Coluna do Corvo
Paulo e a convenção
Os outros políticos não fiquem enciumados, a convenção do PP tem sido alvo das atenções e de comentários. Até o fechamento desta edição não surgiu um oponente para enfrentar Paulo Mac Donald na convenção partidária, marcada para esta sexta-feira. Alguém desconfiado teria dito: “as coisas estão indo tão bem, que só falta o inesperado pode acontecer”. Mas o Mac será o escolhido, como anunciam os convites. Dona Elenice que faça o favor de comprar um par de sapatos para o marido, evitando que ele compareça com o chinelão no evento.
O próximo passo
Depois da unção no PP, restará saber quem ocupará a vaga de vice; de fiel escudeiro do ex-prefeito, uma pessoa capaz de sentar ao seu lado, sem jogar pó de mico na cadeira, ou enfiar-lhe uma faca nas costas, nas escadarias do Palácio Cataratas! Tomara o Paulo não precise exclamar…”até tu, fulano?”. Ele já experimentou riscos assim no passado.
O vice ideal
Dizem que a escolha de alguém para chamar de “vice” é bem mais difícil que casamento, onde a noiva comparece de véu e grinalda, mas com o pau de macarrão escondido. O vice é a pessoa que assume em caso de ausência do prefeito; deve se comportar como uma sombra, repetindo os mesmos movimentos, uma sintonia que agrega valor ao governo, sem desatinos e conflitos de ideias. Por essas e outras é bom escolher bem escolhido. O iguaçuense conhece bem a história dos vices e Paulo também, porque ele já ocupou o cargo também, nos tempos do Harry Daijó. Bom, o fato é que Paulo foi um vice natimorto, não teve o gostinho de um único suspiro no fatídico governo.
Ai…ai…ai…
Certamente o Paulo Mac pensa no pote de aspirina antes de lembrar os vices escolhidos em sua trajetória. Primeiro foi o Dilto Vitorassi e depois, ninguém menos que o Chico Brasileiro! Barbaridade! Sim, eles foram aliados, companheiros e amigos durante anos. A única vice que não deu dor de cabeça foi Nanci Rafagnin Andreola, que assumiu a prefeitura em várias ocasiões, como presidente da Câmara Municipal, na ausência de Vitorassi, eleito deputado federal. Com ela no gabinete, Paulo emprestava até a cadeira.
Vice é importante
Sim, é muitíssimo importante, porque viajar para a Toscana pensando em quem ficará com a caneta é uma complicação. O melhor é não precisar passar por isso e, desfrutar as paisagens, o vinho, a arquitetura histórica, desligando um pouco e refazendo as energias. Esse sossego começa com a escolha da sombra, com o casamento político feliz, a sintonia sonhada por nove, entre dez eleitos ao Poder Executivo. Vice bom é aquele que não cria caso e exerce a função polivalente, ajudando, no lugar de complicar a vida do prefeito.
As opções
Apesar de um número relativamente pequeno de aliados (Podemos, Avante, Agir e Mobiliza) Paulo Mac poderá escolher um dos quase quinze nomes disponíveis. Não poderá tirar da cumbuca, o processo é bem mais delicado. Mas no fim das contas, com um leque partidário tão equilibrado, quem não for vice será secretário, concorrerá à Câmara e terá a porta aberta em todas as possibilidades políticas oferecidas aos aliados.
Pós escolha
Os políticos precisam lembrar que há o advento do segundo turno em Foz, logo o vice precisará trabalhar muito em campanha. Há neste caso a possibilidade de um fenômeno; as duas frentes partidárias que seguem adiante certamente receberão a adesão de políticos e partidos que ficaram para trás.
