No Bico do Corvo

Notas fiscais

Uma notícia divulgada ontem colocou muitos empreendedores em polvorosa. Acontece que a partir do próximo dia 03 de abril, mais de 20 mil MEIs terão que emitir as notas fiscais no Portal do Simples Nacional, uma mudança que faz a caspa estourar igual pipoca, dizem alguns contadores. Em verdade as opiniões são bem divididas, alguns profissionais até defendem a mudança.

 

Complicado

A verdade é que o complicado é “mudar”, em tirar a pessoa da zona de conforto, depois de anos fazendo um procedimento. Já parecia algo estranho precisar emitir nota pelo computador, pequenos empresários levaram um bom tempo até se adaptarem, pois estavam acostumados com o bloco e a caneta. Há pessoas que usam até papel carbono, um artigo de museu. Daí, migrar para o mundo cibernético? É o progresso.

 

O que fazer?

Corvo, fui no mercado perto de casa e notei que o local estava meio desfalcado de colaboradores, o mesmo senti na farmácia e na lojinha. Conversando com os proprietários descobri que a Dengue e a Covid são responsáveis pelas baixas. Em apenas um estabelecimento, seis funcionários estavam pendurados no UPA e Posto de Saúde. Pensa uma coisa dessas? E a situação é mais complicada do que se imagina. Uma tia mora quase em frente o UPA João Samek e disse que nem dá para entrar, de tanta gente; chega a dar desespero só de olhar. Aonde é que vamos parar desse jeito?

Joana M. F. Dias

 

O Corvo responde: prezada, a situação anda bem complicada e uma das soluções é intensificar o combate aos mosquitos transmissores e esperar que os infectados com as doenças melhorem. Isso pode levar um tempo. O problema é que de fato, há muitos casos de pessoas que contraíram ao mesmo tempo as duas doenças, ou seja, a Covid e a Dengue. Isso sim é um problemão. Os cuidados precisam redobrados. Se cada cidadão fizer a sua parte ficará mais fácil contornar o drama.

 

Cabeça quente

O Corvo tem presenciado essa correria, de familiares atônitos com infectados, sem saber o que fazer. Muitos estão apelando para as farmácias e isso é perigoso. Não aqui vamos colocar em dúvida a capacidade dos farmacêuticos, ou pessoas que trabalham nesses estabelecimentos; apesar da experiência deles, o ideal sempre é procurar a atenção de um médico antes. O povo das farmácias faz o que pode, é uma cultura ir se socorrer lá, porém não se deve desprezar a gravidade de algumas moléstias e elas requerem a pegada hospitalar. Se for caso de dengue hemorrágica então, só farmácia e conselhos de balconista não resolverá. É caso de emergência.

 

Mais cabeça quente

E no corre-corre, as pessoas não deixam escapar a ira política, culpando a administração pública. Por mais que uma prefeitura se agilize para tentar conter uma onda tão grande de infecções e atender os doentes, no caso da dengue e até mesmo da Covid, é a população que precisa se agilizar nas providências, cuidando dos quintais, casas, manipulando organizadamente o lixo e detritos, e, se protegendo por meio do uso de máscaras, álcool em gel. O problema é que no meio da confusão há a insuflação de cabos eleitorais, muito bem orientados pelos chefes, distribuindo culpa para todos os lados. Coisa mais chata precisar se deparar com isso, com esse tipo de manipulação. Vivemos duas calamidades, a causada pelas doenças e a do oportunismo.

 

O que acontece

Corvo, o que ocorre com as nossas crianças? É difícil calcular como se desdobram esses casos, como o ocorrido em São Paulo, onde um jovem de 13 anos saiu por aí distribuindo facadas, matando uma professora idosa, praticamente indefesa. Que loucura? E para variar ele estava usando roupas negras, com máscara, como fosse um terrorista. Quais influências mexem tanto com a cabeça desses jovens?

Cristina S. C. Vieira

 

O Corvo responde: é até complicado opinar, porque há um surto mental afetando algumas faixas etárias; nem todos os adolescentes e até mesmo crianças são assistidos pelos pais, como deveria ser. As famílias precisam se aproximar dos filhos e saber o que acontece, participando mais, avaliando o lado comportamental. Muitos pais desistem cedo dos filhos. O Corvo acompanhou um caso em que uma mãe disse: “Ah, minha filha já está mocinha, deve começar a aprender como é a vida”. Em verdade, trata-se de uma criança de 11 anos, muito cedo para lidar com a carga e a enxurrada social. Os pais é que são a redoma que encaminham esses jovens. Precisam saber que serão responsabilizados se acontecerem problemas.  

 

Eleições em foco

Pois então seu Corvo, já contei mais de 20 candidatos a prefeito e essa gente faz questão de aparecer, como isso fosse a coisa mais importante do mundo. Pode ser para eles, os políticos, porque para nós há outras urgências e emergências, por exemplo, uma maneira de tocar a vida sem tantas crises, problemas, especialmente depois de três anos de pandemia. Diga-se ala ainda está aí, matando gente. Na cabeça dos políticos há solução para tudo, só que na prática são outros quinhentos. E note Corvo, há gente de todas as frentes, direita, esquerda, centro; gente que metia o pau na esquerda e foi se aninhar lá; pessoas ficaram em frente ao Batalhão e hoje encaram a fila de cargos em Itaipu, que barbaridade? E esse povo pensa que esquecemos as coisas assim tão facilmente? E Corvo, a velha guarda parece que veio com tudo, com ex-prefeitos e vereadores querendo de novo uma boquinha, como se um cargo político eletivo ou nomeado fosse asilo. O povo quer sangue novo e é isso que vai acontecer: pode escrever.

