Coluna do Corvo
Começou
Apesar do entretenimento chega a dar um arrepio em assistir aos Jogos Olímpicos. Desfilam espécimes maravilhosos de seres humanos, saudáveis, bem preparados e num desviar do olhar na TV, o que encontramos pela frente é a pança. Um atleta dá um salto de vários metros e, em casa, o joelho dói para alcançar a pipoca. É difícil e de certa forma desconfortável entender essa relação entre os superatletas e o cidadão comum, sedentário, acima do peso, fazendo tudo errado ao se alimentar, porque a cabeça é feita pela boca, na onda das promoções de supermercados.
Entendendo um pouco mais…
A delegação olímpica é esculpida, com dieta controlada por especialistas, nutricionistas, psicólogos, acompanhamento médico contínuo; se quebrar uma unha, lascar um dente, o atendimento é imediato. O cidadão comum encara o churrasco, coxinha, e, em caso de se tropeço, dependendo, espera o Siate. Gordo, quando arrisca correr de um cachorro, ou para pegar o ônibus, corre sérios riscos sem uma ambulância do SAMU por perto; Deus nos livre! Enfim, vamos curtir as Olímpiadas de Paris e celebrar a virilidade brasileira, do tipo exportação! Uma barbaridade!
Quantas medalhas?
Há uma aposta pelas ruas: quantas medalhas o Brasil conseguirá em Paris? Bom vamos fazer um retrospecto. O recordista de medalhas de ouro em todos os Jogos são os Estados Unidos; comendo ovos e bacon no café da manhã, subiram ao lugar mais alto do pódio 1061 vezes. O Brasil, em todas as participações, conseguiu 37. É para ver a diferença. O máximo de medalhas que ganhamos em apenas uma Olimpíada foi no Japão em 2020. E essa mixaria de ouro, prata e bronze não quer dizer muita coisa, pois em Tóquio, conseguimos também a melhor classificação de nossa história. Foram 21 medalhas no total, sendo 7 ouros, 6 pratas e 8 bronzes, o que nos garantiu a 12ª colocação no quadro geral. O fato é que os gringos arrepiam. Bom, no Brasil as aulas de educação física nem são mais obrigatórias, logo…
Vamos mudar de assunto
Sim, é muito bom acompanhar o esporte e imaginar que se todas as modalidades olímpicas fossem mais praticadas no Brasil, haveria menos problemas de Saúde, filas menores nos postos de atendimento e os orçamentos públicos atenderiam outras áreas que ajudam bastante na qualidade de vida do cidadão. Pode ser isso ocorra quando deixarmos o status “emergente”. Ainda há fome no “celeiro do mundo”, acreditem. A palavra “emergente” é usada pelos grandes e aceita por gente de mente pequena e que acredita que isso é algo importante. É o fim da picada.
A política
Interessante. Ouvindo a todos os pré-candidatos, as justificativas em participação eleitoral parecem iguais, mas possuem gradativas diferenças se bem interpretadas. Teremos tempos interessantes pela frente. Tomara seja possível aproveitar mais as coisas boas, mas infelizmente são as ruins que chamam a atenção e causam o debate.
As coisas ruins
Vamos pensar: independentemente do gestor, se a cidade fosse só uma maravilha, sem mazelas e problemas, qual a razão da fuzarca eleitoral? Por melhor o ambiente, alguém apareceria pintando o contrário, encontrando defeitos, cavando uma brecha. O fato é que mesmo com tantas coisas acontecendo, as grandes obras e coisa e tal, há muito o que arrumar e discutir e é aí que a balança vai pesar. Eleição é nutrida dessa finalidade e fim de papo. E, considerando que o governo municipal acabou sem candidatos e defensores, saiam de baixo! Chico corre o risco de ser o prefeito mais malhado na história, e, sem ser defendido. Até os aliados do PSD desviarão da administração municipal.
