No Bico do Corvo
MST
O movimento está colocando o governo na saia justa e joga com a cumplicidade. Podem errar na avaliação porque muitos ministros estão irritados com as invasões. E pensar que não se passaram nem seis meses da posse de Lula. Se os Sem Terra são alinhados à esquerda, como dizem, deveriam pegar um pouco mais leve, porque com a movimentação, estão deixando muita gente com saudade da direita.
Tá certo…
A vitrina política é uma engenhosidade para uns e um joguinho para outros. A diferença é que nos dias atuais a população saca tudo muito rápido. Os eleitores entendem bem a maneira com a qual os candidatos tentam chamar a atenção. Algumas troças não vão mais funcionar.
Falou e disse
O general Joaquim Silva e Luna falou aos microfones da Rádio Cultura, e, anunciou que está preparando um bom momento para assinar a ficha partidária em Foz. Contará com a presença do governador de São Paulo Tarcísio de Freiras e segundo alguém disse a este colunista, seo Ratinho Júnior poderá comparecer. As declarações do futuro candidato rodaram as redes sociais e arrancaram suspiro da ala direitista em toda a região.
Relações
Silva e Luna diga-se, possui a simpatia de muitos prefeitos, uma vez que visitou e atendeu a todos quando dirigia a Itaipu. A lista de obras pronta ou em execução leva a sua assinatura, é preciso lembrar. Se efetivar a candidatura, iniciará o divisor de águas com o outro lado, onde está o PT e todo o poderio concentrado na Binacional.
É por aí
As coisas se encaminham para isso, de um lado a direita, do outro a esquerda e o centro se dividindo pelos extremos. Ninguém disfarça a influência de Ratinho Júnior no Republicanos e a maneira com a qual trabalha o PSD no Paraná. É uma das legendas divididas entre Lula e Bolsonaro, mesmo oficialmente na base de apoio do governo federal. Isso deve continuar assim até a conclusão do pleito eleitoral de 2024. Depois disso saberemos ao certo como fica o mapa político brasileiro. Dá-lhe o pau torar depois, na escolha de governadores, deputados, senadores e presidente. O corvo aposta um doce de abóbora como será o Tarcísio o nome que enfrentará a corrente puxada por Lula, em 2026.
“Um por todos e todos por Foz”
Disseram para o Corvo que este será um dos lemas para aglutinar forças partidárias visando a discussão eleitoral que acontecerá até o ano que vem. O “Endireita Foz” parece que está se encaminhando para a formatação de outro slogan, a pedido de cinco novas agremiações que devem se somar ao grupo. Pensando bem, quem será esse “um”, que espera representar a “todos”? Foz pode ineditamente encarar uma eleição com apenas dois candidatos, a exemplo de muitas cidades. Se isso acontecer, nem será necessário um segundo turno.
E precisa?
Bom, se Foz conseguir se qualificar para “segundo turno”, os eleitores escolherão os seus candidatos votando nominalmente e não haverá uma segunda disputa, caso um dos candidatos obtenha a maioria absoluta, ou seja, mais de 50% dos votos, não considerados os brancos e nulos. Isso vale também em caso de haver apenas dois candidatos. Se ambos não conseguirem o coeficiente dos votos, partirão para a outra etapa. Vai que os brancos e nulos causes essa confusão?
Poucas vagas
A Câmara abriga 15 vereadores, muitos se lançam candidatos à prefeito, mas lá na frente, no medão de perder a vaga, a maioria vai tentar a reeleição. Paralelamente, como este colunista vem escrevendo, há outros nomes conhecidos tentando se encaixar na política. Se não der para ser prefeito, o caminho é buscar vaga de vereador. O exercício matemático não será pequeno e a encrenca, grande.
Grupo dos “sete”
Em verdade e até o momento, há um grupo de sete pré-candidatos a prefeito de Foz tem se reunido para debater a possibilidade de unidade em torno de apenas um nome. As reuniões estão a todo o vapor e, segundo um dos “prefeitáveis”, o resultado pode ser uma candidatura viável da “esquerda ao centro”. Segundo a fonte, a ideia é tirar um cabeça de chapa e um vice, indo os outros cinco tentar uma vaga na Câmara.
Pastelaria
Os leitores pelo visto gostam das notinhas sobre a pastelaria, porque vivem pedindo esse tipo de informação. O Corvo, para saciar esse interesse, descobriu que dois vereadores mantém uma mesa cativa no empreendimento gastronômico das frituras e que fica em frente à Câmara. Creiam, eles inclusive andam despachando lá, mais até do que em seus gabinetes. Entre um pastel de queijo e um de carne, recebem personalidades políticas, jornalistas e apoiadores.
Chamaram sim
Não faz muito tempo, alguém ligou para o Corvo e convidou para “dividir” um pastel. Este colunista acreditou no efeito coloquial do convite, mas quem dera? O vereador pediu um pastel e passou a faca no meio, com metade para cada um, derramando óleo e carne moída na mesa. Depois de lambuzar a iguaria com molho vinagrete enfiou tudo de uma vez na boca, esquecendo da fervura. Depois de queimar o beiço ainda reclamou com o pasteleiro. Ser convidado por vereador mão de vaca para ir em pastelaria dá nisso.
