No Bico do Corvo
Aniversário da Cidade
Tem gente espalhando que o aniversário de Foz será uma data marcada também por grandes anúncios políticos. Isso tem relação com o troca-troca partidário visando 2024. Ao menos dois nomes de prefeitáveis vão aproveitar as festividades anunciando filiações. Mas o que possuem nomes mandato, esperam pela janela partidária.
Mimo de aniversário
Quem também pode dar um presente para Foz é o prefeito. Alguns projetos devem ser anunciados na semana das festividades. Dizem que isso pode acontecer na área do transporte público e também nas áreas sociais. Um passarinho amigo piou que há coisas boas vindo por aí, faltando somente “detalhes” para os anúncios…
Desfile
Há expectativas no desfile. Ano passado, muitos candidatos a deputado apareceram; isso também ocorreu no 7 de setembro. Por não ser um ano eleitoral, tudo nos leva a crer que apenas as autoridades desfilarão. Vereadores, pessoal da prefeitura e de Itaipu devem subir no palanque. Há leitores que dizem que anos ímpares são chatos, porque os candidatos não fazendo circo.
A pauta de todo mundo
Falando em circo, a discussão sobre a venda das casas da Vila A retornaram às vitrines. O assunto estava enroscado há anos e bastou a nova Diretoria de Itaipu começar a tratar do tema mais a sério, que apareceram diversos “donos” do assunto. É o caso da vereadora Yasmin que agora faz “reuniões” para debater o imbróglio. Mas qualquer pessoa entendida sabe bem que a Câmara não possui poderes de interferir em absolutamente nada no assunto. Isso é coisa para peixe grande…
Aliás
Em verdade vários vereadores de Foz do Iguaçu se mostram preocupados com a falta de “resolutividade” de seus mandatos. Explicamos: quem se elege vereador, faz promessas como fosse prefeito, governador e até presidente da República. Daí, depois de assumirem os mandatos, na humilde Câmara Municipal, percebem que não podem entregar tudo aquilo que majestosamente prometeram. Ai que dureza. E o pior é que não adianta fingimento. O povo está com as antenas ligadas.
As indicações
E aí inventaram as tais “Indicações”. O problema é que apesar de “indicarem” são muito cobrados quando dão de cara com as bases eleitorais. Aí de defendem: “eu fiz a indicação”. Isso não basta. O povo quer resultado. Só passar a bola adiante não é o suficiente. Um leitor atento comentou, dia desses, que os eleitos precisariam fazer um “cursinho”, assim evitariam tantas gafes. Um servidor da Câmara, que conhece bem a situação anda dizendo que está com dozinha de alguns nobres edis, tamanha a pressão.
No muro
O Corvo entende a posição do prefeito Chico Brasileiro e concorda com a sua postura de pensam em apenas atender a cidade, se afastando dos embates políticos. Mas no fundo, de verdade, ele deve estar tratando as coceiras na mão, uma vez que não poderá se candidato e precisa encontrar um rumo para a carreira. Uns dizem que ele até pensa em retornar para os consultórios de odontologia do setor público, onde faz tempo, não exerce a profissão. Ai que de quem precisar ir arrancar um dente?
Na arquibancada?
Chico está numa posição em que precisa ouvir a todos, independentemente de suas filiações partidárias, se de esquerda, direita ou centro. Uma coisa é certa, ele deixará de ser o técnico do time e será apenas um torcedor, pelo menos no período de dois anos. Pode ser, resolva dar uma descansada, avaliando novas possibilidades. Pode ser também, se prepare para voltar à ALEP, ou tente uma vaga em Brasília. As possibilidades são infinitas. O que importa é que ele assinou o nome na lista dos que doaram a experiência ao povo. Possui uma boa avaliação de governo.
O livro do general
Corvo, não entendi direito, o General vai assinar a ficha no partido ou lançar o livro? De um jeito ou de outro penso que isso está mexendo bastante com o setor político, porque não se fala em outra coisa. Quando figurões como o General Silva e Luna e o Enio Verri se movem de um lado ao outro, parece que os demais ficam pequenos. É o preço que os políticos locais pagam pela “eficiência”.
Paulo C. G. Valente
O Corvo responde: prezado, como deve saber há uma lista enorme de políticos se preparando para as eleições, mas muitos desistem pelo caminho. O que se vê em Foz é o fenômeno da polarização, como esquerda, centro e direita e movimento. O General Silva e Luna participará do Encontro Regional do Republicanos, onde assinará ficha partidária, endossada pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Um evento dessas proporções deve receber políticos de todas as frentes e não se espante caso alguns petistas resolverem dar as caras. Faz parte do jogo de cintura no segmento.
Óleo de peroba
Corvo, francamente chego a rir de certas pessoas. Veja, certos figurões eram Bolsorano roxos, daí venceu o Lula e foram todos lá na porta do Centro Executivo, pedir a benção do Enio Verri, mas paralelamente, estão aplaudindo a iniciativa do general, em participar da política local. Será que esse povo não pensa, que uma hora essa máscara vai precisar cair?
