No Bico do Corvo
Barraco na fé
Mesmo com uma curta vida no jornalismo já foi o suficiente para a Corva interina aprender, que é preciso cautela ao se abordar temas religiosos. Há muitos fanáticos que não suportam comentários, mas pelo visto, até eles andam sendo enganados. Como diz a música, a fé é cega e a faca, amolada.
Olha isso!
O suspeito de abusar da fé dos fiéis usava nome do Banco Central e do FMI para convencer vítimas, e, aplicar os golpes. Que barbaridade! Eles induziam os frequentadores de igrejas a acreditarem que ficariam bilionários. O esquema movimentou mais de R$ 150 milhões. Contaram para a Corva, que os homens falavam tão bem e com tanta firmeza, que até autoridades acreditavam. Quais as autoridades? A fonte preferiu não revelar.
Em Foz
A Polícia Civil do Distrito Federal apoiada pela 3ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, cumpriu mandado de busca e apreensão na residência de um certo ‘gestor’. Pelo menos era assim que ele se apresentava nas redes. O que assusta é a quantidade de pessoas enganadas, debaixo de golpes financeiros, cerca de cerca 50 mil vítimas no Brasil e exterior.
Corrente da ilusão
Conforme a investigação, o grupo informava que com depósito de R$25 as pessoas poderiam receber um octilhão de reais, e se “investissem” R$ 2 mil, poderiam ganhar 350 bilhões de centilhões de euros”. Pensa? E que moeda é essa hein? Se algum conhecedor da economia souber, informe, por favor. O caso sacudiu a cidade e muita gente anda revoltada.
O caso do joelho
Outro assunto anda mexendo com a cabeça de muitas pessoas, sobretudo pacientes de um médico aqui da cidade, afinal de contas é um profissional muito conhecido. Até a Corva interina já se submeteu à procedimentos com ele. Não vamos aqui e nunca, fazer juízo, mas o fato é que o CRM abriu uma sindicância para apurar conduta do profissional. A vítima alega um erro e o caso foi parar na polícia, com o médico indiciado por lesão corporal grave. A defesa do profissional não irá se manifestar. Segundo o CRM, a investigar se houve ou não um erro deve obedecer ao rito do sigilo, como pede a Lei.
Movimentações
A possibilidade de o Senado aprovar a “mini reforma” eleitoral está causando um rebuliço no cenário político, inclusive na cidade, como a Corva interina tem publicado. Há muitos políticos de cabelo em pé. Analisando o comportamento das Casas de Leis e como encaminharam as muitas pautas, é provável que o seo Paulo Mac poderá ser candidato e como se sabe, é um nome sempre altamente competitivo.
Aglutinação
Segundo o Corvo apurou, ao menos dois pré-candidatos fortes já comentaram que se o Paulo for candidato eles abrem mãos das candidaturas e somarão forças. Em verdade o terreno eleitoral aponta uma situação do tipo “parada dura”, com o General Silva e Luna na empreitada, tocando o barco como estivesse em campanha. Quem avalia essas situações garante que na altura do campeonato, sói mesmo o Paulo poderia encarar o ex-DGB da Itaipu.
E o vice?
No ambiente político, começaram a falar que a disputa será mais apurada para escolher vice, aonde é que chegamos? Antes ninguém queria o posto, hoje brigam por ele. E, ser vice do Paulo Mac, é um desafio. Tanto em campanha e se acontecer de ele vencer as eleições. Não é uma tarefa fácil compartilhar o governo com o Mac, Vitorassi e Chico o digam.
Pesquisas
Há notícias de pesquisas que apontam uma tendência: “quando o Paulo está na relação de candidatos, ele lidera com folga”. A análise vazou para a coluna, com base em informações pontuais. É um fato: se Paulo participar da disputa, deve polarizar com o General. O caso é saber como a cidade se dividirá.
De cá e de lá…
Os empresários estão divididos, entre a ideologia e amizade, logo, uns fecham com o Mac e outros preferem se manter na direitona, ao lado da novidade, ou seja, do General. O discurso de CEO parece que pegou na veia de muita gente e esse é o fator da embolação. Sem o General na briga pela prefeitura (algo que parece difícil de acontecer), Paulo dividiria a atenção com Sâmis da Silva e a cidade reeditaria uma briga antiga, praticamente voltando no tempo. É justamente essa a vantagem do General.
