COLUNA: NO BICO CORVO
Aprovado o Projeto da Protetora Carol
A causa animal agradece! O Corvo fez a publicação antes da votação e torna ao assunto. A Câmara Municipal aprovou por unanimidade na última terça-feira, 15, o Projeto de Lei Complementar n° 02/2023, da vereadora Protetora Carol, que coíbe o comércio clandestino de animais na cidade. Com a medida, muitos criadores de “fundo de quintal”, que não respeitam os bichos, o ambiente e menos ainda a sociedade, ficarão praticamente se saída. Acabou a festa dessa gente.
Fiscalização
A população é quem de fato faz a diferença na coibição dessas práticas, como é o caso da procriação continuada. Se alguém souber de comercialização irregular de animais, ajudaria bastante denunciando, porque também corre riscos. Uma amiga do Corvo precisou passar um perrengue em virtude de seus animais contraírem doenças e alguns foram até sacrificados. Tempos depois ela descobriu que existia um criadouro de gatos e cães nas vizinhanças. Os responsáveis alegavam que se tratava de resgate e que eram protetores. A verdade era outra. Comercializavam os bichos, sem o mínimo de cuidados. O lugar era uma bomba de infecção animal e humana.
Bichos avistados
Se o mundo dos animais domésticos anda tão problemático em Foz, o habitat silvestre possui razões de sobra para comemorar. Há bichos sendo avistados em muitas cercanias, sobretudo as mais próximas das matas ciliares, que hoje recompõem a Mata Atlântica. Se há onças caminhando pela faixa de proteção, isso quere dizer que o meio foi refeito. Aviso: esses animais devem ser respeitados e não afrontados. O homem precisa aprender meios de estabelecer essa convivência. Isso também é uma lição sustentável.
O contrário
Como pode, em cidade que pontua nas regras ambientais e consegue até reverter os estragos causados na Mata Atlântica ainda há caçadores invadindo o Parque Nacional e pessoas maltratando animais? Pior, ontem o Corvo se deparou com um caso sério, de pessoa encostando caminhonete ao lado da mata, descarregando móveis em pedaços. O cidadão disse: “isso não dura, logo aparece alguém e põe fogo”. Imagina? Quer dizer, já jogam o lixo acreditando que alguém vai queimar. O Corvo anotou a placa e enviou às autoridades. Podem espernear à vontade.
Não é preciso ir longe…
…basta uma voltinha pelos bairros que circundam o centro da cidade e veremos as calçadas repletas de pedaços de estantes e guarda-roupas, telhas, móveis de todos os tipos, cacos de vidros, garrafas e entulho e tudo o mais. A reciclagem carrega o vidro, mas se recusa recolher móveis. Pelo, visto a prefeitura terá que ajudar a encontrar uma saída para isso, pois nem todas as pessoas possuem condições de levar os entulhos até os locais oficiais de descarte, como o aterro que fica no extremo norte da cidade.
Mundo humano
Não faz muito tempo, bem no meio do clamor da disputa eleitoral, alguém entra no mercadinho do bairro e diz: depois da reeleição do mito vamos acabar de tacar fogo na floresta e criar boi, empurrar os índios para além das fronteiras e comer as pacas, capivaras e tatus”. E a exclamação nem gerou muita revolta, porque havia uma maioria bolsonarista pelo local. Quem não concordou preferiu ficar quieto. O Corvo deu risada e mesmo assim algumas pessoas se ofenderam. No fim das contas, o mundo não é apenas dos homens e quando as florestas são preservadas, somos contemplados com essas simpáticas visitas dos bichos, curiosos, ávidos por compartilhar. Isso não quer dizer que estejam famintos, ou que há um desequilíbrio, pelo contrário. Equilibrando a cabeça das pessoas, viveremos bem melhor com a Natureza.
