No Bico do Corvo
Quase uma briga de boteco
O secretário de Administração Nilton Bobato levantou-se e saiu de uma Audiência Pública promovida pelo vereador Márcio Rosa. Isso aconteceu depois do parlamentar alegar que a prefeitura teria beneficiado alguém próximo em processo de aposentadoria. Bobato perdeu a calma e saiu chamando o vereador de mentiroso. A cena causou arrepios nas autoridades e no público que estava no plenário. Ui!
Nunca se amaram
A rinha entre o Márcio Rosa e o Bobato é antiga e de unhas sempre afiadas. A todo o momento um tenta acertar o esporão no outro. Há quem diga que se odeiam muito mais do que se amam. Saberemos mais detalhes dessa relação em breve, porque segundo parece, ambos são sondados em filiação no PT. Se isso acontecer, serão mais do que amigos; se tornarão companheiros!
Palavrão
Como hoje é sábado, aqui vai uma explicação para a palavra “companheiro”. Há quem acredite que o termo é usado apenas entre os petistas. “Companheiro” era quem se reunia para “compartilhar o pão”, desde a antiguidade. As pessoas construíam fornos rudimentares usados para assar pães e de alguma maneira, compartilhavam a produção. Eram os “companheiros”, como se referia Jesus ao compartir o pão com os apóstolos, ou outras pessoas. Considerar alguém um “companheiro” não é ofensa e muito menos um palavrão, como algumas pessoas reagem.
Falando em política
Corvo, não sei explicar, mas muita gente se preocupa além da conta com o que farão os vereadores, se serão candidatos a isso, aquilo, se arriscarão a prefeitura e coisa e tal. Francamente, alguém espera outra coisa dos políticos? Eles entram na chuva e vão se molhar e é assim em qualquer lugar. Vai em frente aquele que ganha a confiança do povo e isso hoje em dia é um jogo bruto. Os honestos, sérios e comprometidos com o povo acabam perdendo apara os oportunistas. Bom, injustiças acontecem desde os tempos bíblicos, ou Jesus não acabou perdendo para o Barrabas? Devemos simplesmente nos comportar como eleitores e fim de papo.
Jaime H. J. Santos
O Corvo responde: muito boa a sua análise prezado, mas ela é um tanto conformista. Se a população escolher bons representantes, as chances de injustiças serão menores. Por isso, o momento de análise é fundamental. Isso se faz estudando a vida dos candidatos, sabendo o que fizeram ao longo da vida na política ou fora dela, sobretudo em caso de estreantes. E isso é verdade, depois de aprenderem a voar é difícil segurar o político na origem. Sempre sonham com voos mais altos.
Os pedágios
Corvo, concordo com a sua análise: não é possível se conformar com uma estrada tão importante, sem duplicação. Pensa a quantidade de pessoas que saíram passear e não voltaram? Famílias perderam a vida em razão desse desleixo e agora vão enfiar de novo a mão no bolso da gente, sem a realização das obras fundamentais? A BR-277 precisaria ser duplicada de Paranaguá a Foz do Iguaçu, sem que se precisasse muitas explicações.
Oswaldo M. S. Medeiros
O Corvo responde: prezado amigo, um engenheiro que conhece bem a construção de estradas disse que não é uma tarefa fácil realizar uma duplicação de ponta-a-ponta na BR-277. Mas por outro lado, garantiu que não é impossível. Segundo a análise dele, isso está acontecendo aos poucos, nas cidades, como é o caso dos trechos de Foz até Matelândia, nos perímetros urbanos de Cascavel, Guarapuava e como ocorrerá de Curitiba à Relógio. O certo mesmo seria iniciar uma demanda mais firme, mas ninguém parece topar encarar uma empreitada assim. O caso é que ela terá que acontecer, mais cedo ou mais tarde. Em campanha, isso era uma proposta do governador Ratinho e ele dizia que “não abriria mão da demanda”.
No mapa
O assunto da duplicação da BR-277 é polêmico por natureza. Mas como explicou o engenheiro “colaborador”, que pediu para não ter o nome revelado, não impossível realizar a demanda, mas ela precisa da mão direta do Estado. Concessionárias dificilmente cumprirão a tarefa. Olhando para isso, o Corvo publica um desenho que demonstra bem os setores duplicados e quanto ainda falta. Há quase 300 km em faixas simples, que requerem duplicação ou 3ª faixa. O fato é que se pagou muito pelo pedágio, sem faixas adicionais em longos trechos. Um exemplo é o trecho de Foz do Iguaçu até Guaraniaçu. Um pesadelo para os motoristas, assim que saem das duplicações.
