No Bico do Corvo

A cor púrpura

O título era para ser “vermelho”, mas muitos acreditariam que seria notícia do deputado. A ideia é escrever sobre a cor, hoje muito questionada em locais públicos. Chovem relatos de indignados ao usarem camisetas, saias, blusas ou outras peças do vestuário nessa coloração. Uma senhora relatou que possui um casaco antes mesmo do Lula se tornar político e que foi ofendida na fila da lotérica: “a senhora deveria ter vergonha de usar uma roupa assim”, teria dito uma desconhecida. Francamente, é uma situação ridícula e que não deveria ocorrer. O hábito pode fazer o monge, mas não o guarda-roupa de um povo tão colorido como o brasileiro.

Qual hábito?

Taí uma questão a ser resolvida, de que hábito estamos falando, se o de habituar ou o de vestir. Muita gente usa o vermelho por razões adversas à política. Por exemplo, pode acabar em confusão encrencarem com um gaúcho colorado por causa da cor da camiseta? Que besteira isso. É para medir o grau de ignorância e a intolerância absorvida em tempos de campanha. Pelo visto, nas campanhas de doações haverá muitas roupas vermelhas, mais pelo medo de serem usadas do que pela benevolência.

Promoções

Isso é coisa séria. Não vai demorar para as concessionárias de veículos se livrarem dos estoques de carros vermelhos. O temor de usar cor assim chega a ser tão grande que provavelmente alguém rejeitaria uma Ferrari se fosse de graça. Pensa?  O que falta é os bombeiros anunciarem que estão seriamente pensando em trocar a cor do uniforme. Que barbaridade. No cassino, o povo joga no preto, quando embarriga a roleta. Nem o lobo mau quer mais Chapeuzinho Vermelho e Flamengo e Atlético só jogarão de negro, desvestindo o rubro.

Pesquisas

Será que as pesquisas devem ser criminalizadas? Estão tentando abafar o assunto. Não é caso de criminalização e sim de aprimorar os métodos. É um assunto mundial. Os norte-americanos vivem o mesmo dilema. Um juiz confidenciou ao Corvo, que se as regras fossem endurecidas em um ou dois pontos, os critérios já exigiriam mais cuidados por parte dos institutos. O grande problema das pesquisas ainda é quem encomenda, para tentar desvirtuar a opinião pública. Neste caso é preciso criminalizar os políticos, partidos e os institutos que se subordinam a isso.

Não é oficial

Pesquisas não são o produto de bolas de cristal, são meramente o conjunto da opinião de consultados em determinado período. No mais, a pesquisa induz, porque a ignorância é reinante, com pessoas que acreditam em papai Noel, coelho da Páscoa, lobisomem, saci e mula sem cabeça. Não vão acreditar em pesquisa?

Pensando melhor…

Olhando para o mapa eleitoral brasileiro, cheio de pontinhos de todas espalhados, concentrados e até mesmo isolados, como seria possível conceituar os números de uma pesquisa, ouvindo apenas 2 mil pessoas, quando o Brasil possui 5.568 municípios, mais o Distrito Federal e Fernando de Noronha? Difícil hein?

Paraná Pesquisas ontem

O instituto foi o que mais se aproximou do resultado do primeiro turno. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente Jair Bolsonaro estariam empatados tecnicamente no segundo turno. O levantamento foi realizado entre os dias 8 e 12 de outubro pelo instituto Paraná. Segundo a revista Veja, e em acordo com os números divulgados, Lula tem 47,6% das intenções de voto totais contra 44,1% de Bolsonaro, com margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos. É o primeiro levantamento divulgado pelo instituto no segundo turno. A pesquisa ouviu 2.020 entrevistados em 162 municípios de todos os estados e do Distrito Federal e foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o nº BR 08438/2022.

Ainda falta…

O país viverá fortes emoções até o dia 30. Quem gosta de olhar os desenhos, verá que os gráficos estão se encontrando. O resultado parece o mesmo do primeiro turno, mas com variações muito significativas, dizem os entendidos. O que há, na verdade, é uma luta ferrenha pelo convencimento, a começar pelos indecisos e pessoas que dizem concluir a opinião de cara com as urnas. É um panorama totalmente imprevisível, diga-se. 

Política em Foz

Corvo, acertaste em cheio. Como alguém pode prever o que acontecerá, sem aguardar o resultado das eleições presidenciais? Dizer que Foz não precisa disso é uma grande bobagem. Quero a todo o custo tentar manter a isenção nesta opinião, apesar de ter candidato. Mas não devemos esquecer que Foz é uma cidade diferente das demais e sofre grande influência por parte de órgãos federais, logo, é até complicado imaginar uma situação de mudança, mas ela pode acontecer. Entre umas e outras, volto a pensar que os mandatos presidenciais, de governadores e prefeitos deveriam ganhar pelo menos mais um ano, o que seria suficiente para iniciarem e concluírem obras, a começar pelas mais complexas, como as que temos em Foz. Se fosse assim, nem precisaria haver reeleição. Vamos observar que as grandes obras estrão no meio da transição. Vamos torcer para que nos dois casos, não ocorram atrasos.

