Coluna do Corvo

O passeio do seo Jair

O assunto do dia e da noite da quarta-feira, foi a visita “relâmpago” do ex-presidente Jair Bolsonaro. Não no sentido do tempo em que ficou na cidade, porque permaneceu até bem mais do que quando estava no poder; sim pelo aparecimento abrupto na agenda, praticamente de um dia ao outro. Foi “quase” uma surpresa. Na terça-feira pela manhã surgiram as primeiras informações e ele desembarcou na quarta, pelo horário do almoço.

 

Os eventos

Logo, da terça-feira, até a noite do dia seguinte, o comitê de campanha do candidato General Silva e Luna precisou passar sebo nas canelas e organizar o local, palco, imagem institucional de campanha, seguranças, logística para receber um ex-presidente, governador do Estado e tudo o mais; foram ao aeroporto, fizeram carreta e o que se viu; “independentemente” o público.

 

E o público?

Foi o ponto de polêmica. Os adversários dizem que não havia mil pessoas, os correligionários sustentam que foram três mil os participantes; este colunista consultou um PM (pediu para não revelar o nome), que apesar de bolsonarista roxo, possui experiência no assunto e relatou que perto de dois mil foram até a Praça da Paz.

 

“Independentemente”?

Devemos considerar que os organizadores foram de certa forma felizes com a presença “orgânica” das pessoas, como costumam usar o termo na fluência das redes sociais. Garantem que quem foi até o local do comício usou os próprios meios, sem transporte de graça, ou outros artifícios, enfim, espontaneamente. Os adversários podem zombar, mas não devem subestimar o quanto a tal visita será importante para o arsenal de campanha. Hoje o General Silva e Luna e todos os candidatos a vereador possuem fotos ao lado de Bolsonaro e Ratinho, falas em palanque, gravações, imagens pelas ruas da cidade, enfim, uma artilharia eficiente. Este humilde avalia que armaram uma produção para esta exclusiva finalidade.

 

Sem dúvidas

Se Bolsonaro agendar uma visita à Foz, com uma semana de antecedência, estejam certos que um evento assim precisará ser realizado em estádio de futebol e assim mesmo muita gente ficará de fora. Não há praça na cidade que comporte tanto público. Os adversários é que tratem de se conformar. Se isso será traduzido em votos, aí são outros quinhentos, só saberemos na noite de 6 de outubro. Faltam apenas 38 dias. É, o tempo voa.

 

O nome “General”

Então, saiu a decisão. A tentativa de impugnação de Joaquim Silva e Luna, em usar a patente de General, bateu na trave. A justiça decidiu favoravelmente ao candidato e a sentença da Juíza Eleitoral Trícia Cristina Santos Troian decide “ ANTE O EXPOSTO, DEFIRO o pedido de registro de candidatura de JOAQUIM SILVA E LUNA para concorrer ao cargo de Prefeito, sob o número 22, com a seguinte opção de nome: GENERAL SILVA E LUNA. Intime-se e atualize-se no sistema CAND a situação de julgamento do candidato. Ciência ao Ministério Público Eleitoral”. A decisão foi expedida na última quarta-feira, 28/08 e, naturalmente divulgada ontem.

 

E como é isso?

No ponto de vista eleitoral, fazendo campanhas, participando de debates, organizando comícios, visitas, atuando como deveriam na colheita dos votos, os ilustres candidatos possuem missões matemáticas, se comparadas pelas últimas campanhas: Paulo terá que segurar as intenções de voto, enquanto o General Silva e Luna precisará furar o balão do ex-prefeito e convencer indecisos; Sâmis e Aírton José, procuram meios de alcançar o segundo lugar, e, sonharem com a participação no outro turno; Caimi e Zé Elias tratam de cavar opções, na esperança de convencimento por meio da propaganda eleitoral e aliados externos, e, por fim, o Latinha, vive à espera de um milagre. Ou esta análise está errada? É a corrida dos cavalinhos do Fantástico.

 

O debate na Cultura

Muitas pessoas enviaram mensagens perguntando sobre o debate da Rádio Cultura, fazendo confusão com a data. Não será no dia 01 de setembro, ou seja, na próxima segunda-feira e sim no primeiro dia de outubro. Pois é bom que os candidatos se preparem, será um evento de qualidade e com grande exposição. O último debate antes da eleição.

 

Detalhes

O debate no dia 01/10, acontecerá no Recanto Hotel e todos os candidatos foram convidados. A emissora organiza uma reunião para informar as regras. No dia, a movimentação está prevista para iniciar às 19h, nas mídias sociais e, a partir das 20h, inicia-se o rol de perguntas, respostas, réplicas e tréplicas, e tudo o mais que acontece em eventos assim.

 

Antes

A Rádio Cultura deve preparar mais uma rodada com os candidatos e possui uma agenda que assim: a ordem será inversa à primeira rodada, começando com o candidato Zé Elias, dia 16/09; Sergio Caimi em 17/09; Samis da Silva no dia 18/09; Paulo Mac Donald em 19/09, o Latinha (Jurandir de Moura) dia 20/09; dia 23/09 será a vez do General Silva e Luna e por fim, o Airton José participará em 24/09, encerrando o ciclo de entrevistas. A emissora também anunciou que em caso de segundo turno, realizará um outro debate no dia 22 de outubro.

 

Ecos do último debate

Dificilmente os candidatos encontram tempo para discutir o setor de Cultura. Foi o Aírton José abordar o tema e fazer uma pergunta ao General Silva e Luna que o segmento abriu os olhos para os debates. Produtores, artistas plásticos, o povo das letras, do teatro e cinema, todos se agitaram com o momento que pode se considerar isolado, logo, isso chamou a atenção de uma massa significativa e que erroneamente os políticos acreditam que não rende votos. Tomara trabalhem mais o tema.

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