Seo Andreson
De certa forma o ministro Alexandre Moraes se viu na saia justa, mantendo preso o PF Anderson Torres. Mais um pouco e ele seria martirizado, recebendo a visita de tantas autoridades lá na cadeia.
Revista aleatória
Escolher e revistar passageiros nas aeronaves é um procedimento da ANAC. Deu de revistarem um deputado estadual e o assunto virou encrenca internacional, sobretudo por ele ser jovem e negro. Sem entrar no mérito da questão, o Corvo assistiu as imagens e a abordagem foi de certa forma educada. Os agentes explicaram o “procedimento aleatório”, retiraram o passageiro do voo e revistaram a bagagem de mão e a ele próprio.
Verborragia
Claro, revoltado, o deputado Renato Freitas é quem acabou agredindo verbalmente os agentes, chamando-os de “cambada de racistas ignorantes”. Outros passageiros tentaram remediar, mas ele, irritado, parecia não se conformar com o procedimento, sentindo-se humilhado. No mais, é preciso também entender como funciona esse sistema ou qual o processo de escolha para submeter uma pessoa a isso; qualquer um sente desconforto afinal de contas é exposto aos demais. Se houve racismo ou não saberemos no decorrer de uma virtual apuração. As imagens aparentemente não registram isso.
Viveiro
O Parque das Aves repaginou um dos seus mais impressionantes recintos, onde se mantém contato muito próximo com tucanos, araras e outras espécies que adoram os mimos e agrados dos visitantes. É uma oportunidade única. O Corvo se lembra bem quando o Dennis e a Anna Croukamp começaram a erguer as estruturas do enorme recinto para aves de rios e manguezais. Para a época era algo bastante ousado.
Lá vem o Rei
Não é assim uma resposta aos shows realizados em Santa Terezinha, mas de certa forma, a presença do rei Roberto Carlos, em apresentação no Centro de Convenções de Foz, dia 07 de junho, pontua os festejos de aniversário de Foz. O show faz parte da turnê do artista pelas cidades brasileiras. Roberto Carlos se declara um apaixonado pela cidade e diz isso no palco, toda a vez que se apresenta na fronteira.
Apresentações históricas
Roberto Carlos se apresentou várias vezes em Foz do Iguaçu. A primeira foi ainda no final dos anos 70, e depois retornou para o lendário calendário das grandes apresentações realizado pelo Casino Iguazú, que além de outros, trouxe Gal Costa, Armando Manzanero e até mesmo o Tony Bennet. Quando relembramos a lista de nomes como Maria Martha Serra Lima, Cauby Peixoto, Emílio Santiago, Ed Motta, muita gente não acredita.
Semana do município
O Corvo bateu um papo estratégico com o Juca Rodrigues, presidente da Fundação Cultural e ele revelou que no próximo dia 18 de maio, a prefeitura fará um anúncio oficial acerca dos festejos de aniversário da cidade, com todos os detalhes que o povo já insiste em saber. As pessoas perguntam se haverá Fartal, se será no CTG Charrua ou na área central da cidade (Terceira pista da JK), os horários, dias, e obviamente, quem se apresentará. Essa fobia é culpa de Santa Terezinha, que a menos de um mês antes faz um regaço realizando a FESPOP. Mas uma coisa é certa, são os iguaçuenses em peso, que lotam os shows na cidade vizinha. Dá para ver isso até nas fotos. A proximidade das datas acaba beneficiando toda a região.
Não é verdade
Alguém aparece nas redes sociais reclamando: Foz nunca realizou eventos como a Fespop. Isso não é verdade. A Fartal, em alguns anos, superou e de longe as expectativas, atraindo uma grande lista de nomes famosos e ao mesmo tempo abrindo espaço para a arte local. O problema é a memória curta da população. Mas uma coisa é certa: temos que tirar o chapéu para os vizinhos.
Cuidado e lamento
Para encerrar desejamos a todos um bom final de semana; todos os bons presságios junto às mamães, especialmente quem vai até a casa dela para dar uma força no jardim. Entre os paulistanos e descendentes de italianos isso é uma tradição. As pessoas levantam cedo e já chegam mexendo nas plantas, limpando os canteiros e empurrando vasos, quanto a mãe prepara a “porpetta” e o molho do macarrão. Hoje isso é uma tarefa arriscada, porque pode haver um mosquito “maledeto” escondido e aí já viu. Ontem a Vigilância Epidemiológica emitiu uma nota técnica confirmando o décimo óbito por dengue no município de Foz do Iguaçu em 2023, uma barbaridade! Essa doença não passou coisa nenhuma, como andam falando. Toda a atenção é pouca.