Na política…
O Corvo tem acompanhado os noticiários e a situação parece não estar nada boa para a deputada Carla Zambelli, aquela que vivia posando de papagaia de pirata em ombro de Bolsonaro e saiu correndo armada, atrás de um jornalista, em São Paulo. As coisas pioram quando os aliados traem em seus depoimentos. Os valentões em geral agem assim: entregam tudo quando vão para o paredão. Salvam a pele e jogam os outros no poço de espinhos. O ex-presidente Jair Bolsonaro está no mesmo caminho, ou seja, sofrendo com as declarações dos traidores da sua causa em casa depoimento. Isso sim é um pesadelo, um inferno em vida.
Políticos & Cia
O Corvo publica as notas oriundas dos partidos, crendo nas fontes. Além do mais, as publicações jamais, em tempo algum, prejudicaram os políticos mencionados. O caso é que isso sempre depende da interpretação dos leitores e uns vão bem mais além que outros. De qualquer maneira, o Corvo não é chegado em “cifrar”” os comentários, a não ser em casos extremos. A coluna, em geral, cita os nomes e vai direto nas feridas.
Os partidos
Quase todas as agremiações políticas de Foz passam por um arranjo interno. No PDT há uma busca em renovar a identidade e a sigla está recuperando alguns nomes, de gente que foi se arriscar em outras bandas e quebrou o queixo; o PSD, teoricamente o partido mais forte da cidade, está em queda de braço, aliás, como sempre. Isso se dá mais pela escolha de um sucessor para o Chico Brasileiro e também pelo borbulhar de pitacos externos, com gente dando mais ouvido à Curitiba do que zelando pelas relações na cidade. O MDB vive uma onda de saudosismo e não vamos nos admirar, caso o Dobrandio resolva aparecer nas redes sociais dizendo que será candidato.
Sumiço
O caso é que ao passar do tempo, alguns partidos simplesmente desaparecem, porque são personalizados na imagem de uns e outros. Aí o vivente resolve dar um tempo e om caldeirão esfria. Ou isso também acontece porque surge a impossibilidade de disputa, por questões judiciais. Há vários apartados em razão disso e outros à caminho.
Na Direita
Os movimentos de Direita deram uma esfriada estratégica. Havia pelo menos cinco nomes em evidência, a caminho da prefeitura, mas depois que o General Silva e Luna filiou em partido e anunciou pré-candidatura, uns se colocam como vice e outros na luta por vaga na Câmara. Há uma estrada aberta e bem calçada entre e o povo da direita. Há de se ressaltar a queda de braço para o bloco se aproximar do Centro, sem se aproximar da esquerda, mesmo com os acertos em Brasília.
E na Esquerda
O PT entrou em estado de ebulição, com várias discussões em quase todas as correntes do partido. É um processo normal, embora estridente. Isso é de certa forma bom, levando em conta que essas coisas também ocorrem em outros partidos, em ninguém fica sabendo nada. Há no PT uma luta contra o fisiologismo, ou seja, em manter a soberania partidária, sem que seja ameaçada pela ocupação de cargos nos escalões públicos, ou pelo ingresso de filiados. Há um certo desconforto em receber gente que já pretende sentar na janelinha.
As discussões
O caso é que o PT está se organizando e a possibilidade de união incomoda os adversários. Os filiados já se deram conta disso e tentam encontrar um viés que acomode todas as opiniões. Haja coisa para discutir no PT; parece que estão todos com arcos e flechas apontados uns aos outros, mas segundo o Corvo apurou, a situação está bem próxima de um acerto geral. Neste ponto, figuras históricas como o Dilto Vitorassi fazem a diferença na arrumação da casa.
Plenária
O PT inclusive organiza um evento de peso na cidade, hoje, a Plenária da Federação Brasil da Esperança, com a presença conformada de Alexandre Padilha, Gleisi Hoffmann e Enio Verri, dentre outros militantes importantes e que movem a opinião no partido. Será no Conjunto B, do Jardim Itaipu, logo mais às 18h30. Podem esperar que jogarão água morna na fervura. Se alguém pensa que o partido vai rachar, em razão da enxurrada de ideias, está apostando errado.