M.B.C.V (O leitor pediu para não ter o nome divulgado)

 

O Corvo responde: prezado, o setor político atravessa muitas mudanças e vai ver é por isso há essa revoada de velhas águias e o aparente desespero de raposas felpudas, loucas para se mostrar e beliscar uma vaguinha da Câmara, ou se der, por meio de cargo na prefeitura. Sim, há mais de uma dezena de candidatos, mas lá perto das eleições esse número mudará, porque é necessário contar com bons recursos financeiros de campanha. No âmbito da “renovação”, tomara apareçam pessoas com novas ideais e soluções viáveis de fazer a cidade se desenvolver. Na visão do Corvo, a disputa deve se resumir no máximo em quatro frentes: o grupo que está no poder, liderado pelo prefeito Chico Brasileiro, mas como sabemos ele não pode se reeleger; há também a tentativa de organizar uma nova ”frentona”, mas o movimento parece que se esfacelou na primeira reunião; depois temos o PT e partidos de esquerda e por fim, o que restou da direita que se julgava aquartelada. O agrupamento de partidos já está nas ruas. E paralelamente temos os interesses estaduais, federais e não se sabe ainda como serão os efeitos da volta de Bolsonaro. Não podemos desprezar a quantidade de votos e o número de simpatizantes que ele possui em Foz. No geral ainda é cedo para uma avaliação mais completa.

 

Notícias da Câmara

A comunicação social do Legislativo está fazendo um bom trabalho, divulgando os atos e também traçando o perfil dos vereadores, uma vez que muitas pessoas ainda não os conhecem. É importante saber como pensam os nossos representantes e em quais projetos estão envolvidos. Isso encurta o caminho da população, que não se aproximam da Câmara porque em muitos casos não encontra motivação.

 

Segmentos

Os 15 vereadores legislam para toda a população e essas atividades perfazem um leque de situações, seja por segmentos, regiões e setores comunitários produtivos ou por meio de entidades e associações. É bom saber o que cada um faz e a população pode interagir, colaborando, ajudando a fiscalizar e até mesmo na elaboração de projetos.

 

Imparcialidade

É bom lembrar, que as atividades de divulgação no Legislativo são imparciais, abarcam a todos os vereadores, sem discriminação ou projeção de uns, acima de outros. Pela análise do Corvo, todos estão ocupando espaço similar.

 

Outra cabeça

O Corvo não quer com essa avaliação, macular ou causar tristeza em outras legislaturas, ou pessoas que exerceram a chefia do Legislativo, mas o fato é que se observa uma nova filosofia, uma inovação em mostrar as atividades da Câmara de Vereadores e isso sai da cabeça do presidente João Morales. Para ele, a política requer esse “approach”, o que muda a maneira da população lidar com o setor, sempre vivendo altos e baixos, à sombra dos efeitos nacionais. Levar a população para o Legislativo e fazê-la discernir os projetos e formatação de Leis é uma maneira reforçar a relação com o meio político e valorizá-lo. Um grifo do Corvo: isso se deve à alternância, e graças a ela, temos a oportunidade de conhecer novos líderes, como é o caso do João Morales, e a maneira com a qual pensam a cidade.

 

Na Europa

Corvo, você tem publicado notas o tempo todo, alertando para os conflitos que se desenvolvem pelo mundo. Mas a coisa na Europa está feia. Tenho um irmão que mora na Suécia e ele diz que nunca, em tempo algum, viu tanta movimentação de tropas e caças militares rasgando o céu. Segundo ressalta, a população também se mexe, abastecendo as casas com água e mantimentos. Como pode o mundo se converter a esse belicismo? É inacreditável.

Lukas M. Flexa

 

O Corvo responde: prezado, ontem mesmo o Corvo leu que os países nórdicos estão unificando as forças aéreas e avaliam uma parede fronteiriça por meio de artilharia e infantaria motorizada. Segundo um amigo do Corvo que reporta notícias da Polônia, forças da OTAN já se espalharam pelo país e é possível notar a presença militar de noruegueses e finlandeses. Isso é uma tragédia, levando em conta todos os problemas que já enfrentamos como a fome, as diferenças sociais e a revolta climática. Seo Putin deveria aquietar o faixo e parar com essa tensão. Isso está levando o mundo ao desespero.

 

Lula e a China

O presidente do Brasil está sim com problemas de saúde, conforme divulgado pelas assessorias. A oposição anda espalhando notícias falsas de todos os tipos, o que é encarado com certa normalidade. Lula deve viajar para a China, mas certamente está de olho na instabilidade entre os blocos ocidentais e orientais. A guerra entre russos e ucranianos está sacudindo o planeta e cada um se agarrando onde pode. O Brasil, por sua vez, integra a lista de países que brigam pela paz e vivem de remediar fórmulas, panos quentes e medidas que reduzam as possibilidades de alastramento dos conflitos. O problema é que muita gente lucra com isso, até mais do que se imagina.

 

Testes e agressividade

Nunca, em vários episódios tensos ao longo da história, ou após a II Guerra Mundial, ouviu-se tanto falar em testes de mísseis nucleares e ameaças intercontinentais. Isso não ocorreu nem na “Guerra Fria”, até porque o embate envolvia diretamente russos e norte-americanos. Hoje o contorno conflituoso é bem mais abrangente, com China, Coréia do Norte, Belarus e esse estica e puxa da OTAN, em proteger países que fazem a divisa com a Rússia, ao que parece, querendo se tornar novamente uma União Soviética. Que baita retrocesso.

 

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