Luiz C. V. Baptista
O Corvo responde: prezado, muita gente faz a via crucis, o tempo todo, e, isso, faz parte da sobrevivência de muitos que não aprenderam a sobreviver sem a política. É importante olhar para a cidade e também não deixar de entender os interesses nacionais, em geral percebidos por Itaipu, quando desempenha a sua influência na região. Com a polarização, esse exercício pode aumentar, com as pessoas precisando se dividir entre a esquerda e a direita, dependendo que estará no poder. Ou já não foi assim?
“Cartas ao Corvo”
A semana foi concorrida e o Corvo precisou “se virar nos 30” para dar conta de atender a todos os leitores. Mesmo assim sobrou um baú cheio de notinhas e parte delas serão publicadas nesta edição. O Corvo vai abrir um canal para mais leitores, mas antes precisa negociar espaço com os editores. Um bom sábado a todos e a esperança que o final de semana seja show de bola!
Pneus paraguaios
Corvo, não sou comerciante e nem nada, apenas compro pneus para usar no meu carro, portanto não quero que interpretem que faço apologia ao crime. Mas a minha pergunta é curta e grossa: por que os pneus brasileiros são tão caros? Se somos um dos maiores fabricantes de automóveis do mundo, qual a razão de os preços serem tão altos? É por aí que se explica esse sucesso todo da importação ilegal do produto no Brasil. Com o dinheiro curto, a população tenta se virar como como pode, colocando inclusive pneus meia-vida nos veículos o que é um perigo.
M.D.B.B (O aposentado pediu para não ter o nome revelado).
O Corvo responde: Os preços dos pneus paraguaios são sim muito tentadores, bem mais em conta que os produtos brasileiros, mas é preciso atentar para uma série de situações, onde comprar, o tipo de materiais e especificações técnicas dos veículos, porque muitos pneus já chegam deformados e isso dá a maior dor de cabeça. Algumas empresas estão importando esses pneus e por isso, revendem ainda com preços competitivos. Se o governo brasileiro diminuísse os impostos na fabricação e venda dos produtos, os preços seriam imbatíveis e a “importação ilegal” deixaria de ser um bom negócio. Além do mais, os aumentos do petróleo sugam todos seus derivados, como é o caso da borracha sintética e insumos que hoje são utilizados nos pneus novos. Como está havendo uma revisão na escala de tributos, pode ser que isso afete o mercado dos pneus.
Dura da Receita
Corvo, viajei até Guarapuava e precisei parar o carro duas vezes para ser revistado. O número de pessoas estacionadas era bem grande. Que chato isso. Bastaria olharem para a gente e entenderiam que se trata de uma família tentando relaxar um pouco, com crianças pequenas inclusive. Será que precisa tanto?
V.L.M.G (O leitor pediu para não ter o nome divulgado).
O Corvo responde: prezado, o “modus operandi” das quadrilhas sempre muda e creia, levam junto mulheres e crianças para desviar a atenção. Mas a questão é outra: há uma operação padrão dos funcionários da Receita Federal, e isso aumentou e muito a fiscalização. O Corvo também viajou e enfrentou a blitz. Incomoda, mas se nada estiver errado, a vida segue em frente.
Macumba em portão alheio
Prezado Corvo, um “despacho” está dando o que falar na área sul da cidade. Uma pessoa fez uma macumba bem ao lado de uma creche e deixou lá arroz, pipoca, carne, cachaça, farofa e tudo o mais o que o santo gosta, o problema é que os vizinhos não ficaram nada felizes e armaram o maior barraco, com razão. Um morador descobriu o endereço da macumbeira e largou tudo no portão da casa dela. Isso pode Corvo, fazerem essas oferendas sujando as ruas?
Nadir A. V. Santos
O Corvo responde: é culturalmente respeitado pelas autoridades, mas já houve caso que as velas acesas na macumba causaram fogo no matagal e os bombeiros precisaram intervir. No mais, hoje em dia, há outras maneiras mais comportadas de se prestar homenagem às entidades. Um não deve invadir o espaço dos outros e deixar alimentos e vidros, por onde passam crianças, isso é algo preocupante, faltou cabeça.
Série para maratonar
O Corvo está assistindo a uma minissérie (apenas quatro capítulos) e que é simplesmente sensacional. Está disponível na Netflix. O título é “Olhos que condenam” e trata sobre os quatro jovens acusados de estuprar uma atleta em Nova Iorque. O caso ocorreu em 1989 e ainda é polêmico, relevante o erro judicial, a injustiça, pressão da imprensa e a intromissão de políticos como Donald Trump, que já aprontava na época. Ele investiu milhares de dólares em propaganda pela pena de morte aos supostos envolvidos. Vale a pena assistir. A todos bons dias de descanso! O Corvo vai roçar o lote.