Coluna do Corvo

Abin paralela

Taí um pedregulho no chinelo de Jair Bolsonaro e família, o uso da agência de inteligência para espionar meio mundo. E como funciona? Não se pode condenar a instituição e sim alguns servidores na tarefa maledicente de grampear celulares, dentre outras, de opositores, juízes, ministros e até jornalistas. É o lado negro dos regimes que se consideram acima da Lei e de todos. Estirpes como Stalin, e ditadores, realizavam esse trabalho com tanta eficiência, que se davam ao luxo de esquecer o resto.

 

Vai na conta

O serviço de espionam particular do ex-presidente servirá para engrossar os danos à democracia, pois suspeitam que também erra organizado para a avacalhação dos Poderes, o que é algo muito ruim. É muito difícil se defender de acusações assim. O dano institucional é gigantesco. Resta saber como os brasileiros lidarão com isso, caso comprovadas as investigações. Uma coisa é fazer política a outra é a bandidagem. Os simpatizantes da direita precisam se desarmar das paixões e discernirem entre o errado e o certo, aí construirão um bom alicerce ideológico, desprovido de equívocos.

 

Afeta?

Algumas pessoas estão questionando se essas encrencas envolvendo Jair Bolsonaro ofuscarão as eleições deste ano. Dificilmente haverá interferência, pois além da figura do ex-presidente, existe uma construção ideológica, e, ela tenta caminhar desatrelada de esfinges. O Brasil está maturando; existem elementos que separam a simpatia em favor de Bolsonaro e Lula, ou seja, um delineador ideológico. Pode ser um avanço e uma abertura de portas para novas lideranças. Como hoje é sábado, vale a pensa pensar.

 

A política e as redes

Foi preciso dedicar um tempinho para olhar as redes sociais dos pré-candidatos. É uma tarefa em algum lugar chata, mas é dever de ofício aos que se dedicam em acompanhar o ambiente político. Creiam, com um pouco de conhecimento é possível desvendar o rumo das convenções que iniciarão no final de julho e se concretizarão no início de agosto. O terreno está “pré-acomodado”.

 

O que falta?

Segundo informações, ainda há um certo desconforto em alguns partidos alinhados ao centro esquerda. No PT, PDT e PV alguns filiados acreditam que valeria à pena seguir a caminhada solo, ou, encarar as eleições no peito, independentemente o resultado. A costura com os outros partidos desagradaria muita gente, porque as composições são um tanto estreitas em duas frentes. Uma com Sâmis da Silva e a outra com o Aírton José.

 

Sem muitas conversas

Os movimentos em torno de Paulo Mac Donald Ghisi, General Silva e Luna, e, Zé Elias estão um tanto consolidados e meio estreitos nas tratativas. O olho se mantém vivo em aproximação com o PT e componentes do governo Chico, como escrevemos na edição da sexta-feira. PV e PDT andam meio aliviados dessa saia-justa, mas há uma informação que podem, sim, empreitar a carreira solo.

 

Olho no peixe e no gato

Alguns partidos trabalham pesquisas caseiras com efeito de orientação e com critérios de institutos. Há pessoas entendidas no ofício em todas as frentes. É o resultado desses levantamentos que pauta as conversas. Há duas matemáticas em voga, a que tenta liquidar a fatura no primeiro turno e os que se esforçam em prolongar o debate. Isso vai depender muito do discurso em campanha.

 

Paulo nas arestas

Quem acredita que Paulo Mac está na zona de conforto se engana. Nunca, em tempo algum, ele esteve tão ativo, participando até de corrida de saco. Não há uma festa na cidade que não tenha comparecido e por isso aumentou uns quilinhos, dizem. Bom de garfo ele sempre foi, isso não é novidade. Como engenheiro desenvolveu uma técnica de medir os votos e ao perceber que alguns escaparam, intensifica na pegada.

 

A velha amizade

Dizem uns e outros, que Paulo sempre comenta os laços de lealdade com o velho amigo Camilo Rorato. O caso é que o hoteleiro hoje está no União Brasil, comandado à miúde e com rigor pelo Zé Elias, um pouco rígido nas conversas. Na semana alguém vazou que houve uma troca de telefonemas mais branda e com sinais de tolerância. Além disso não há mais nada. Mas pesando bem, não seria em nada ruim Sérgio Moro na campanha do Mac. O caso é saber como devolverá isso depois, caso o Senador resolva encarar a briga pelo Governo do Estado. Outro detalhe, segundo uma fonte muito fiável, um encontro com o UB não significa composição com vice. Do mesmo jeito que o Zé Elias diz que não aceita composição de cargos, o Paulo também não. Acreditar nisso é outra história.