Galhardia no “úrtimo”
O vereador Galhardo postou em suas redes sociais que a “fuga de anunciantes preocupa rádios e jornais de Foz”. Isso é uma realidade brasileira, o mercado muda, empresas entram e saem da mídia, se alternam nos veículos que há na cidade; tratam as verbas publicitárias como bem entendem, seguindo a orientação das agências de publicidade e trabalhando o orçamento com racionalidade, inteligência e economia. Assim são as coisas na iniciativa privada e nos meios sérios da comunicação. O vereador precisa se preocupar com outro tipo de fuga, a dos votos porque isso sim pode fazer falta, especialmente quando o eleitor se manifesta acerca das atividades de alguns membros do Legislativo.
A LDO
Muita gente faz confusão toda a vez que discutem previsões orçamentárias. A LDO quer dizer Lei de Diretrizes Orçamentárias, um exercício de imaginação dos gastos no próximo ano. A bola de cristal financeira diz que Foz precisará arrecadar 1,5 bilhão de reais para arcar com os compromissos, um dinheiro que aliás, não está no cofre. É um montante que só aumenta e dá-lhe a administração se coçar para transformar essa poeira imaginativa em grana de verdade. No meio do caminho tem uma pedra chamada Previdência.
Saúde e Educação
Toda a vez que se discute os afazeres da prefeitura, as primeiras palavras que surgem são Saúde e Educação, logo, as duas secretarias é que contarão com mais da metade do orçamento, ou seja R$ 825 milhões. O restante será dividido em todas as demais pastas, onde estão os setores sociais e produtivos, como o Turismo, Indústria e Comércio, Agricultura e ações sustentáveis na área do Meio Ambiente. Também há segurança e o que sempre fica meio de lado, a Cultura. Pensando bem, é um dinheiro curto para administrar uma cidade tão cheia de querências. Por isso Foz precisa se agarrar em Itaipu, governo do Estado e agora, tentar reforçar os laços com o governo federal.
A aula de Santa Terezinha
Enquanto a Fespop planeja receber mais de 200 mil pessoas nesta edição, a nossa FARTAL estava fora do calendário oficial do Município até o ano passado. Dá para acreditar? São detalhes assim que passam a ideia de que não há lá um interesse em explorar um setor tão rico. Para se chegar ao que faz o município vizinho, muita coisa precisará ser revista.
Pedágios
Provavelmente no final de 2023, ou no início do ano que vem as guaritas começarão a arrecadar a grana dos usuários das estradas paranaenses. Foi o que disse o ministro dos Transportes à RPC, na noite da quarta-feira. A entrevista comeu praticamente todo o telejornal, tamanho o interesse da população. Segundo Renan Filho, as concessionárias deverão prover melhorias ainda nos próximos 7 anos. O que muito nos interessa, ou seja, as obras na BR-277 no setor Oeste, nem foram quase comentadas. A região quer saber se a estrada será duplicada, finalmente, até Cascavel ou se pelo menos as concessionárias reforçarão alguns pontos, com terceiras pistas.
Toda a estrada
Muitos esperam bem mais quando o assunto é duplicação. É difícil entrar na cabeça das pessoas que o Paraná, o quarto Estado da Federação não possuirá uma estrada decente, totalmente duplicada, para o escoamento das safras, exportações e Turismo, atividade que quer crescer nas rodovias. Tudo nos leva a crer que os veículos pequenos continuarão se espremendo entre os caminhões ao longo da principal estrada paranaense.
Fiscalização de estrangeiros
Em Foz as autoridades estão dando em cima dos veículos com placas estrangeiras, até chilenos e uruguaios não escapam da fiscalização, embora paraguaios e argentinos é que penduram as contas. “Olha esse carro que está passando, caindo aos pedaços, com pneus carecas, escapamento aberto, derramando combustível pelo caminho”, disse um argentino ao GM, no momento em que estava sendo fiscalizado. Bom, se os agentes de trânsito levarem a sério as condições de muitos veículos, documentação e estado dos motoristas, faltará pátio para abrigar tantos automóveis, motos e até caminhões.
Passou em branco
Parece que uma Audiência Pública foi ignorada. Ela ocorreu na manhã da quarta-feira, na Câmara, para debater o imbróglio do estacionamento do CMEI – Dom Olivio Fazza na Av. Tancredo Neves. O que chamou a atenção foi a presença de apenas quatro pessoas em toda a plateia. Infelizmente, seria mais eficiente uma reunião fechada entre as autoridades, do que um mico desses. E pensar que o local é usado por muito mais gente e reclamações não faltam. A culpa é que quem pede a realização da audiência e não mobiliza interessados no assunto. É importante cumprir o rito das iniciativas públicas, mas é interessante envolver as comunidades.