Só os empresários?
Ter ao lado o povo do dinheiro é bom quando se fala nos custos de uma campanha para prefeito, embora muitos acabam não colocando a mão no bolso; dizem que no máximo falarão com os funcionários e coisa e tal e abrirão as portas para o candidato trabalhar. Não há muita vantagem nisso, porque apesar de alguns donos de negócios exercerem influência, a maioria dos empregados vota contra o patrão.
De cara com o povo
O que conta mesmo é quando o político fica de frente com os eleitores e convence a maioria. Paulo possui esse poder de convencimento, pelos oito anos que esteve no Palácio Cataratas. O iguaçuense é movido à saudosismo. O General é a novidade e ela vai se emplacando, logo, é difícil ver outras frentes ganhando o mesmo fôlego, sem demérito aos partidos e seus componentes.
Vamos pensar
Se Paulo e o General se isolarem na disputa, qualquer nome a mais na esquerda ou direita, poderá dividir os votos, então ambos devem no mínimo, brigar para o equilíbrio da balança, unindo partidos e amigos que estão nos diretórios. Deverão organizar as suas frentes. Há inclusive a possibilidade de Sâmis e Tércio embarcarem em um desses grupos, pois o sacrifício de campanha, num cenário assim, pode ser em vão, desagradando os correligionários e apoiadores. É uma missão desanimadora nos dias atuais, entender que por maior o esforço, é complicado chegar lá. Então, nesse desenho, Paulo trabalharia a esquerda e o General as forças direitistas”. Ambos disputariam o terreno pré-eleitoral nos partidos de centro e que pendem para os dois lados.
E o segundo turno?
Em cenário assim, com uma suposta polarização e um quadro de divisão de votos imprevisto, tudo nos leva a crer que a lista de candidatos sabe das dificuldades em superar o General e o Paulo. Em outras palavras, eles passariam para a segunda etapa e apenas lapidariam a opinião pública. Mas isso não passa de um exercício de pensamento da Corva, então, no plano da realidade, tudo pode acontecer.
E os partidos?
Com um encaminhamento eleitoral desses, à base de polarização, os partidos acreditam mais em ocupar o Legislativo e estão se preparando para isso. Com dois candidatos roubando a cena, independentemente quais, as chances de formar boas bancadas são até mais fáceis. A luta será pela maioria, porque o governo eleito terá que governar com a Câmara.
E o povo lembra?
Como a Corva interina já escreveu, o saudosismo emplaca. É impressionante como as pessoas lembram os nomes do passado e isso está gravado até em muitos muros de residências. O Corvo passou em frente locais e deu de perguntar aos moradores a razão de não cobrirem a propaganda política antiga com tinta. Poucos disseram que isso era uma tarefa e promessa dos candidatos, mas como não venceram, abandonaram os locais. Outros assumem que deixaram do jeito que está, em alguns casos até depois de 30 anos, porque gostam do político. Olha que situação?
Estampas
A Corva localizou muros com campanhas de Dobrandino, Sérgio Beltrame, Sâmis, da dupla Daijó e Paulo e creiam, existem muros com o nome do Tércio, da última campanha que ele disputou nos anos 80. Por esse lado, o saudosismo se faz, sim presente. Mas afinal de contas os políticos sempre vão e voltam e isso semeia a preferência de uns e outros. Coisas de uma cidade que superou muitos impactos sociais, e esteve sob a tutela da LSN por décadas.
Outros nomes
A Corva interina fala em General, Paulo e Sâmis, mas há também muita carta na manga, como um possível indicado pelo prefeito Chico Brasileiro e correm por fora os deputados Vermelho e Luciano Alves; também há o Matheus Vermelho se articulando, visitando os bairros e comunidades, o borbulhar não é pequeno. Não se pode perder de vista os movimentos no PT e o esforço que vem pela frente, com a participação do Eni Verri, até porque Itaipu sempre faz a diferença quando desce do muro. Por fim existem também outros nomes novos, como é o caso dos vereadores Adnan El Sayed, Ney Patricio e o João Morales. A Corva rabisca com as possibilidades, mas sabe que pode ser surpreendida, pois os ventos sopram para todos os lados.
- Corva Interina, 22/09/2023