O erro
Ouvindo as pessoas, a maioria considera que o atual prefeito deveria ter trabalhado um sucessor. Vai ver, ele nunca acreditou muito nisso, porque foi o sucessor do Paulo e perdeu a eleição para o Reni Pereira, que situação hein? Mas depois voltou e ganhou e foi aí que os pratos se quebraram. Até pouco tempo, nomes como Ney Patrício e Nilton Bobato estavam na lista de sucessão, mas o mundo girou bem mais rápido do que esperavam. Hoje cada um foi para um lado.
A configuração
O tapetão político se mostra bem estruturado. Devem disputar o primeiro turno Paulo Mac Donald, Joaquim Silva e Luna, Sâmis da Silva, Aírton José e Sérgio Caimi. Zé Elias já é candidato e não há volta ao que parece. A incógnita ainda é o Kalito. Dizem que lançará candidatura, mas opiniões divergem. Uns dizem que se unirá ao Aírton, mas há quem acredite que se junte com o Paulo. O caso é que prevalecerá a vontade do PDT e não apenas a do pré-candidato.
O PDT e os outros
A verdade é que depois da decisão de Zé Elias, de ir em frente, Kalito passou a ser a noiva de pelo menos três frentes. Paulo, Aírton e Sâmis estão de porteiras abertas. A discussão no PDT não deve ser pequena, porque há partidários olhando em todos os lados, analisando vantagens e desvantagens e esmiuçando as prováveis situações. O PDT é assim.
Zé e Moro
Quem acompanhar um pouco mais de perto as movimentações no União Brasil verá que há uma massa movida em apenas um sentido: ir para o confronto, tentando fazer o melhor, olhando para 2026, uma vez que todas as pesquisas são favoráveis ao Sérgio Moro na disputa pelo governo do Estado.
Paulo gosta
Segundo dizem os falatórios, Paulo Mac estaria satisfeito com a construção do PP até o momento. Ele teria deixado escapar um “já está de bom tamanho”. Quem conhece bem o ex-prefeito sabe que ele se preocupa mais com o que atrapalha, do que aquilo que contribui. E o fato é que ele já cursou mestrado, doutorado é PHD em eleições, ganhando e perdendo; além do mais, é em períodos assim que desabrocha o sociólogo. Uns dizem que é quando ele abre a garrafa do diabinho.
Caimi
A participação no contexto eleitoral tem sido uma experiência prazerosa para Sérgio Caimi. Em roda de amigos ele disse nunca imaginar que seria procurado por tantas pessoas de nichos diferentes, em tão pouco tempo. Sai de madrugada e só volta perto da hora de dormir e ainda dá telefonemas. Por essas e outras deve sim arriscar a experiência de primeiro turno.
Para onde vão?
Taí algo difícil de imaginar: onde essa gente toda vai se acontecer um segundo turno, algo muito provável, analisando o desenho. “Tudo depende a diferença entre os oponentes”, garante um matemático (não é o Kossar). Pois é, o professor não é a única pessoa que sabe fazer cálculos na cidade, mas quando o assunto é fazer contas, pensando na cabeça das pessoas, ele é imbatível.
Eles vão para…
…o lado que estiver na frente? Em geral é isso que acontece, porque não é tarefa fácil virar placar. E, mesmo conhecendo a mobilidade dos prováveis candidatos, os eleitores iguaçuenses são igual bunda de neném, aprontam quando menos se espera. Vamos ver como a turba reagirá aos próximos movimentos, depois das convenções.
Avisou que aparecerá
Segundo um assessor em Brasília, o ex-presidente Bolsonaro escolheu 200 cidades que considera fundamentais. O número inclui as capitais. Foz está na lista, alguém afirmou. Mas vamos pensar: se viajar para todos esses lugares, considerando as distâncias no Brasil, praticamente não sairá dos aeroportos e, não conta mais com os helicópteros da FAB para se deslocar nos centros metropolitanos. Disseram que Foz, pelos atrativos, deve receber a família Bolsonaro em duas ocasiões até o dia da eleição. Isso deve inflar a esperança do General. Uma boa sexta-feira a todos!