No Bico do Corvo
O arcabouço
A proposta que combina limite de despesas e a meta de resultado primário deve substituir o teto de gastos se passar pelo Congresso. Passou foi com folga na Câmara, como políticos de todas as alas previram. Foi uma moeda que agradou aos dois lados, diz a metáfora, com duas caras e nenhuma coroa. O governo canta vitória, mas há petistas e aliados que não concordam com os arranjos.
Base no Senado em perigo
Antes, os senadores demonstravam vontade muito maior de apoiar o governo. Os ventos estão apontando mudanças. Lula precisará esticar um olho para os senadores. Alguns se rebelaram frontalmente ao presidente Rodrigo Pacheco. Que coisa hein? Quando a harmonia surge na Câmara, o Senado empaca.
Seo Fernando Collor
Há quem não tome jeito a vida toda. É o caso do pau que nasce torto. O ex-presidente aprontou no auge e continua fazendo das suas e parece que desta vez não escapará da prisão. Dependendo o desfecho, passará muito tempo em cela comum. Caso condenado no STF será preso de imediato. Mas como possui mais e 70 anos há quem aposte em recurso.
Deltan falador
Boca grande não entra em festa no céu. O ex-procurador e ex-deputado disse textualmente que foi rifado pelo relator do seu caso, em troca de vaga no STF. Além de ir para casa, pode acabar levando processo por injúria.
Barrado no baile?
A pergunta que a classe política da cidade começou a fazer é por onde anda o Sidney Prestes? Os veículos de comunicação divulgaram um banner digital sobre a filiação do General Silva e Luna ao Republicamos, em evento marcado para o dia 10 de junho, data do aniversário da cidade. No entanto, o material surgiu sem a foto do presidente local da sigla, o ex-candidato a prefeito Sidney Prestes.
O quinto elemento
O banner original possuía quatro pessoas formalmente preparadas para um evento de magnitude, os presidentes estadual e nacional da sigla, o futuro filiado, Silva e Luna, e, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, convidado de honra da festa partidária. Na noite da terça-feira, uma quinta figura apareceu, destoando dos demais, usando manga de camisa e cabelo espetado: eis que emerge das profundezas da política o Sidney Prestes, meio na contramão da proposta e das leis da natureza. Tudo bem que faz parte, uma vez que preside o partido na cidade, mas francamente, empobreceu a intenção. Pelo bem geral de todos, deveria ter ficado de fora. Ajudaria mais.
Seguem as visitas à Itaipu
Foi visto cruzando a barreira da Usina, o secretário de administração Nilton Bobato. Ele, que tenta viabilizar uma entrada no PT e uma candidatura a Prefeito, tem mantido estreito diálogo com nomes da sigla na cidade e pode anunciar a filiação nos próximos dias. Não sabemos ainda com quem ele foi falar na Binacional, mas provavelmente o assunto foi um dos temas da conversa.
Mão dupla
A prefeitura também tem recebido os petistas. Depois da entrada de dois secretários, de Turismo e Direitos Humanos, outros correligionários de Lula têm circulado por secretarias. Parece haver uma boa sintonia entre a administração local e o povo do Partido dos Trabalhadores.
Plano diretor de São Paulo
Foz discute um novo plano diretor e há quem já fale em “verticalização” a palavra de ordem na maior cidade brasileira. A construção de edifícios é a saída para acomodar a população e arejar alguns bairros. A pressão é tanta que o verde sumiu de algumas localidades. Só se vê amontoado de tijolos e telhados. Quem anda pelos bairros de Foz e conhece um pouco de urbanismo sentirá um certo arrepio.
Plano diretor em Foz
A prefeitura precisa ficar de olho no estreitamento das calçadas. Muitas pessoas avançam as construções até o meio fio, como isso fosse coisa normal, ou não houvesse lei. Em outros casos, constroem abrigos para animais. Teoricamente é uma medida linda de se ver, e o Corvo apoia, mas é por onde passam os pedestres e muitos não estão em nada contentes. O ideal é quando está bom para os bichos e os humanos.
Operação Padrão
É quando os servidores trabalham. Muitas pessoas perguntam: “o que eles fazem então, quando não há motivos para protestar?”. Muitas pessoas acreditam que o correto seria realizarem os procedimentos padrão o tempo todo e não somente para manifestar reajuste salarial. As “operações padrão” prejudicam o movimento de cargas, o povo reclama das filas. Em 2022 a aduana movimentou quase 34 bilhões de reais em mercadorias.