 

General e o mundo da política

Silva e Luna pode ser novo na busca por votos, mas possui muito tempo de estrada em lidar com os políticos. Ele continua trabalhando o termo CEO, significado de “Chief Executive Officer”, o que quer dizer “diretor-executivo” em geral de uma empresa privada. O dicionário diz que é um trabalho que envolve decisões sobre todos os níveis da organização. O General acredita que uma cidade com Foz pode manter esse tipo de gestão. O caso é saber como encaixar a Câmara de Vereadores em organização assim. Os vereadores teriam que atuar como um conselho consultivo e deliberativo e até aí que a banda marcial encontra pela frente o caminhão de galinhas. Mas como cantava o John Lennon, “não custa imaginar”.

 

Votos para que te quero?

O encontro da banda do Bolsonaro com o caminhão de galinhas é algo que deve preocupar o General, mas ele passa a tropa em revista todos os dias e entende que não há deserção. Pelo contrário, anda é tentando beliscar os votinhos do Mac e conversando com indecisos. Dizem que ele faz a pergunta educadamente antes de começar uma conversa: “o senhor ou senhora já se decidiu em quem votará”. A maioria diz que não, então ele emplaca o discurso. Dizem que sai dos encontros com cara de gato que derrubou o leite. Não demonstra esmorecimento nunca.

 

Sâmis e o saudosismo

Os amigos mais próximos e pessoas dispostas ao trabalho de marketing insistem que Sâmis da Silva explore novos ambientes, além das velhas raposas emedebistas do passado e cabos eleitorais antigos, muitos dos quais caminhando ao lado de tubos de oxigênio. O ex-prefeito esteve na porta de um colégio e um grupinho disse: “aquele tiozão é quem?” A nova geração não se liga muito nos nomes do passado. Para ter sucesso é preciso inovar o discurso. Não que o pré-candidato arrisque dançar um rap, porque não há coisa mais ridícula que velhote querendo dar uma de meninão, mas precisa pelo menos afinar a linguagem. A quantidade de jovens é grande entre os indecisos.

 

Aírton faz o novo

O comunicador e advogado não está brincando nas vezes de pré-candidato. Ele é um pouco diferente dos oponentes e está escutando mais do que falando, olha que isso é difícil! “Escutando, é que o Aírton vai memorizando as pautas”, disse alguém que conversa bastante com ele. Não devemos esquecer que ao presentar programas de TV, o pré-candidato tem exercitado demasiadamente o social nos últimos anos. Enquanto alguns oponentes começaram a visitar as localidades, o Aírton não sai delas faz um tempão.

 

Zé Elias

O termo “governança” está sendo muito usado no vocabulário eleitoral do pré-candidato do UB. Zé, aliás, é quem mais bate no peito como o “novo” e sempre se posta com ares de renovação. Dizem que o UB juntou um batalhão de voluntários e há um projeto interessante de organização. A visita de Sérgio Moro mexeu com a cabeça dos simpatizantes. Mas como diz o Zé Elias, “o caminho é longo e cheio de curvas”.

 

Sem tristeza

Alguns pré-candidatos se sentem abandonados toda a vez que não encontram seus nomes nestes apontamentos. Tudo o que é publicado deriva de conversas com os políticos e se alguém, por alguma razão, não é comentado, precisa rever a posição, porque algo pode não estar dando certo. Se bem que em determinadas situações o “menos é mais”.

 

Era glacial

O frio é tanto que há vereador pensando em apresentar projeto para a realização de Olimpíadas de Inverno em Foz do Iguaçu. Também não vamos exagerar né. Mas pelo histórico um recorde já foi quebrado: uma semana e meia de fio intenso, com sensações térmicas bem abaixo de zero. Para quem vive no calor é um escândalo. Uma barbaridade!

 

Humidade

Fora o frio, não há como imaginar em secar a roupa ou toalhas. Até os vidros dos veículos não desembaçam. Experimentem um pouco de ar quente que ajuda. Isso só vai mudar na semana que vem, dizem os especialistas no clima. A todos um bom final de semana!

 

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