando. Segundo os especialistas, alguns institutos devem divulgar as primeiras noções de um empate técnico, quando os números encostam na margem de erro. Se ela aumentar, isso acabará se tornando mais fácil de acontecer.

Lá vem o Brasil…

…descendo a ladeira. Uma coisa é certa, tanto Bolsonaro como Lula torcerão bastante para a Seleção levantar o caneco no Catar. Ganhar a Copa do Mundo é algo que pode ajudar e muito no trabalho de autoestima, independentemente quem vença as eleições. Com a euforia ficará mais fácil conversar com o povo dividido.

Humor em campanha

A peça bolada pelo marketing de Bolsonaro, com o título “farinha do mesmo saco” é simplesmente hilária. É quando o humor brasileiro se prevalece e consegue fazer todos rirem. Provavelmente até o Lula deve ter achado graça.

Seu Jorge

Isso é que estraga o humor, quando a turba atrapalha a cultura, afinal de contas, avacalharem a apresentação de alguém como Seu Jorge é algo bem torpe. Será que poderiam separar um pouco as coisas. E o trágico é a manifestação racista, endossando o pensamento político, ninguém merece.

A facada quatro anos depois

Taí um assunto que incomoda muita gente: o Adélio Bispo, autor da facada em Bolsonaro na campanha, em 2017. Há uma porção de manifestações e tentativas de ressuscitar o caso. Onde será o povo vai chegar com isso?   

A política local

Os iguaçuenses andam muito criativos. De uns dias para cá, cinco nomes já foram lançados para a disputa de prefeito. Que barbaridade! Isso que é vontade de fazer política. Derrotado em eleição deveria dar um tempinho e acalmar os ânimos. O saquinho das pessoas está bem cheio pelo momento.

Patrimônio

Passando os olhos na lista de votados, é de se concluir que alguns candidatos passaram a crer que construíram um patrimônio nas últimas eleições. Precisam cuidar, porque isso convertido em eleição municipal mal elege um vereador. O coeficiente é outro.

Falando grosso

E, além do mais, há quem ande falando grosso, pisando de salto alto, em razão do resultado. A notícia ruim para essa gente, é que fala grosso quem se elegeu e ninguém mais. Pode parecer triste para a maioria do que ficaram de fora, mas é verdade. No mais, muitos andam frustrados com a quantidade de votos que lhes foram conferidos nas urnas.

Impressoras 3D

A fabricação de armas preocupa a todos, porque há vários projetos bélicos sendo “esculpidos” por meio de impressão. Por outro lado, as impressoras têm prestado um grande serviço na fabricação de muitas peças que não existem mais, a começar pelas linhas automotivas. O Corvo resolveu o problema de uma engrenagem do freio da “jabiraca”, com a impressão 3D.

Mymba Kuera

Antigos companheiros de reportagem lembram como foram os dias nas barrancas enchendo de água, com o fechamento das comportas de Itaipu e também nas embarcações, cobrindo uma das mais fantásticas operações de resgate da fauna e que completa 40 anos neste mês. Pode parecer brincadeira, mas um dos primeiros bichos capturados foi um gato doméstico. 

Coisa feia

O povo que faz os bonecos bem que poderia caprichar mais. Já está difícil vacinarem as crianças e aparece um boneco de Zé Gotinha tão medonho, que faz até os marmanjos correrem de medo. Boneco é coisa para quem entende.

Morro da Salete

Taí uma bela opção para quem gosta de caminhar. Mas é bom saberem que se trata de 85 km de pé na estrada e em alguns locais é preciso atenção. É um bom teste aos que pretendem outras experiências, como encarar os caminhos de Compostela, por exemplo. O tipo de calçado, mochila e hidratação adequada é o segredo para uma experiência assim. No mais, os organizadores estão bem atentos ao grupo, Vale a pena.

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