Foi o Observatório?
Algumas pessoas revelam um certo desconforto com a notícia de que o Observatório Social tenha gerado R$ 1,4 milhão em economia nos cofres públicos. “Quer dizer que se não existisse o OSFI, alguém teria se apropriado da verba?”, queixou-se um servidor que pediu para não ter o nome divulgado. “Não erramos tanto assim em nossas deliberações, mas aceitamos as observações do órgão”, completou. O Corvo acredita que o OSFI presta um bom serviço e ajuda a administração pública, do contrário, muita gente estaria pendurada no Tribunal de Contas.
Rigor
Observatórios Sociais são um olhar apurado da comunidade e ajudam a controlar os gastos públicos de maneira eficiente. Gestores não deveriam sentir desconforto e sim alívio. Por mais compenetrado, o servidor é passível de erro, sobretudo em razão da pressão pela realização de benfeitorias, algumas urgentes. Errar não quer dizer desonestidade, mas rende um trabalhão adiante, e pode inviabilizar o município em busca de recursos para mais demandas.
Festa Maína
Corvo, qual mês do ano não possui festa? Agora inventaram as festas maínas, depois teremos as juninas e também as julinas e agostinhas. Que barbaridade hein? Eita povo que é chegado em festa? Bora trabalhar pessoal, festa é bom, mas trabalho também.
Ronaldo C. Vidal
O Corvo vai dar um puxão de orelha no leitor. As festas relacionadas não atrapalham em nada a cidade, pois acontecem à noite e aos finais de semana; causam confraternização e ajudam a muitas entidades, apoiadas pelas congregações religiosas e comunitárias. Em outra hipótese, ampliam a diversidade cultural. Se dependesse do Corvo, haveria uma festa em cada mês. Obs: festa maína não é novidade e invenção recente.
Avanço paraguaio
Pois é, quem pensava que os vizinhos atrasariam a construção dos acessos para o funcionamento da nova ponte, se enganaram redondamente. Por lá as coisas andam até bem mais rápidas, isso sim.
Itaipu e a sustentabilidade
A nova gestão da Binacional está imprimindo a sua nova cara, de prover sustentabilidade e o consequente equilíbrio ambiental. Além da geração de energia, Itaipu é aplaudida por todos os cantos, sobretudo porque consegue repor uma parcela da Mata Atlântica, coisa que parecia impossível de acontecer. O Corredor da Biodiversidade é um exemplo de que o homem também pode ajudar florestas a renascerem, do nada. O extremo Oeste do Paraná tornou-se praticamente um deserto em razão dos ciclos extrativistas e hoje até as onças voltaram a passear pelas margens do lago. Quando a onça aparece é porque as coisas estão muito bem.
Fogo no mato
Se por um lado há todo esse pensamento ambiental, existem os que não dão bola e acabam causando desastres, como é o caso de gente que provoca queimadas como forma de limpar áreas agricultáveis. Nem é preciso muito, uma bituca de cigarro causa grandes estragos.
Fogo na vila
Como pode isso hein? Umas pessoas ao lado da casa do Corvo limparam o lote e no lugar de juntarem a quiçaça e usarem sacos plásticos, tocaram fogo. Pensa a fumaceira e fagulhas se espalhando na região. A roupa no varal ficou toda cheia de cinzas e preciso ser lavada de novo, o que ocasiona gasto de água e energia. Uma barbaridade! Sem dizer que as farpas queimadas sujaram os quintais e telhados. Irresponsabilidade da mais pura.
Lama na vila
As obras de duplicação da BR-469 estão causando satisfação em muita gente, mas também incomodo em algumas pessoas. As redes sociais estão infladas de reclamações por causa do barro que se espalha nas áreas próximas das demandas, como é o caso das entradas da Vila Carimã, viradas em lamaçal. Ontem mesmo havia um caminhão pipa lavando a sujeira, mas haja água para limpar o asfalto.
Paciência
O interessante é acompanhar essas discussões entre os moradores. “Quando não fazem nada, o povo reclama e quando fazem alguma coisa, reclamam também? Não dá para entender. É preciso paciência, logo isso termina e tudo estará bem melhor”, desabafou um morador. E é verdade, acontece igual na casa da gente, quando fazemos uma ou outra reforma. Vira uma bagunça, mas depois de pronto ficamos felizes da vida.