Enquanto isso…
As redes sociais espalham os vídeos em que Bolsonaro elogia o General Silva e Luna, no recente encontro em Porto Alegre. O ex-presidente fala um minuto lembrando as obras em Itaipu; eles estão ladeados pelo governador Ratinho e o deputado Giacobo. Dizem os entendidos, que é o retrato mais fiel no racha do PL e que dividiu a correnteza eleitoral em busca da prefeitura de Foz. Por enquanto a tarefa é engrossar as águas, o rio do lado oponente continua transbordando, segundo as pesquisas (registros no TRE/PR com os números PR-04712/2024 e PR-06064/2024).
Sangue nos olhos
Até hoje a pulada de galho de Bolsonaro incomoda muita gente. Isso teria acabado com a paz reinante entre os representantes da cidade no Congresso Nacional. O que se percebe é que há muitos cuidados e diplomacia para não saírem na porrada em caso de se encontrarem por aí. Logo, isso foi parar no terreno eleitoral e a cidade terá chance de saber quem é mais forte e manda no pedaço. É um “tudo ou nada”, diga-se.
E o vice do Luna?
O tempo vai passando e as coisas se encaminhando na coalisão partidária do General. Devem ter discutido bastante o assunto em alguma churrascaria porto-alegrense. Tudo converge para o Ricardinho, mas há uma ala insistindo na presença feminina. Os marqueteiros estão com a batata quente nas mãos, muito mais que os políticos. O que rende mais votos, o eleitorado feminino ou o povão que assiste TV? Ao que parece, Ricardinho da Rede Massa já completou o espaço.
Ainda falta…
…saber quem serão os vices de Sâmis, Aírton, Caimi, Kalito (ou se ele será o vice de alguém) ainda faz parte da curiosidade. Enquanto isso Zé Elias vai atribuindo funções ao Leandro Costa, na importante discussão sobre mobilidade, urbanismo, meio ambiente e setores críticos. Bom, isso se o União Brasil não resolver estender o tapete na sala do PP. Ou alguém acredita que o Ricado Barros está quietinho? O caso é convencerem o Sérgio Moro, coisa muito difícil.
Festa dos Deuses!
Francamente, o holandês Jan van Bijlert, não imaginou que a sua pintura mitológica causasse tanta confusão quase 400 anos depois. Ele teria finalizado a obra em 1640. Para os desatentos, a polêmica nos Jogos Olímpicos acontece em razão de uma representação cênica durante a abertura. O caso é que várias pinturas tentaram retratar o que seria um encontro entre divindades. Pictoricamente isso pode ser comparado ao nosso micromundo, quando os que se consideram “deuses” da política local celebram a vitória.
Bagunça
Uma festa de deuses não é algo fácil de retratar, por isso mexe com os católicos, evangélicos, judeus e afins. Quem se sentiria confortável em ver o deus da sua preferência no meio de um bacanal? O problema é que as festas eram assim antigamente, saíam facilmente do controle. Em nossos tempos não é muito diferente; houve ocasião que certamente não podem ser lembradas, quando os políticos se abraçaram e chegaram a dançar de rosto colado na noite do resultado. Eita ressaca!
Zummmmmmmm
Vamos fabricar mosquitos! Aí simmmmm! Daqui uns tempos teremos uma garrafinha cheia de aedes aegyptis nutridos da bactéria “Wolbachia” e ao serem soltos, contaminarão os irmãozinhos maledetos, que transmitem a dengue. A mosquita wolbaciana namora o mosquito peçonhento e está feito o estrago! Quem diria, o homem inventa, mas sem a natureza nada acontece. Como não fomos competentes em conter a dengue, apelamos para os insetos do bem.
Contraditório
O fato é que muitos insetos já possuem a tal bactéria, detectada na natureza faz um século. Como em tudo, sempre há quem torça o nariz; os bichos portadores da bactéria, naturalmente, se dão bem com o ambiente, o que a ciência apura, é de que forma isso será com o Aedes aegypti, um inseto imprevisível, capaz de se adaptar em condições desfavoráveis. A nona perguntou: “o que eu faço com a raquete?” Ela teme eletrocutar o mosquito errado.