Guilherme F. F. Baptista

O Corvo responde: a preocupação do cidadão se justifica, porque sabemos o difícil que é conviver com obras abandonadas. Elas irritam, sobretudo quando receberam investimentos e não foram adiante. A duplicação da BR 469 é um exemplo. A população precisou passar quase 20 anos cuidando para não cair nos buracos deixados ao lado da pista. Mas hoje, a situação é diferente e as demandas devem ser concluídas.

BR 469

A chuva mexeu com os trabalhos na área do trevo entre a Avenida das Cataratas e BR 469, mas a duplicação parece se iniciar, a começar pela derrubada das árvores em frente ao Hotel Carimã. Muitas estavam na área que era usada como estacionamento, mas que foi devolvida à União. Há grande curiosidade para saber qual e como será o traçado, ou como a pista que é muito estreita, será ampliada.

Vários pontos

Em verdade há máquinas e pessoas trabalhando em vários pontos ao longo da BR e qualquer entendido nesse tipo de obra fará ideia de como será. Todavia há projetos disponíveis na internet e os curiosos pode também arriscar um contato com as empreiteiras, os nomes dos responsáveis estão nas placas.

Prazos

O Corvo continua recebendo “cartas” de leitores que querem saber se os prazos serão cumpridos. Muitas dão conta que isso ocorreria ainda neste ano, mas não é bem assim. A Perimetral, por exemplo, deve ser concluída entre 2023 e pode sim se estender até meados do outro ano. A nova ponte, por sua vez, entrará em fase de acabamento, mas dependerá da Perimetral para cumprir a sua finalidade, tanto do lado brasileiro como do paraguaio.

O conjunto

Todas as obras anunciadas estão sendo providenciadas e levando em conta que a caneta de Itaipu é severa com relação a convênios, é difícil acontecer algum tipo de surpresa. Vamos pensar que as empresas licitadas investem pesado nos serviços e querem cumprir os prazos.

Cadê o mercado

O Corvo recebeu algumas mensagens de interessados na entrega do Mercado Municipal, até porque a obra parece pronta. Todos que passam em frente se perguntam quando é que as portas abrirão, até porque um empreendimento assim mexe muito positivamente com a vida da cidade. O colunista promete que vai verificar a fundo a situação e volta no assunto.

Mais política

Corvo, li notinhas sobre as movimentações na Câmara e também um suposto início de reforma administrativa na prefeitura. Será que não é cedo? Ainda vivemos o clima eleitoral nacional e olha só a pressão? O país está muito envolvido com isso, como nunca.

Marcello A. C. Villanova

O Corvo responde: não é cedo. A Câmara precisa se preparar para escolher a mesa diretora e isso cumpre um rito, logo, é normal que passem a discutir o assunto. Em geral acontece a cada dois anos. As mudanças maiores ocorrem após as eleições municipais. No caso da prefeitura é normal o administrador municipal avaliar o desempenho dos colaboradores e fazer adaptações para os dois últimos anos de mandato. No caso de Chico Brasileiro, ele é um tanto conservador na substituição de secretários, porque a discussão de escolha é muito aprofundada. Mas é possível que faça, sim, ajustes para levar adiante o biênio. A discussão eleitoral municipal inicia em 2023, um ano antes do período, uma vez que a data marcada para as escolher prefeito e vereadores é em outubro 2024.  

Até agora oito

O prefeito Chico passou um facão parcial, em oito nomes, mas parece que a lista é bem maior. Saiu no diário oficial exonerações de Andressa Szekut, Edinardo Antonio Borba de Aguiar e Cristiane Marcia dos Santos, os três da Secretaria Municipal de Turismo e Projetos Estratégicos. Na lista também estão Ivone Barofaldi da Silva, Eberton Ricardo Mendonza, Elisa da Costa Silva e Alessandra Fernandes Alves, subordinados à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Comercial, Industrial e Agropecuário; por fim José Orlando dos Santos, subordinado à Secretaria Municipal de Obras.

Mudança no Turismo

E as mudanças afetaram o secretario Paulo Angeli que pediu exoneração. Foi o assunto na tarde de ontem e acreditem, já havia nomes em discussão. Diga-se, a cidade entrou no fervo, mas o prefeito não deu um pio. A opinião do Corvo é que o prefeito deveria aproveitar e dar uma remodelada na parta, e transformá-la apenas em “Secretaria de Turismo” sem os acessórios do tipo “Captação de Investimentos”, “Projetos Estratégicos” e “Inovação”. Há uma entidade atuando em cada uma dessas áreas e se a prefeitura ajudasse, já seria de bom tamanho.

Renovação

Os leitores atentos sabem que os setores políticos estão em constante renovação. Foi assim na Câmara Municipal e na Câmara Federal o índice de novatos é de 44,05%. A população quer mudanças e isso foi demonstrado no mais recente estudo do Luiz Kossar, com o virtual enfraquecimento da política local. Quer dizer, os políticos patinam e a cidade paga o pato, porque a resposta do eleitor é muito dura.

Maravilha!

O aguaceiro não desanimou os turistas e nem os visitantes do Parque Nacional do Iguaçu. A área elevada ficou apinhada para ver o volume aumentado das quedas, um espetáculo à parte. “Tinha tanta água que não dava mais para saber o nível do Rio Iguaçu”, disse um visitante. Se falar na fábrica de nuvens, que pode ser avistada de longe! Não adianta, o cenário das Cataratas do Iguaçu é lindo em qualquer época, com pouca ou muita água.