Ennes e o legado
Corvo, o Bonato escreveu um belo artigo sobre o amigo e penso que é importante, sempre, honrar os nossos ilustres e pessoas que de algum modo ajudaram a construir uma cidade melhor. Eu, francamente, não sabia da importância do cidadão Ennes Mendees da Rocha, acreditava que ele era apenas um locutor de rádio, que fazia comentários pontuais na hora do almoço, juntamente com os seus colegas. Foz precisa urgentemente ajustar um “memorial”, pois o tempo passa, o mundo dá volta e as coisas caem no esquecimento, quando não há esse cuidado.
Jackelinne A. B. Barbosa
O Corvo responde: prezada, primeiramente obrigado pela leitura e interesse em não deixar que pessoas deixem de ser lembradas. Este colunista enviou a sua nota para o Rogério responder: O esquecimento é a monumental tragédia da memória. Não há como deixar de ser sensível diante do falecimento de um amigo tão presente em tudo, em mais de 40 anos. Há também que separar a amizade entre o lado pessoal e o público. É por essas e outras é que colocam o nome das pessoas em ruas e praças, mas isso não é o suficiente. Outro dia, alguém disse: “deveriam mudar o nome de algumas ruas da cidade, porque essas pessoas já morreram faz tempo”. Olha o tamanho da imbecilidade? A homenagem não se faz à pessoa e sim, ao bem coletivo, de maneiras que isso inspire mais ações e envolvimento nas causas comunitárias. Ennes fez muito além dos microfones e suas atividades empreendedoras, trabalho em favor do bem comum.
RRB
Lei Orgânica
Muitas pessoas não fazem ideia quanto ao significado de uma Lei Orgânica. Ela é simplesmente a Constituição do Município, para onde vão as Leis votadas pela Câmara de Vereadores. Essa incorporação legal exige um exercício contínuo legal, de maneiras que as coisas se combinem com a Carta Magna do país. Em seu exercício de presidência legislativa, no biênio 1989-1990, Ennes precisou trabalhar as posturas, em acordo com a carta constitucional de 1988. Todos os municípios, bem como os vereadores, gestores públicos e a sociedade civil organizada se debruçaram para a formatação da Lei Orgânica do Município. Foii uma tarefa e tanto, por meio de uma Comissão de Sistematização. Claro, a missão se estendeu aos demais parlamentares, Rubens Alexandre da Silva, Ademar Hajak, Josivalter Vila Nova e Paulo Mac Donald Ghisi, nos tempos der vereança. Não vamos esquecer o Betinho Holler, Alberto Koelbl e Altair Silva Nogueira e demais vereadores que atuaram no processo.
Que tal essa aprovação?
Corvo, o presidente Lula está escalando os números da simpatia e tem uma aprovação de 60%. Isso em apenas 6 meses. Não seria melhor deixarem de perder tempo com essas avaliações e trabalharem mais? Ainda há muito por se fazer até a arrumação completa da casa. Não que eu seja contra pesquisas, mas elas às vezes moldam que “tudo está bem” e isso não é verdade.
Antonio H. F. Silva
O Corvo responde: prezado, as pesquisas são necessárias, pois expressam a opinião da população quanto às deliberações do governo. Isso não quer dizer que “tudo vai bem”; o correto é pensar que os números indicam que estamos (ou não) no caminho certo. O levantamento é do Instituto Genial/Quaest divulgado na última quarta-feira. Lula cresceu quatro pontos percentuais em relação ao último levantamento. A pesquisa mostra que 42% dos brasileiros consideram o governo positivo. Outros 29% avaliam como regular e por fim, 24% qualificaram negativamente o desempenho. O fato é que há mais gente aprovando do que desaprovando. A luta do governo é para segurar o índice e assim, trabalhar mais tranquilamente.